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Celso Furtado

Resenha: Celso Furtado. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/9/2014  •  Resenha  •  268 Palavras (2 Páginas)  •  464 Visualizações

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Celso Furtado é um cientista social consagrado, que dispensa maiores

apresentações. Sua vasta produção intelectual abarca tanto questões teóricas

sobre os obstáculos ao desenvolvimento das economias periféricas, como

interpretações históricas sobre a formação econômica latino-americana e do

Brasil. Suas pesquisas associam a gênese do subdesenvolvimento ao pesado

legado do período colonial e a sua continuidade à presença de classes

dominantes aculturadas, obcecadas em imitar os estilos de vida e de consumo

das economias centrais.

Embora reverenciado como um dos grandes intérpretes do Brasil,

Furtado é um autor ainda bastante incompreendido, mesmo entre muitos de

seus sinceros admiradores. A chave para a leitura de suas obras é estar ciente

de que ele não é um economista convencional. Certo de que os problemas

econômicos não podem ser separados dos condicionantes socioculturais e

políticos que sobredeterminam o alcance da concorrência como mola

propulsora do processo de incorporação de progresso técnico, Furtado rejeita

o enfoque cosmopolita dos problemas econômicos e ancora no Estado

nacional a unidade de referência de sua teoria do desenvolvimento

econômico. Respondendo àqueles que apregoam o fim do Estado Nacional,

em Transformações e Crise na Economia Mundial, Furtado adverte:

Um sistema econômico é essencialmente um conjunto de dispositivos de

regulação, voltados para o aumento da eficácia no uso de recursos escassos.

Ele pressupõe a existência de uma ordem política, ou seja, uma estrutura de

poder fundada na coação e/ou no consentimento. No presente, a ordem internacional

expressa relações, consentidas ou impostas, entre poderes nacionais,

e somente tem sentido falar de racionalidade econômica se nos referirmos a um

determinado sistema econômico nacional. A suposta racionalidade, mais

abrangente, que emerge no quadro de uma empresa transnacionalizada, não

somente i de natureza estritamente instrumental, como também ignora custos

de várias ordens internalizados pelos sistemas nacionais em que ela se insere

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