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O problema da mao de obra - celso furtado

Por:   •  21/6/2015  •  Resenha  •  3.431 Palavras (14 Páginas)  •  2.614 Visualizações

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Cap. 22 O problema da mão de obra
1. Oferta interna potencial
Os EUA e o Brasil  eram os dois principais países escravistas; Ambos começaram o século XIX com estoque de quase 1 milhão de escravos. Com o passar do tempo, as importações brasileiras eram mais ou menos 3 vezes maior do que as norte-americanas.
Nos EUA o crescimento vegetativo da população escrava era alta, isso explicada talvez pelas melhores condições de alimentação e de trabalho. Entre 1820 e 1860 a exportação de escravos dos estados que vendiam para os que compravam tinha sido mais de 700 mi. Os escravos que nasciam no país tinha mais vantagens por estarem inseridos de forma maior nas comunidades de trabalho, conheciam a lingua, costumes, etc.
               O fato da mortalidade de escravos ter sido maior Brasil nos mostra que a qualidade de vida eram bem inferiores, precárias. O quadrado alimentar dos escravos das plantações de açúcar eram muito deficientes. Com a maior procura de escravo para as plantações de café, o trafico interno se intensifica em detrimento das regiões onde já estava operando com rentabilidade reduzida. As regiões de platação de algodão sofreram grande impacto - em especial o Maranhão - com a transferencias de escravos para o sul. O impacto foi menor nas regiões açucareiras. Devido a alta dos preços dos escravos africanos e o reduzido abastamento destes fez com que a mão-de-obra já existente fosse mais utilizada e assim desgastando profundamente a população escrava.
                 A situação piora mais ainda quando a exportação de escravo africano acaba.
Levar em consideração a situação a economia da epoca pra entender melhor esse problema > Ao passo que iam sendo implementadas  novas tecnicas, devido a industrialização das economias europeias, vários segmentos economicos se dissociavam. Como essa separação foi rápida, a oferta de mão-de-obra ainda conseguia contemplar o setor mecanizado que estava se expandido e ainda conseguia exercer pressão sobre os salários. com essa desagregação também se intensificou o precesso de urbanização, e acabava estimulando o crescimento vegetativo da população. No Brasil o crescimento era baseado na expansão e para isso era necessário que tivesse mão-de-obra suficiente pra produzir nas terras. E o que acontece é que o setor de subsistência era muito espalhado, como a agricultura  que possuia tecnica rudimentar e a pecuária, que era pouca sua densidade.  Sua propriedade era muito concentrada, mesmo contendo muitas terras.
              Com a abundancia de terras, a tendencia seria que o sistema de subsistencia crescesse naturalmente, porém, esse crescimento acarretaria na redução da faixa monetária. O roceiro possuia uma capital muito pequeno para investir nas terras e a forma como ele se utlizada das novas terras era primitivo, o que dificultava ainda mais o processo. E por mais que ele se utilizasse de técnicas mais modernas, o roceiro, subsistencia não conseguiria manter, pois o que ele produzisse não teria valor economico.
                O fato do roceiro possuir um chefe como dono das terras, se caracterizada talvez como a unidade mais importante da economia de subsistencia. Esse chefe tinha o intuito de ter o máximo de pessoas possível em suas terras, onde cada um cuidaria da sua subsistencia, para que pudesse ter mão-de-obra a hora em que precisasse. logo, o roceiro de subsistencia estava de mãos atadadas, por depender de um chefe, onde devia a ele fidelidade, para que se assegurasse o grupo social. Em regiões maiores, como o sul de Minas, a economia de subsistencia por ser tão dispersa, era muito complicado concentrar a mão-de-obra em uma mesma tarefa, isso precisaria de muitos gastos para que acontecesse. Só seria possivel com a cooperação dos grandes proprietários da terra, e isso seria dificil de alcançar devido a todo um teor cultural da época.
Nas cidades também existia mão-de-obra que trabalhava com pouca produtividade, sem trabalhos fixos. Isso porque havia dificuldade de adaptação da disciplina que existia no trabalho agricola às condições de vida nas grandes propriedades. Essa dificuldade acabava criando a visão de que a mão-de-obra livre do país não era útil nas grandes terras. E acabou sendo importada mão-de-obra asiática, em sistema de semi-servidão.

Cap 23. O problema da mão-de-obra II
2. A imigração européia
                 
Com o intuito de resolver o problema da mão-de-obra escrava, decidiu-se por optar pela imigração européia. Muito disso devido a forte transferencia da população eupéia para os EUA que estava ocorrendo. Porém, essas imigrações, como disse Mauá, acabou por que "pesava como a mão de ferro" sobre a economia do país, e em nada contribuiu para mudar o problema da oferta de mão-de-obra.
                    Nos EUA, a solução para o problema da mão-da-obra se baseou na intesificação do crescimento da população africana. A imigração europeira para os EUA não estava relacionada com a mão-de-obra para as grandes plantações, a expansão de suas plantações se deu sem essa corrente imigratória européia, mesmo que de certa forma tenha dado estimulo para essa expansão. Com a baixa das passagens de navio a valores mais baixos para os EUA, facilitou e estimulou a ida dos europeus para lá, mas ela ainda não era forte o suficiente para explicar a corrente imigratoria europeia.
                     Nas colonias criadas no Brasil, havia aquela culturalização de que o o trabalhador europeu tinha uma certa superioridade. Faziam grandes gastos com transporte e instalações, e obras publicas. E muitas vezes acontecia que depois de fazer altos gastos, a colonia ficava abandonada, regredindo para uma economia de subsistencia. As colônias tinham uma economia muito precária, já que não tinham um mercado para os produção que sobrava, resultando no afrofiamento monetario e uma regressão na divisão de trabalho, e claro caindo na economia rudimentar de subsistencia.
                     Para que desse certo uma politica imigratoria nas colonias, era necessário que estimulasse correntes espontaneas de povoamento, onde ocorresse rapidamente a dedicação nas atividades produtivas rentáveis. Isso seria alcançado de duas maneiras: a integração das colonias do mesmo tipo de produção de um artigo de exportação ou que de imediato produzisse artigos que necessitam de mercado no país.
                     Chegando a conclusão que a política de colonização do governo imperial não estava dando contra de resolver o problema da mão-de-obra da grande lavoura, a classe dominante da economia cafeeira começou a se preocupar com o problema. O Senador Vergueiro tomou a iniciativa de  de contratar diretamente os tralhadores europeus e contou com ajuda do governo para financiar o transportes dos mesmos. A ideia dele era uma inspiração da forma como ocorreu a imigração inglesa para os EUA na epoca colonial, onde o imigrante vendia seu trabalho futuro, porém aqui não tinha um tempo limite fixado. O que ocorria na verdade era que os gastos com essas imigrações, caia exatamente sobre eles mesmo, os imigrantes europeus. Havia um contrato onde os imigrantes eram obrigados a permanecer na fazendo até pagar toda sua dívida.
                     Depois dos anos sessenta, esse problema da oferta de mão-de-obra que vinham se perduram a algum tempo, se tornou muito mais séria. Com a melhora dos preços do café estimulava cada vez mais a expansão da cultura, porém, a aumento dos preços do algodão ocorrida por causa da Guerra de Secessão nos EUA, faria surgir a expansão de fibra nos estados do norte,  diminuindo o trafico de escravo para o sul. Surgia assim a necessidade de tomar medidas mais abrangentes. A evolução começa com o sistema de pagamento para os colonos, o que tinha um teor de parceria, onde a renda do colono nao era precisa. Depois dos anos sessenta o colono passou a ter garantias de partes de sua renda. Cabia ao colono cuidar de um determinado numero de pés de café e por ela recebia um salário monetário anual. Quera completado por outra variavel, que seria pago no momento da colheita que dependia do seu volume.
                     Outro ponto que precisa ser resolvido era a do pagamento da viagem. Como os colonos tinham com a arcar com os gastos da sua vinda e sua família, havia o medo de comprometer sua liberdade futuramente. A solução disso veio com a responsabilidade de arcar com essas gastos dado ao governo imperial, que deveriam servir à lavoura cafeeira. Era cargo do fazendeiro cobrir os gastos do imigrante durante o primeiro ano de sua atividade. Também era de sua ordem dar terras onde fosse possivel cultivar produtos de primeira necessidade para o sustento de sua família. Estava então a disposição as bases para a formação da grande corrente imigratória que ajudaria na expansão da produção de café em SP.

Cap. 23
3. Transumância amazônica

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