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Projeto Social Artes Visuais

Por:   •  16/11/2020  •  Artigo  •  4.109 Palavras (17 Páginas)  •  452 Visualizações

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ALUNO: ADRIANA CRISTINA ADÃO – RA: 8093556

CURSO: ARTES VISUAIS - LICENCIATURA

PROJETO SOCIAL

DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

PROFESSORA: KELLY DOS REIS CANAVEZ

BATATAIS

2020

1 Nome do projeto

Aprofundamento do ensino de Artes Visuais com enfoque nas fotografias, com os estudantes do quinto ano do Centro Municipal de Formação Integral da Criança e do Adolescente (CEMFICA – TV) do município de Araçatuba/SP.

2 Introdução

O CEMFICA – TV está localizado na Rua Professor João Evangelista da Costa no Jardim TV em Araçatuba, atende em média 250 alunos no período contra-turno, na faixa etária de 5 a 10 anos de idade que estejam matriculados no ensino fundamental do primeiro ao quinto ano. Oferece acompanhamento escolar, atividades esportivas e de recreação. Seu principal objetivo é impedir que os menores fiquem nas ruas no período de trabalho dos pais, proporcionando-lhes situações para desenvolverem habilidades, hábitos e atitudes que auxiliem em sua qualidade de vida e de aprendizagem integral.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está centrado nas seguintes linguagens: as Artes visuais, a Dança, a Música e o Teatro. Essas linguagens articulam saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o pensamento, as emoções e as subjetividades se manifestam como formas de expressão no processo de aprendizagem em Arte. O componente curricular contribui, ainda, para a interação crítica dos alunos com a complexidade do mundo, além de favorecer o respeito às diferenças e o diálogo intercultural, pluriétnico e plurilíngue, importantes para o exercício da cidadania (BNCC, 2018).

A Arte propicia a troca entre culturas e favorece o reconhecimento de semelhanças e diferenças entre elas. Nesse sentido, as manifestações artísticas não podem ser reduzidas às produções legitimadas pelas instituições culturais e veiculadas pela mídia, tampouco a prática artística pode ser vista como mera aquisição de códigos e técnicas. A aprendizagem de Arte precisa alcançar a experiência e a vivência artísticas como prática social, permitindo que os alunos sejam protagonistas e criadores. A prática artística possibilita o compartilhamento de saberes e de produções entre os alunos por meio de exposições, saraus, espetáculos, performances, concertos, recitais, intervenções e outras apresentações e eventos artísticos e culturais, na escola ou em outros locais. Os processos de criação precisam ser compreendidos como tão relevantes quanto os eventuais produtos. Além disso, o compartilhamento das ações artísticas produzidas pelos alunos, em diálogo com seus professores, pode acontecer não apenas em eventos específicos, mas ao longo do ano, sendo parte de um trabalho em processo (BNCC, 2018).

A referência a essas dimensões busca facilitar o processo de ensino e aprendizagem em Arte, integrando os conhecimentos do componente curricular. Uma vez que os conhecimentos e as experiências artísticas são constituídos por materialidades verbais e não verbais, sensíveis, corporais, visuais, plásticas e sonoras, é importante levar em conta sua natureza vivencial, experiencial e subjetiva. As Artes visuais são os processos e produtos artísticos e culturais, nos diversos tempos históricos e contextos sociais, que têm a expressão visual como elemento de comunicação. Essas manifestações resultam de explorações plurais e transformações de materiais, de recursos tecnológicos e de apropriações da cultura cotidiana. As Artes visuais possibilitam aos alunos explorar múltiplas culturas visuais, dialogar com as diferenças e conhecer outros espaços e possibilidades inventivas e expressivas, de modo a ampliar os limites escolares e criar novas formas de interação artística e de produção cultural, sejam elas concretas, sejam elas simbólicas (BNCC, 2018).

Isto posto verifica-se que as habilidades a serem abordadas de acordo com a BNCC são: 

Contextos e práticas - Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético;

Elementos da linguagem - Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.);

Matrizes estéticas e culturais - Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais;

Materialidades - Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais;

Processos de criação - Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais;

Sistemas da linguagem - Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, curadores etc.) (BNCC, 2018, p. 200-201).

De acordo com o supracitado, a arte está intimamente vinculada ao seu tempo, não podemos dizer que ela se esgote em um único sentido ou função. É por isso que, ao buscarmos definições para as artes, podemos esbarrar em conceitos até contraditórios e que foram incorporados pela cultura. Pensar sobre os sentidos e funções da arte conduz necessariamente ao conhecimento do próprio processo artístico, que, como mencionado, inclui produtores/artistas/autores; as obras/produtos artísticos; as formas de comunicação/distribuição/difusão e suas relações com o público/plateia/apreciadores (SOUZA, 2010).

Em resumo, o campo das artes oferece aos alunos oportunidades de realmente aprenderem para a vida. Isso ocorre porque o ensino de Arte oferece um espaço de experiência. Quem é artisticamente criativo pratica o exercício da livre escolha. Aqueles que constroem modelos aprendem a redesenhar o futuro, procuram novas soluções, exercitam suas faculdades críticas na leitura de mundo (SOUZA, 2010).

Segundo o Ministério da Educação o professor que leciona nas séries iniciais, tendo como foco principal o desenvolvimento das competências da leitura e da escrita, tem o dever de possibilitar às crianças o acesso também à leitura e produção de textos nas linguagens não verbais, matéria-prima do universo da Arte. Manipular, organizar, compor, significar, decodificar, interpretar, produzir, conhecer imagens visuais, sonoras e gestuais/ corporais são requisitos indispensáveis ao cidadão contemporâneo. A leitura de mundo, o letramento, vão além do texto escrito. Na escola fundamental o foco dos estudos artísticos está centrado em algumas de suas linguagens: a música, o teatro, a dança e as artes visuais, vistas como “um tipo de conhecimento que envolve tanto a experiência de apropriação de produtos artísticos quanto o desenvolvimento da competência de configurar situações mediante a realização de formas artísticas (SÃO PAULO, 2018).

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