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Arte e Vida na Terceira Idade

Por:   •  16/12/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.728 Palavras (15 Páginas)  •  267 Visualizações

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SIMONY ZAGO DE SOUZA - RA 1067437

VALÉRIA CRISTINA DOS SANTOS C. MONTEIRO - RA 1068872

Licenciatura em Artes - Educação Artística

        

“ARTE E VIDA NA TERCEIRA IDADE”

Orientador: Professor Marcos Roberto Ferreira

Centro Universitário Claretiano

GUARATINGUETÁ

        2015

“Arte e Vida na Terceira Idade”

RESUMO:

Esta é uma proposta de reflexão, que pode ser utilizada para compreender alguns aspectos que envolvem não só em como a Arte pode auxiliar na manutenção da saúde mental, mas várias questões pertinentes ao assunto, como a preocupação com os tipos de atividades que preencherão o dia a dia de nossos idosos, entre outros fatores, tais como: a ligação com a Psicologia; o reflexo da sociedade e a função da Arteterapia como forma de cura e prevenção a ser trabalhada.

Este estudo é um instrumento para que se conheçam algumas considerações sobre a situação dos idosos na sociedade e reconheçam  o papel da Arte na contribuição da melhoria desta camada da população.

depressão - saúde mental - arteterapia - terceira idade

Este estudo foi feito através de uma busca teórica embasada pelo meio da pesquisa bibliográfica. Os documentos científicos escritos por profissionais das áreas de: Educação, Arte, Arteterapia e Psicologia, serviram como base tanto de exploração e reconhecimento de maiores trâmites do assunto em geral e também funcionaram como auxiliares na concepção das problemáticas apresentadas.

Os textos utilizados foram encontrados em livros, diretórios virtuais de educação e pesquisa científica, onde houve a busca de um conhecimento maior a respeito de temas importantes para a formulação deste pensamento.

Vários campos contribuíram para o estabelecimento do padrão de raciocínio, já que o perfil elaborado manifestava algumas ramificações, indicando o teor multidisciplinar da questão.

Há algum tempo, quando se falava em qualidade de vida, logo pensávamos no interior, com sua vida mais sossegada, em contraste com a vida corrida dos grandes centros urbanos. Nos dias atuais, porém, esse tema é muito mais abrangente, pois não importa o espaço físico onde nos encontramos, a qualidade de vida deve ser buscada como um recurso interno, de dentro para fora.

Quando falamos em ‘Qualidade de Vida na Terceira Idade’, o tema se torna ainda mais abrangente, pois nos remete a uma grande questão: a população brasileira está envelhecendo, pois nos dias atuais cerca de 12% da população compreende a faixa etária acima dos 60 anos podendo, chegar a 25% em 2020. Esse fato, somado ao aumento da expectativa de vida da população, nos faz pensar em formas de envelhecimento saudável, a verdadeira qualidade de vida na terceira idade.

O tema deste artigo compreende a busca da qualidade de vida na terceira idade através da Arte, buscando melhorias na memória, na coordenação motora, no estímulo à criatividade, na socialização e na terapia ocupacional como preventivos de doenças.

Buscaremos entender como a Arte pode ajudar a prevenir e/ou retardar o envelhecimento do cérebro e a morte prematura das células do cérebro, os neurônios.

Por fim, estudaremos formas de trabalho com os componentes da Arte para a Terceira Idade, como oficinas, cursos livres, aulas de dança, etc. E de que forma essas atividades nos ajudam a envelhecer com a tão sonhada qualidade.

  1. O Envelhecimento da População Brasileira

De acordo com os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011), o número de idosos no Brasil cresceu 55% em 10 anos e já representam 12% da população. O número de idosos dobrou nos últimos 20 anos no Brasil, representando a cada ano uma soma populacional de nada menos do que 700 mil pessoas acima dos 65 anos, sendo que projeções apontam que em 2025 essas pessoas serão aproximadamente 50 milhões, perfazendo nada menos do que 25% do total da população.

As consequências deste número crescente de idosos implicam em aumento das demandas sociais e representam um grande desafio político, social e econômico. Talvez por isso, o tema envelhecimento inicialmente pertencente aos domínios da Geriatria e Gerontologia, começou a ganhar espaços em outras áreas do conhecimento.

As novas definições da velhice e do envelhecimento ganharam dimensão com a expressão “terceira idade”. O significado do envelhecimento vem incorporando novas nomenclaturas e a aposentadoria deixou de ser um sinônimo de descanso e recolhimento e passou a ser um sinônimo de busca da realização pessoal.

Sabe-se que com o decorrer dos anos ocorrem alterações fisiológicas nos indivíduos, que podem levar a problemas de saúde, provocando restrições quando à possibilidade de realizar atividades em geral e, muitas vezes, acarretando a perda da independência física e social.

A ruptura dos eixos principais da vida adulta (família/trabalho), numa idade em que, em geral os filhos já cresceram e saíram de casa, tendem a ocasionar no idoso também um esvaziamento psicológico, emocional e social.

BALTES e LANG (1997) argumentam que recursos sensório-motores, cognitivos, de personalidade e sociais têm grande importância para o envelhecimento bem sucedido porque facilitam a interação entre três processos adaptativos: seleção, compensação e otimização de recursos para enfrentar e adaptar-se às perdas do envelhecimento.

Vários elementos são indicadores de bem estar na velhice: longevidade, saúde biológica, saúde mental, satisfação, controle cognitivo, competência social, atividade, eficácia cognitiva, renda, continuidade de papéis familiares e ocupacionais e continuidade de relações informais (NERI, 1993).

2. Aspectos Psicológicos da Terceira Idade

Velhice bem sucedida é uma condição na qual os idosos, sozinhos ou coletivamente, vivem com qualidade de vida, em relação aos ideais individuais e aos valores existentes no lugar onde vivem. Faz parte de um envelhecimento bem sucedido a história pessoal do idoso e a manutenção do comportamento cognitivo, dentro dos limites impostos no processo normal de envelhecimento. O envelhecimento bem sucedido é definido por ROWE e KAHN (1997, 1998), como a habilidade que os indivíduos têm para manter as três seguintes características: baixo risco para doença relacionada à incapacidade, elevado funcionamento físico e mental e engajamento ativo com a vida. Para estes autores, é preciso que haja uma interação entre estes três componentes para que o conceito de envelhecimento bem sucedido seja mais bem representado.

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