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Auto da barca do inferno

Por:   •  26/8/2015  •  Seminário  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  1.161 Visualizações

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O AUTO DA BARCA DO INFERNO

Musica animada.

Cortina abre, som abaixa.

Cristina - Bom dia, a peça que vocês vão assistir O AUTO DA BARCA DO INFERNO, foi escrita por Gil Vicente, que é considerado o primeiro grande dramaturgo e pai do teatro português, cujo a obra foi difundida nas três primeiras décadas do século dezesseis e foi decisivo no processo de formação da cultura portuguesa. Dedicando-se aos jovens e não a Deus, Gil Vicente tinha uma missão moralizante. Embora tenha  escritos peças de fundo religioso elas não o levavam a difundir sua religião, nem converter pecadores. Seu objetivo era demonstrar como o ser humano independente da classe social era egoísta falso e mentiroso diante dos atores da cara. De todas as produções de Gil Vicente destacam-se os altos, o Auto da Barca, o Alto do Purgatório, o Alto da Barca da Gloria, o Alto da Índia. Bem vindos ao Auto da Barca do Inferno.

Musica de suspense.

Lucas N - O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve raiva, fogo, misturado com sangue e foram a terra que foi queimada ate sua terça parte queimou-se a terça parte das arvores e toda a erva verde foi queimada para serem jugado em seu  juízo final, caminharam aqui diversos pecadores tentando que acreditem ,somente para serem salvos. Não acreditem em absolutamente nada do que disserem, escolha-se muito bem  para dizer que são merecedores desse julgamento mas qual? O judeu? O sapateiro? O onzeneiro? Opa, mas não é esse o o cara pra quem devo dinheiro? Ah não, não pode ser acho que ainda devo dinheiro para esse velho, deixa eu ir embora porque se não ele me pega aqui.

* Anjo entra com uma musica animada.. Logo depois entra o Diabo com outra mas triste. Um instante depois, Fidalgo entra passando por todos.

 Fidalgo: Ei senhor barqueiro, pra onde vai essa barca?

Diabo: Pra onde mais o senhor acha que ela  vai? Nos vamos para o inferno!

Fidalgo: E as senhoras vão sempre pra lá?

Diabo: Tá me chamando de bicha?

Fidalgo: Perdoe minha arrogância caro diabo , mas cá entre nós você acha mesmo que eu ficar nessas condições¿ Olha só, eu sou o rico Fidalgo e não  um pobre, diabo.

Diabo: Ora senhor fidalgo, o que você esperava daqui¿ um transatlântico do Roberto Carlos?

Fidalgo: Não eu mereço algo de mais alta classe, no meu testamento havia uma clausula dizendo que minha ex-futura noiva ,teria que avisar a todos do meu Orkut por scrap quando eu morresse.

Diabo: Ex futura o que?

Fidalgo: Ex futura noiva não né? Porque isso seria no passado, e no passado não é no futuro, e isso iria fazer ela de no passado, antes da atual então...

Diabo: Tá cala a boca. Mas o que ela fez? Eu não entendi nada.

Fidalgo: Eu solicitei que mandasse um scrap decidido por mim, para o Orkut.

 Diabo: Pra onde?

Fidalgo: Orkut.

Diabo: Fala pra ele o que é de agora.

Ajudante do Diabo: Twitter.

Diabo:  Que twitter o que homem. Você acha que eu entro no Orkut pra ver recado? Claro que não, eu uso pra  colheita feliz, mini fazenda, você acha? Ninguém entra pra ver os recados. Ai nossa depois me adiciona lá.

Fidalgo: Você manda por scrap. A e você dizia?

Diabo: Bom, ao invés de sua atual ex-futura noiva.

Fidalgo: Ex-atual futura noiva. Não. Não sei

Diabo: Perder o tempo dela mandando esses recados, uma hora dessas ela deve  tá te botando um belo par te chifres!

Fidalgo: Bem eu vou para outra barca! Com licença caro anjo esta é a barca que vai para o paraíso?

Anjo: Vai sim, mas tá aqui por quê? 

Fidalgo: Peço, por favor, que me deixe entrar. Você não sabe o que eu fiz, eu ajudei até o Netinho no dia de princesa!

Anjo : Eu sei muito bem quem você é ... Na minha barca você não sobe.

Diabo: Como é que funciona esse dia de princesa?

Figaldo: É melhor que o esquadrão da moda

Diabo: Então vai pra barca vai – empurra levemente Figaldo.

* Onzeiro chega na barca do diabo e pergunta.

Onzeneiro: Pra onde vai essa coisa?

Diabo:   Veio numa hora não muito boa. Porque demorou? Entre logo.

Onzeneiro: Não vou entrar ai.

Diabo: Que gentil você! Não vai aqui por quê?

Onzeneiro: Pra onde vai?

Diabo: Pra onde você precisa ir.

Onzeneiro: Para onde?

Diabo: Para o inferno horas!

Onzeneiro: O que? Não vou embarcar.  

*Vai até o anjo.

Onzeneiro: Que horas vai sair?

Anjo: E pra onde quer ir?

Onzeneiro: Pro paraíso é claro.

Anjo: Não vou levar você pra lá, esqueça.

*Retorna a barca do inferno.

Diabo: Entre.

*Vem o Parvo e diz para o Diabo

Parvo: Fala parça

Diabo: Quem é você fi?

Parvo: Sou eu. Essa é nossa barca?

Diabo: De quem?

Parvo: Dos tolos.

Diabo: Do que morreu?

Parvo: Talvez de caganeira.

Diabo: Entra logo.

Parvo: Não espere vou tentar entrar no Paraiso como todos os outros.

*Vai até a barca do céu.

Anjo: O que quer?

Parvo: O que todos querem.

Anjo: Quem é você?

Parvo: Alguém.

Anjo: Passe se quiser, porque em tudo você nunca botou malicia. E apenas praticou o bem.

*Entra na barca e logo vem o Sapateiro na barca do inferno.

Sapateiro: Cheguei.

Diabo: Quem é? Ah Sapateiro, porque tanta tralha?

Sapateiro: Mandaram vir assim. E para onde é está viagem?

Diabo: Para o lago dos danados.

Sapateiro: Este não é meu lugar.

Diabo: Passaria o dia contando às coisas que fez. E sim é seu lugar, está é sua barca.

Sapateiro: Não quero entrar. Não vou entrar! Ouvi tantas missas. Fiz tantas coisas pra agora ir pra essa espelunca? Nunca!

Diabo: Ouvir missas e depois roubar, de que adianta Joane? Esta é sua barca.

...

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