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Caneta dia Das Crianças

Por:   •  14/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.478 Palavras (6 Páginas)  •  22 Visualizações

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  1. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E DEMOGRÁFICA

A transição epidemiológica e demográfica refere-se a um processo de mudanças nas características da população e nos padrões de saúde de uma determinada região ou país.

  1. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

A transição epidemiológica refere-se às mudanças ocorridas, no tempo, nos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. A partir da segunda metade do século XIX, os países considerados polos centrais da economia mundial por seu desenvolvimento industrial, apresentaram mudanças significativas em seu perfil epidemiológico.

De forma geral, essas mudanças foram condicionadas por dois fatores principais. O primeiro são as alterações associadas à estrutura etária da população; e, o segundo, são as alterações de longa duração nos padrões de morbidade e de mortalidade (MEDRONHO, 2009, pág.132).  Omran, (1971, pág. 509-538), propôs três grandes “eras” ou estágios, para a transição epidemiológica:

  • 1º Estágio - A era da pestilência e da fome, que se estendeu até o final da idade média;
  • 2º Estágio - A era do declínio das pandemias, que se estenderia da renascença até o início da revolução industrial;
  • 3º Estágio - A era das doenças degenerativas e das provocadas pelo homem, da revolução industrial até o período contemporâneo.

No entanto, Medronho (2009, pag. 134) aponta outros dois estágios na transição epidemiológica, que seriam a quarta e quinta eras. A quarta era é a ocorrência de um período do declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e ressurgimento de Transição Demográfica e Mudanças Climáticas. Já a quinta era, é o período de longevidade paradoxal, emergência de doenças enigmáticas e capacitação tecnológica para a sobrevivência do inapto.

  1. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Atualmente, em especial nos assuntos comerciais, o mundo adotou o calendário Cristão (Gregoriano), que considera como ano 1, o nascimento de Jesus Cristo. Pois bem, até a Revolução Industrial, o mundo tinha menos de um bilhão de habitantes. Estima-se que em 2050, tenhamos mais de nove bilhões de pessoas no planeta. Se considerarmos que atualmente o mundo já possui oito bilhões de habitantes, é fácil constatar que o mundo cresceu muito mais nos últimos anos. Conforme retro discorrido, houve uma explosão na utilização dos recursos naturais e na ocupação do solo, ocasionando o surgimento e ressurgimento de doenças.

O crescimento populacional de uma região ou país é medido a partir da soma dos números de nascimentos e imigrantes que adentram aquele território, subtraindo-se do número de óbitos e dos emigrantes. Medronho (2009, pag. 126) aponta quatro estágios que explicam a transição demográfica global. O primeiro estágio é o pré-industrial (ou primitivo), onde as taxas de natalidade e de mortalidade – principalmente infantil – são elevadas, e a população é jovem.

O segundo estágio é o intermediário e pode ser subdividido em duas fases. A primeira, há ocorrência de divergência nos coeficientes, onde as taxas de natalidade permanecem altas, entretanto, decrescem as taxas de mortalidade, há, então, um aumento no ritmo de crescimento populacional; e a segunda fase, há convergência dos coeficientes, com a diminuição da taxa de natalidade em ritmo mais acelerado que a taxa de mortalidade, culminando no envelhecimento da população.

O terceiro estágio é o estágio do envelhecimento populacional, onde os países ricos completaram todo o processo de passagem da fase 2 para a 3, ainda no século XX. O coeficiente de natalidade inicia uma importante redução. O quarto e último estágio é o moderno (ou pós-transição), típico das sociedades pós-industriais, onde há baixa natalidade e mortalidade, ocorrendo um equilíbrio populacional, entretanto, evidencia-se uma população mais envelhecida.

No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e DATASUS, a taxa de mortalidade no Brasil começa a declinar a partir de 1940. Atribui-se esse fenômeno, o domínio e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias, bem como a implantação de programas de vacinação em massa, além da melhoria nas condições sanitárias. Observa-se, também, que o declínio acelerado dos níveis de mortalidade, atrelado à manutenção dos altos níveis de fecundidade, ocasionou o aumento do volume populacional.

Durante a década de 1960, há uma convergência de declínio nos índices de natalidade e de mortalidade. Nascem e morrem menos brasileiros, além do aumento da expectativa de vida da população. A transição demográfica da população brasileira revela um dado curioso, qual seja, o aumento da população se deu nas áreas urbanas, com declínio da população rural. Nesse sentido, a teoria da Transição Demográfica explica uma mudança específica na dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de natalidade e de mortalidade. Essa teoria foi proposta considerando-se as relações entre o crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico.

  1. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E DEMOGRÁFICA NO BRASIL

No contexto do Brasil, a transição epidemiológica e demográfica é marcada por uma série de transformações ao longo do tempo. Inicialmente, a população brasileira caracterizava-se por uma alta taxa de mortalidade, especialmente devido a doenças infecciosas e parasitárias, condições de vida precárias e falta de acesso a serviços de saúde adequados. No entanto, ao longo das décadas, o país passou por transformações significativas. Durante a segunda metade do século XX, ocorreu uma queda acentuada nas taxas de mortalidade infantil e uma melhoria geral nas condições de saúde da população. Isso foi resultado de avanços na medicina, melhores políticas públicas de saúde, expansão do acesso a serviços de saúde e melhoria das condições socioeconômicas.

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