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O corpo tem alguém como recheio

Por:   •  8/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  177 Visualizações

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA ARTE

 ESCOLA DE TEATRO E DANÇA


Discente: Livian Isabela Alves Pereira Da Silva

Docente: Bene Martins

Disciplina: Produção Textual

      “O corpo tem alguém como recheio”

                                                                                          Bene MARTINS

Isadora Duncan afirma que sua primeira ideia de dança ocorreu ao observar e imitar o ritmo das ondas do mar, imitar o ir e vir, o avançar e recuar do movimento. Essa associação imediata das ondas marítimas com a dança se deve, naturalmente, ao fato de que o ato de mover-se para lá e para cá, para além, impulsiona á ação. Apenas com o sopro da natureza, o som que ela transmite a visão que ela dar faz de nós seres humanos criativos, através disso somos capazes de criar conjuntos de movimentos limpos para se tornar um belo desempenho. A dança faz nossa imaginação se aflorar, expandir, dependendo dos sons que se ouve, o corpo é capaz de se movimentar com tanto com o sopro do mar, como o estrondo de um trovão.

Ninguém jamais esquecerá o contato da agua, o sal, a areia, o sol, o vento, e principalmente, o ritmo, cadenciado ou não, das ondas a incitar um imaginário, permeando e povoado por contos/cantos de sereias que, irresistivelmente, atraem e conduzem os seduzidos para o fundo das encantarias aquáticas. Como a dança pela primeira vez, podemos não lembrar os primeiros passos, a primeira musica ou até mesmo a primeira coreografia, mas lembramos muito bem o primeiro dia, a sensação, como era naquela época, em como se entregou inteiramente diante a isto. Não há sensação alguma que vai descrever como o frio intenso no estomago tocou quando dançou cada passo e cada movimento executado com excelência, em como as coisas mais simples era uma vitória, momentos que fazemos questão de nunca esquecer.

O corpo, desde as monumentais esculturais gregas, os discóbolos, expondo músculos bem torneados, atléticos, admirados como objetivo de prazer inspirador de inúmeras obras de arte passou por uma violenta negação com o advento do cristianismo, cujos preceitos recomendavam a dor física, o sacrifício e a abnegação do prazer. A renúncia ao prazer carnal seria responsável pela salvação da alma. E está só seria/é possível pela redenção dos pecados, todos oriundos de um corpo exposto e desejante, que precisa ser chicoteado para conter os impulsos da carne. Algo não muito diferente do mundo dançante, pois crescemos com o conceito de que para você ser um bailarino excepcional, necessariamente precisa ter uma estrutura corporal dentro dos padrões exigido pela sociedade, pois dançar significava ter saúde e qualidade de vida, por fazer parte do mundo esportivo. Mas atualmente isso não é mais tão válido, não obrigatoriamente precisa ter um corpo escultural para ser considerado um ótimo bailarino, a técnica é a mais importante, entretanto ainda se ver muita descriminação diante disto. Além do mais, a dor do mesmo modo, faz parte de um processo importante, é exigido que, para você chegar à técnica da perfeição você precisa passar por uma etapa de sofrimento, ou seja, a dor para atingir um grau maior, e conseguir alcançar a impecabilidade, sendo ela estrutural ou técnica, onde inevitavelmente será julgado ou apreciado aos olhos daqueles que enxergam a beleza da arte, através de cada movimento feito. Com isso o sofrimento corporal estabelecido, é indispensavelmente importante para aqueles que se entregam de corpo e alma, pois a importância de mostrar ao auditório seu potencial, é de extrema importância, por isso a cobrança em si mesmo é tão grande.

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