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A Lanterna Mágica de Eduardo Ricci

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Por:   •  21/11/2014  •  Seminário  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  172 Visualizações

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A lanterna Mágica de Eduardo Ricci

Coordenador do Cineclube Lanterna Mágica e Diretor do Cineme-se adiantou com exclusividade novos eventos sobre cinema no litoral paulista e contou sua trajetória, entre outros assuntos

Além daqueles nomes que sempre lemos nos jornais e escutamos na televisão, existem muitas pessoas que trabalham com cinema e realizam um trabalho importantíssimo, que ajuda a despertar o interesse em tantos outros pela sétima arte. Em Santos, mais exatamente na Unisanta, um jornalista de 32 anos coordena um dos espaços mais importantes da cidade voltados à sétima arte. Trata-se de Eduardo Ricci, Coordenador do Cineclube Lanterna Mágica, que em março completou dez anos de existência, e Diretor do Cineme-se, evento que acontece anualmente e trabalha a interatividade no universo cinematográfico e exibe curtas-metragens.

Em entrevista exclusiva ao CineZen, Ricci, santista de nascimento e time de futebol, também professor e organizador de eventos como a Mostra Francesa de Cinema e cursos que mesclam filmes e gastronomia, e admirador de Pedro Almodovar, contou como nasceu seu interesse pelo cinema, narrou a criação do Lanterna Mágica e do Cineme-se, e adiantou alguns eventos que irão acontecer em breve, como um bate-papo com a diretora Daniela Thomas (“Linha de Passe”), que comparece à Unisanta no próximo dia 27, e a Mostra sobre o ator Marcello Mastroianni, previamente marcada para a segunda quinzena de maio.

Fora isso, tratou de revelar uma mudança na estrutura do Cineclube, que deverá se tornar uma espécie de lounge interativo, e opinou sobre a produção de curtas realizados na região. “Antes você pegava muitos grupos teatrais fazendo os filmes, utilizando a linguagem teatral e levando-a para o cinema. Então tinha muito teatro nos curtas, e pouco cinema. Cada área tem sua importância. Não estou tirando a importância do teatro, obviamente que não. E em 2007 e 2008 as pessoas passaram a realizar os curtas com a linguagem do audiovisual”, diz ele.

O ótimo bate-papo aconteceu no próprio Cineclube e revelou algumas opiniões do jornalista. Eduardo não é contra o dowload de filmes pela internet (“Sou contra alguém baixar os filmes e ganhar dinheiro com isso”), assiste cerca de quatro longas por semana e tem um objetivo com todos os seus projetos: tornar-se cineasta. Ele ainda listou cinco filmes para assistir e outros cinco para evitar, entre outros assuntos. Quem se interessar em participar da programação do Cineclube ou do Cineme-se (cujas inscrições acabam no próximo dia 24), basta acessar www.unisanta.br/cineclube ou ligar para (13) 3202-7100 , ramal 357. Abaixo, a entrevista completa.

Quando começou seu interesse pelo cinema?

Eduardo Ricci - Minhas memórias mais antigas na área do cinema remetem a uma tia, que chegava em casa falando sobre os filmes, ela gostava muito de assistir aqueles filmes de romance, lia muito aqueles livros, como “Júlia”, e até hoje ela os lê. E ela chegava falando sobre o cinema e eu ficava imaginando. Como que é esse espaço? Como é o cinema? E pra ir à casa dela – eu morava na divisa (de Santos com São Vicente) – a gente pegava um ônibus que passava pelo Gonzaga (bairro de Santos), em frente ao Iporanga e pelo Roxy (cinemas de rua da cidade santista), e tinham aquelas placas enormes, que hoje já não têm mais, que eram pintadas, e tinham aquelas luminárias, então pra mim parecia a Cinelândia. Era pra mim um universo muito mágico, passar por ali. Então eu ficava esperando o ônibus chegar, eu sabia quando passava pela Praça Independência estava próximo do cinema e eu já ficava olhando por ali. Foi assim que começou e depois passei a recortar cartazes, que saíam n’A Tribuna (jornal santista). Antigamente saíam os cartazes dos filmes, fotos de tudo quanto era filme, essas coisas todas, e comecei a colecionar revistas e alguns livros de cinema. Aí depois eu acabei entrando num grupo de teatro, que era um grupo bem sério, que você tinha que pagar mensalidade, tinha questão de horário…

De que cidade era o grupo?

ER - Vicente de Carvalho (distrito de Guarujá), eu sempre morei no Guarujá e depois uma época em Vicente de Carvalho, aí eu comecei a trabalhar teatro porque eu queria tentar trabalhar com cinema e conhecer o mundo artístico. No sentido de você reproduzir o real e trabalhar esse “real” na pessoa também. E depois do teatro, onde fiquei quase seis anos, eu aprendi muito com vários autores e com isso, nesse intermédio todo, eu criei um fã clube chamado Cinema News, uma influência bem americana. Foi até engraçado que eu trabalhava numa contabilidade no Centro, tinha uns 14 anos, e lá eles faziam muito carimbo pra tudo, e eu fiz um para o fã clube: “Agora fica oficial o fã clube porque tem um carimbo”. Então eu trocava cartas com vários cinéfilos do Brasil inteiro e tinha essa paixão de falar de cinema. Não havia internet nessa época. A web surgiu no Brasil praticamente em 1995 e isso (a época do fã clube) era no início da década de 90. E eu enviava carta pra vários lugares, para as revistas. Saiu carta minha publicada na SET falando de filmes, dando dicas, sugestões, críticas, que as vezes saíam na página de Leitores. Então era essa coisa bem de cinéfilo. Mas eu nunca fui nerd, nerd, de ficar vidrado em datas de cinema e tudo. Eu não sou contra isso, mas eu tinha um lado mais assim: quero falar da vida a partir do cinema. Aí surgiu toda essa paixão. Em 1995 eu fiz a minha primeira exposição, que foi uma homenagem aos cem anos do cinema. Fiz em Vicente de Carvalho e aqui em Santos, na Cadeia Velha, que foi onde tive o primeiro contato com o Maurice (Legeard), mas não falei com ele. Ele estava lá presente, num evento de cineastas paulistas, alguma coisa do gênero. E desde então fiz vários eventos. De 95 pra cá fiquei trabalhando direto. E em 1997 entrei para a faculdade de jornalismo porque não tinha cinema aqui. Tentei a USP duas vezes, por pouco não passei e depois entrei em Jornalismo, porque tem a ver com cinema.

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