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Horror e realismo fantástico no cinema contemporâneo brasileiro

Por:   •  10/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.171 Palavras (5 Páginas)  •  801 Visualizações

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Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Centro de Educação e Ciências Humanas - CECH

Departamento de Artes e Comunicação - DAC

Bacharelado em Imagem e Som

Ana Caroline de Oliveira -

Gabriel da Silva Gomes -

Julia Porfírio Leite -

Lucas Mattos Martins -

Maria Luísa Tinôco de Oliveira -

Matheus Oshiro Cardoso -

Murilo Morais Oliveira -

Pedro Pimenta Barbosa de Sousa - R.A: 728207

HORROR E REALISMO MÁGICO NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

Prof. Dr.: Arthur Autran

São Carlos

2016


SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO ..................................................................
  2. CONTEXTO DE PRODUÇÃO ...........................................
  3. QUESTÕES DE ESTILO ....................................................
  4. ANÁLISE DOS FILMES .....................................................
  1. TRABALHAR CANSA e O SOM AO REDOR .........
  2. UM RAMO (curta metragem) ......................................
  1. CONCLUSÃO .......................................................................
  2. BIBLIOGRAFIA ...................................................................
  3. FILMOGRAFIA .....................................................................

  1. INTRODUÇÃO

Gênero não muito frequente na história do cinema brasileiro, o horror nacional costuma ser rapidamente associado a cineastas como José Mojica Marins, autor de importantes obras como “À meia-noite levarei sua alma” (1964) e “Esta noite encarnarei no seu cadáver” (1967), protagonizadas pelo coveiro Zé do Caixão, com inspirações do cinema marginal da década de 60, aspectos gore e terror explícito. Numericamente, o gênero horror no Brasil é menos expressivo se comparado com outros. Até o começo de 2002 foram contabilizados que 3.415 filmes de longa-metragem haviam sido finalizados no país e desses apenas duas dezenas podiam ser classificadas como sendo de horror ou de terror, e eram majoritariamente obras de José Mojica Marins.

A noção do cinema de horror brasileiro se vinculou muito à filmografia de Mojica, a reeleitura nacional que o diretor deu à esses filmes pode ser considerada um fênomeno, dado que se formou um grande culto em torno de sua obra. No entanto, é importante tratar o gênero de maneira mais histórica do que historiográfica, visto que muitos títulos brasileiros são claramente ligados ao horror mas não são identificados, reunidos e estudados por esse viés. Embora o trabalho do diretor tenha tido uma grande relevância para consolidação do horror no cinema brasileiro, não se pode reduzir o trabalho contemporâneo dessa índole ao seu personagem e sua carreira cinematográfica, esquecendo de certa forma dos outros realizadores. Além de Mojica, vale citar Julio Bressane, Rogério Sganzerla, Elyseu Visconti Cavalleiro e outros do “Cinema Marginal”, que tomaram as telas com obras de cunho mais experimental como “Barão Olavo, o horrível”, “Copacabana mon amour” e “Os monstros de Babaloo”. Mojica, em São Paulo, também se uniu a Ozualdo Ribeiro Candeias e Luís Sérgio Person na antologia “Trilogia de Terror” de 1968, figurando todos estes na lista de obras que apresentam simbologias e atributos de um cinema cabalístico e por vezes surreal.

A produção recente a que fazemos referência neste trabalho se distancia em termos de características estilísticas e narrativas das obras antológicas de Mojica, configurando filmes com acontecimentos em sua maioria sem raízes sobrenaturais, sendo passíveis de explicação racional, mas que, por um exímio trabalho da direção, chegam a ser fantásticos, aterrorizantes, resultando em um profundo medo e desconforto por parte do público. A filmografia que temos visto nascer desse meio traz aspectos novos, trabalhando muito mais com a criação de uma atmosfera composta por alguns elementos que combinam o horror com narrativas mais realistas que retratam o cotidiano, a vida e as relações da classe média brasileira.

O horror e o realismo fantástico não configuram, no entanto, casos isolados de um desenvolvimento do gênero horror já estabelecido no contexto brasileiro, mas sim de uma tendência contemporânea. Podemos mencionar diretores como Kléber Mendonça, Juliana Rojas e Marcos Dutra que possuem em sua filmografia, entre curtas e longas-metragens, obras que se enquadram ao tema, de Mendonça: “O Vinil Verde” (2004), “A menina do algodão” (2002), “O Som ao Redor” (2012), de Juliana Rojas e Marco Dutra: “O duplo” (2012), “Pra eu dormir tranquilo” (2011), “As sombras” (2009) e “O Lençol Branco” (2004), “Trabalhar Cansa” (2011) e “Um Ramo” (2007). Além disso, essa tendência abrange outros diretores, como é o caso do trabalho mais isolado na filmografia de Sérgio Bianchi, “Os Inquilinos”.

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