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PALCO HISTÓRICO E ESPIRITO DE EPOCA DA BAUHAUS

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  197 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Sem dúvidas a Bauhaus foi um dos acontecimentos mais importante para a historia do design moderno. A Bauhaus não só contribuiu historicamente por si só, ela também contribuiu com artistas que mudaram o modo de ver e se pensar Design. Foi uma comunidade de todas as formas de trabalho criativo, onde suas ideias de simplificação e das leis “universais” da razão influenciaram muito para a criação tipográfica de Herbert Bayer

Herbert Bayer foi aluno e posteriormente mestre e diretor da oficina de tipografia e impressão da escola. Trilhou um brilhante caminho no campo do design gráfico e uma de suas maiores criações foi a Sturm Blond. Uma fonte categorizada pelo próprio artista como “universal” e que transcendia os modismos culturais da época.

A Sturm Blond foi um protótipo que serviu como base estrutural e influenciadora para a criação de varias outras fontes que detinham do mesmo objetivo que Bayer possuía ao criar a Sturm Blond: Simplicidade, funcionalismo e redução da geometria em linhas em circunferências. Bayer acreditava que só assim conseguiria gerar uma fonte atemporal e liberta dos simbolismos do homem. Ela prova seu sucesso ao vermos várias outras fontes que se basearam nela em sua criação, e ao vermos ela e suas variantes sendo usadas nos trabalhos atuais dos designers. Se torna universal e atemporal no momento em que ainda hoje conseguimos vê-la como uma fonte moderna e libertadora de estilos.

1. PALCO HISTÓRICO E ESPIRITO DE EPOCA DA BAUHAUS

É de suma importância ao se estudar um acontecimento, estudar inicialmente o palco histórico-social em que esse acontecimento se produzia. Nessa direção, o palco histórico em que a Bauhaus se desenvolveu, foi de alta importância para a sua formação. Mills (2008) afirma que com a derrota do império germânico na 1° Guerra Mundial, a legitimidade da cultura do século XIX parecia ter falido. Muitos alemães acreditavam precisar começar tudo de novo. Designers progressistas promoveram uma nova forma de pensar sobre a visão e a função do ambiente visual.

Sibyl Moholy-Nagy, porta-voz do ponto de vista da Bauhaus, afirmou que deveria ser criado “um novo código de valores visuais”, para “cuspir na cara da imagem harmônica que escondera decadência, falsidade e exploração”. Muitos membros da Bauhaus acreditavam que o futuro jazia nas leis “universais” da razão, distantes da cultura tradicional (LUPTON; MILLER, 2008, p. 43).

Massacrada e humilhada e com colapsos na economia, após a primeira guerra mundial, começa a surgir, na Alemanha, pensamentos e ideais de um novo estilo arquitetônico que refletisse a era de um recomeço para o país. Nesse clima de revolução de ideais e novos ideais arquitetônicos e de design, surge um arquiteto chamado Germânico Walter Gropius (1883-1969). Assim declarava: “Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artista e o artesão” (GROPIUS, 2001, p.32).

A criação da Bauhaus se situa como resultado de uma constante busca pela reformulação da formação nas artes aplicadas na Alemanha na virada do século XIX para o século XX. Propunha-se um arranjo conceitual misto, através da junção da Academia de Arte e da Escola de Artes e Ofícios, cuja dualidade dividiu a Bauhaus durante toda sua existência (FRAMPTON, 2000, p.70).

Segundo Frampton (2000), no período anterior à Primeira Guerra Mundial, a Alemanha caminhava para se tornar a nação europeia mais industrializada e militarizada. Com sua rápida urbanização e expansão, era por vezes comparável ao progresso norte americano, em contraponto aos outros países europeus, principalmente por seus progressos na nova arquitetura e artes, tornando-se referência na época.

Em 1906, Henry van de Velde, funda a Escola de Artes Aplicadas que se opunha a rígida educação que era dada na Escola Superior de Artes Plásticas, o ensino e a metodologia em sala de aula daquela escola orientava-se para uma renovação da arte industrial, visando à solução de problemas formais relevantes do ponto de vista prático, e não à produção de uma arte autônoma.

Em 1907 surgiu a Deutscher Werkbund (Federação Alemã do Trabalho), uma associação interdisciplinar que agrupava desenhistas industriais, arquitetos, artistas, produtores e comerciantes, criada por um grupo de arquitetos que implantou muitas ideias no campo do funcionalismo e padronização, que originaram a gutenform (boa forma). No mesmo período, Peter Behrens, que teve discípulos como Mies van der Rohe, Le Corbusier e Walter Gropius, vinculou arte e técnica na sua obra (ROMER, 2005, online).

Pós-guerra - Alemanha se rende, e o tratado de Versailles foi sentido pelos cidadãos nos anos consequentes. “O “espírito” do povo alemão não foi recuperado e a nação passou por sérios prejuízos morais e éticos.” (2013, online). Após a guerra o regime republicano foi instaurado tendo como capital, a república de Weimar.

A falta de força da recém-formada república levantou uma busca incessante por unificação e significado. Surgiram, então, motivações como a de Walter

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