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Contos de Outros Países

Por:   •  4/4/2023  •  Abstract  •  4.091 Palavras (17 Páginas)  •  74 Visualizações

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Contos de Outros Países

África: O Filho do Vento  

Era temporada das ventanias, quando o vento zune e rodopia ao redor das montanhas e vales distantes no interior da África. 

Há muito tempo, disse a mãe procurando distrair as duas crianças sentadas ao seu lado. O sol, a lua, as estrelas, os animais e as plantas eram nossos irmãos. 

Até as arvores? – perguntou Dabé elevando a voz de modo que o zoar do vendaval não impedisse a mulher de ouvi-lo. Sim, respondeu a mãe, plantas, homens, bichos e astros pertenciam a antiga raça. Todos faziam parte da natureza e tinha direito de conviver em paz uns ao lado dos outros. E o vento? Indagou Kaoru assustado com a força do temporal que balançava as frágeis paredes das cabanas onde se abrigavam as fúrias dos elementos. 

Ele também sempre fez parte da nossa vida, explicou a mãe - os mais velhos dizem que quando alguém morre o seu último suspiro, vai se reunir-se a um vento mais forte e poderoso para formar as nuvens do céu. 

A mulher parou de falar um instante prestando atenção no silêncio que se instalara repentinamente. Vejam, observou, o vento sossegou, notem seu sopro está tão calmo como se estivesse dormindo, mas não se enganem, quando fica zangado assovia furioso igual a pouco, destruindo tudo que encontra pela frente. O marido que permanecia calado num canto, ergueu-se e falou: Pronto a tempestade passou, já posso continuar a cerca de proteção contra a areia que o vento levanta, resolveu abrir a estreita porta da cabana, deixando entrar uma lufada de ar fresco. Assim que o pai saiu o menino voltou-se para a mãe e pediu: Conte uma história? 

O nosso povo tem muitas lendas, disse a mulher, que passam de geração por geração, a que vão escutar eu a ouvi quando era pequenina como vocês. Num dia semelhante ao de hoje, guardem bem essa história que é sobre o filho do vento, assim quando vocês crescerem poderão contar para seus filhos e netos. 

Mãe vento e seu filho moravam numa cabana isolada no alto de uma grande montanha. O menino não tinha nenhum amigo para brincar, por isso passava o dia tristonho e solitário. 

Quando o vento soprava devagar, a única distração do garoto era observar os antílopes que vinham pastar nas encostas no entorno da casa. Então o filho do vento ficava bem quieto e assoviava baixinho para não espantar os animais. 

Porém, quando o vento rugia forte os bichinhos fugiam aos saltos procurando abrigo entre os rochedos mais distantes. 

Deixando novamente sozinho, sem ter com quem brincar. Um dia, o filho do vento avistou um menino de sua idade subindo a montanha em busca de ovos de avestruz, assobiou cheio de alegria tentando chamar atenção do rapazinho. 

Em seguida o filho do vento pegou sua bola e saiu correndo e vupt para jogar com alguém do seu tamanho, como sempre desejara fazer. 

Ei Nakati, gritou: Segure! Avisou rolando a bola em direção ao surpreso menino. 

Nakati assustou-se e ao ver o estranho garoto de cabelos eriçados como crista de galo chamando pelo nome. Não sabia que o desconhecido era o filho do vento aquele que sofra em todas as regiões rodopiando pelos paredões e cavernas e repletas de muitos e elementares se enfiam pelas frestas das portas e sibilam pelos montes e campinas insinuando-se por todos os lugares por onde passa e onde ele entra escuta tudo atentamente jamais se esquecendo do que ouviu o vento sabe nossos segredos, sabe tudo e conhece todas as pessoas. 

Quem é você? Perguntou Nakati assim que segurou a bola. Como é que adivinhou meu nome? 

Isso eu não posso revelar, respondeu o filho do vento todo contente por ter encontrado um parceiro para se divertir. 

Jogue a bola! Pediu...Está bem, disse Nakati, atirando- a de volta, desconhecendo o fato que ninguém deveria envolver se com o filho do vento, pois isso deve ser muito perigoso! 

Os dois meninos riam enquanto batiam palmas enquanto jogavam bola um para o outro, a bola deslizava pela grama pela frente para trás sem cessar. Pegue disse o filho do vento. Segure! Respondeu Nakati, a brincadeira só acabou quando a mãe vento saiu de casa e chamou mãe vento para entrar. 

Nakati ficou prestando a atenção para ver se descobria o nome do amiguinho. Mas ouviu apenas um som igual ao barulho do vento das montanhas (som de vento) minha mãe está me chamando, disse o garoto do cabelo eriçados. Venha brincar comigo amanhã. Convidou todo animado, combinado prometeu Nakati. 

O filho do vento subiu o morro alegre sacudindo a cabeleira depois zoom sumiu para porta adentro. 

Nakati correu o mais próximo que pode para casa sua mãe um misterioso encontro na montanha. Ela sabia de tudo e devia conhecer a família do menino que adivinhara seu nome. 

Mamãe, Mamãe, gritou chispando para dentro da cabana, era preciso saber o nome de um garoto. 

A mulher antes de responder abraçou o menino carinhoso, primeiro acalma-se, recupere o fôlego, de quem você está falando.  

- O menino que mora no alto da montanha, como ele sabe meu nome.  

- Vocês nunca tinham –se encontrados antes. Não foi a primeira vez, eu também queria saber quem é, mas o menino de cabelos euriçados disse que não poderia me dizer. O rosto da mãe ficou sério de repente, com um ar preocupado resmungou: Agora não lhe posso dar uma resposta, você tem que esperar seu pai enquanto seu pai constrói um cercado do vento, só depois disso revelarei o segredo. 

Todas as manhãs Nakati saia para brincar com o amigo do cabelo arrepiado, os dois divertiam-se o tempo inteiro, alegre e sorridentes. 

Ei Nakati, prepare-se jogava a bola para o filho do vento como das outras vezes. Nakati prestava atenção para ver se descobria o nome do amigo, mas como sempre ouvia o menino doce e suave murmúrio(sopro) porque só ouvia o barulho do vento, perguntava a si mesmo o decepcionado Nakati por mais atento que escutava apenas o som do vento. 

Durante a tarde Nakati ajudava o pai a construir a cerca com paus e gravetos. 

O menino trabalhava duro torcendo para o tapume ficar pronto o mais rápido possível. Estamos quase terminando, disse o pai suando sob o sol forte, depois podemos capturar alguns antílopes e prendê-los no cercado. O tempo estava calmo, falou consultando o céu, e logo os animais estarão pastando perto de nossa cabana. Satisfeito Nakati foi avisa a mãe. Veja o menino apontou para cerca. Já pode revelar o nome do meu amigo. A mulher lançou um olhar para a cerca de proteção da casa, respondeu de voz baixa. O seu colega de brincadeiras é o filho do vento. 

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