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A Obra De Arte Nas Indústrias Culturais

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Por:   •  25/3/2015  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  614 Visualizações

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A Obra de arte nas indústrias culturais

A arte: produção e consumo, comunicação e conhecimento

A arte sempre foi um meio de expressão do homem. De comunicar, sentir e de fazer sentir. A obra de arte é consedirada humana, não só porque foi inventada pelo homem como também a sua existência só tem sentido com a existência do Homem .

Através da obra de arte um artista exprime o que sente, retrata as suas vivências, a sua inteligência e o seu saber.

À sua maneira, o artista pinta o mundo. Pode não ser da forma como realmente ele é, mas pinta-o da forma como o vê. A arte é sempre passagem de uma realidade vulgar para um mundo que ela instaura numa existência autónoma.

Por outro lado, é importante referir que a obra de arte é sempre um produto cultural. A história de arte mostra-nos isso mesmo. A arte greco-latina, a arte medieval, a arte do renascimento ou a arte contemporânea são produtos de uma sociedade, de uma época, de uma história. A importância de uma sociedade dá à arte e ao artista varia consoante as culturas, as épocas, o tempo.

Pela história da arte conhecemos o homem, cada época da arte comunica os valores, as normas estéticas vigentes ou, como muitas vezes foi o caso, preconiza novas avaliações, novas atitudes artísticas, novos discursos, dissonantes como discurso vigente.

Ontem como hoje, a arte é um meio privilegiado para a mudança de mentalidades, de pontos devista sobre a vida, para outras formas de olhar e ler o mundo. Mas ela é sempre um produto de uma cultura.

O video acima exposto mostra-nos várias imagens que nos põe a pensar se realmente são meras imagens ou brutas obras de arte? Quem será verdadeiramente artísta: Aquele que faz algo prático ou aquele que se limita a imitar a natureza? Aquele que exprime o que sente ou aquele que deixa o seu sub-consciente emergir? Só os que já produziram grandes obras seram artístas ?

A obra de arte está irremediavelmente dependente da cultura e da era em que nos encontra-mos, afectando estas a forma como a obra de arte é representada.

A obra de arte na era das indústrias culturais

Desde a pré-história que a arte aparece associada à realização do ser humano no mundo. Já nessa altura os homens faziam pinturas e esculturas que revelavam uma intenção situada para lá das finalidades meramente instrumentais.

O principal problema na definição do que é arte é o fato de que esta definição varia com o tempo e de acordo com as várias culturas humanas. Devemos, pois, ter em mente que a própria definição de arte é uma construção cultural variável e Dividido entre a natureza sem significado constante. Até numa mesma época e numa mesma cultura e a cultura, o Homem é pode haver múltiplas aceções do que é capaz de transfigurar a natureza, impondo nela a arte. Também é preciso lembrar que sua marca. Fá-lo através muito do que hoje chamamos de arte não era ou não é considerado como tal das mais variadaspelas culturas, diferentes da nossa, manifestações culturais, e que a produziram, e o inverso também a arte é uma delas, é verdadeiro: certas culturas podem produzir objetos artísticos que nós indispensável aos indivíduos e à sociedade. não reconhecemos como tais. As sociedades pré-industriais em geral não possuem ou possuíam sequer um termo para designar arte.

A obra de arte resulta do encontro de três elementos: o mundo da realidade visível (a Natureza, que fornece os espaços e os materiais, sugere temas e desencadeia emoções), o mundo da plástica (os meios técnicos de que o artista dispõe) e o mundo interior do artista(o qual, através da inteligência, da vontade e da sensibilidade, traduz na obra pensamentos, sentimentos, experiências)

Na Arte podemos distinguir: Arte da vista- pintura, escultura, arquitetura, fotografia, desenho e artes utilitárias Artes do ouvido- musica e literatura Artes de síntese- teatro, poesia, opera, dança…

A teoria da arte como imitação

“Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo.” A característica própria desta teoria não reside no facto de

http://lounge.obviousmag.org/cade_o_futuro/2012/10/as-obras-de-arte-sao-estaticas-o-silencio-e-movimento.html

A filosofia da arte é formada por um conjunto de problemas para a

resolução dos quais concorrem diferentes teorias. O primeiro

problema que qualquer teoria da arte tem de enfrentar é o problema

da própria definição de «arte» ou de «obra de arte», nem que seja

para depois o abandonar. Algumas dessas teorias e os argumentos

que as sustentam serão aqui avaliados, nomeadamente aquelas

teorias que têm um conteúdo aparentemente mais intuitivo, isto é,

aquelas que colhem a adesão espontânea de grande parte das

pessoas que se defrontam pela primeira vez de forma directa com o

problema. São também as teorias mais antigas e que, embora com

um menor poder explicativo, gozam de uma popularidade

assinalável. Essas teorias são conhecidas como «teoria da

imitação», «teoria da expressão» e «teoria formalista» e podem ser

agrupadas numa mesma categoria, a das teorias essencialistas.

Começo por dizer em que consiste uma teoria essencialista da arte.

As teorias essencialistas defendem que existem propriedades

essenciais comuns a todas as obras de arte e que só nas obras de

arte se encontram. Ora as propriedades essenciais são diferentes

das propriedades acidentais. Uma propriedade é essencial se os

objectos que a exemplificam não podem deixar de a exemplificar

sem que deixem de ser o que eram. Uma propriedade é acidental

se, apesar de ser realmente exemplificada pelos objectos, tais

objectos poderiam não a exemplificar. Isso significa que as

propriedades essenciais da arte são exemplificadas por todas as

obras de arte, reais ou meramente possíveis. Mas uma definição

essencialista exige também que tais propriedades sirvam para

distinguir a arte de outras coisas que não são arte. Daí que se

procurem identificar as propriedades que, sendo essenciais, são

também individuadoras da arte. Por exemplo, uma propriedade

essencial das obras de arte é a de terem um autor (pelo menos).

Mas ter um autor não é uma propriedade individuadora da arte

porque outras coisas que não são arte têm também essa

propriedade essencial, como é o caso dos artigos de opinião dos

jornais. Não seria por aí que iríamos identificar as obras de arte.

Ora, se há propriedades comuns a todas as obras de arte e

individuadoras das obras de arte, é então possível dizer quais são

as condições necessárias e suficientes da arte; quer dizer, é

possível fornecer uma definição explícita de arte. De resto, muitos 2

dos defensores das teorias essencialistas defendem que não

estamos em condições de utilizar adequadamente um conceito se

não formos capazes de o definir de forma explícita.

Mas defender isso é o mesmo que dizer que há apenas uma forma

de definir conceitos, o que não é o caso. Ao contrário do que é

vulgar pensar-se, não existe apenas um tipo de definições.

Sabemos utilizar perfeitamente o conceito «azul» sem que, no

entanto, o possamos definir dessa maneira. Não o saber definir

dessa maneira não é o mesmo que o não poderdefinir. É preciso

distinguir as definições explícitas (as que apresentam as condições

necessárias e suficientes do conceito a definir) das definições

implícitas (as que recorrem à noção de exemplificação). As teorias

aqui discutidas procuram apresentar definições explícitas de arte.

Contudo, é preciso reconhecer que nem todas as definições

explícitas são essencialistas.

Teoria da arte como imitação

Esta é uma das mais antigas teorias da arte. Foi, aliás, durante

muito tempo aceite pelos próprios artistas como inquestionável. A

definição que constitui a sua tese central é a seguinte:

· Uma obra é arte se, e só se, imita algo.

Vários foram os filósofos que se referiram à arte como imitação.

Alguns desprezavam-na por isso mesmo, como acontecia com

Platão que, ao considerar que as obras de arte imitavam os

objectos naturais, via essas obras como imagens imperfeitas dos

seus originais. Ainda por cima quando, no seu ponto de vista, os

próprios objectos naturais eram por sua vez cópias de outros seres

mais perfeitos. Já o seu contemporâneo Aristóteles, mantendo

embora a ideia de arte como imitação, tinha uma opinião mais

favorável à arte, uma vez que os objectos que a arte imita não são,

segundo ele, cópias de nada.

O que agora nos interessa, mais do que saber quem defendeu esta

teoria, é avaliar o seu poder explicativo. Vejamos então os

principais pontosque perecem favoráveis a ela:

· Adequa-se ao facto incontestável de muitas pinturas,

esculturas e outras obras de arte, como peças de teatro ou

filmes imitarem algo da natureza: paisagens, pessoas,

objectos, acontecimentos, etc. 3

· Oferece um critério de classificação das obras de arte

bastante rigoroso, o que nos permite, aparentemente,

distinguir com alguma facilidade um objecto que é uma obra

de arte de outro que o não é.

· Oferece um critério de valoração das obras de arte que nos

possibilita distinguir facilmente as boas das más obras de arte.

Neste sentido, uma obra de arte seria tão boa quanto mais se

conseguisse aproximar do objecto imitado.

Um aspecto geral desta teoria mostra-nos que é uma teoria

centrada nos objectos imitados. Ela exprime-se frequentemente

através de frases como «este filme é excelente, pois é um retrato

fiel da sociedade americana nos anos 60», ou como «este quadro é

tão bom que mal conseguimos distinguir aquilo que o artista pintou

do modelo utilizado».

Mas será uma boa teoria? Para isso temos de testar cada um dos

aspectos atrás apresentados como favoráveis à teoria.

Como o que é afirmado no primeiro ponto é do domínio empírico,

não precisamos de procurar muito para percebermos que, apesar

de muitas obras de arte imitarem algo, são inúmeras aquelas que o

não fazem. O que constitui a sua refutação inequívoca. Obras de

arte que não imitam nada encontramo-las tanto na pintura como na

escultura abstractas ou noutras artes visuais não figurativas. De

forma ainda mais notória encontramo-las na literatura e na música.

Em relação à música é até bastante improvável que haja alguma

obra musical que imite seja o que for, apesar de haver quem se

tenha batido pela música programática (música que conta uma

história, ilustra um acontecimento ou evoca um cenário natural). Até

porque evocar ou ilustrar com sons não é o mesmo que imitar, a

não ser indirectamente. Conscientes disso, os defensores mais

recentes da teoria da arte como imitação, acabaram por substituir o

conceito de imitação pelo conceito mais sofisticado de

representação. Assim já poderíamos dizer que as quatro primeiras

notas da 5.ª Sinfonia de Beethoven não imitam directamente a

morte a bater à porta, mas representam a morte a bater à porta. O

mesmo se passaria com a literatura, da qual talvez não se possa

dizer que imita mas que representa sempre algo que acontece no

mundo. Mas, ainda assim, podemos perguntar: o que representam

a pintura Composição (1946) de Jackson Pollock ou as Suites para

Violoncelo Solo de Bach? Dificilmente diríamos que representam 4

algo. Ficamos, deste modo, com uma teoria que não observa os

requisitos anteriormente expostos acerca do que deve ser uma

definição explícita, pois impressionados com a

perfeição representativa de algumas obras de arte, o seu critério

valorativo falha porque muitas outras obras de arte não poderiam

ser consideradas boas nem más, já que não imitam nada. Mas falha

ainda por haver obras que imitam algo sem que nos encontremos

alguma vez em condições de saber se a imitação é boa ou má.

Basta pensar em obras que imitam algo que já não existe ou não é

do conhecimento de quem as aprecia. Como podemos saber se A

Escola de Atenas, de Rafael, reproduz com perfeição as figuras de

Platão e Aristóteles ou o ambiente da Academia? Pior, como

sabemos que o Jardim das Delícias, de Bosch, imita bem aquelas

figuras estranhas e inverosímeis, admitindo que algo está a ser

imitado? Como podemos saber se O Nascimento de Vénus, de

Botticcelli, é uma boa imitação, se é que, mais uma vez, algo é

imitado? E não será abusivo afirmar que qualquer pintura figurativa

tecnicamente apurada é melhor do que o tosco Auto-Retrato com

Chapéu de Palha, de Van Gogh, ou do que todas as obras 5

impressionistas? Segundo este critério Picasso seria, com certeza,

um artista menor e teríamos de reconhecer que a fotografia é a

mais perfeita de todas as artes. Só que não é isso que acontece.

Vemos, assim, que também em relação ao critério valorativo esta

teoria está longe de dar resposta satisfatória a todas as objecções

que se lhe colocam.

...

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