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TRABALHO HISTÓRIA UTOPIA

Por:   •  18/3/2016  •  Monografia  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  242 Visualizações

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AS INICIATIVAS PARA A REFORMA DA

CIDADE INDUSTRSAL, DE ROBERT OWEN

A WILLIAM MORRIS

Os utopistas

O

S homens do século XIX estão, Rortanto, anima-dos por uma profunda da cidade in-

dustrial e não concebem a possibilidadé de restaurar a ordem e a harmonia em Coketown ou no corpo gigan-tesco de Londres. Por tal razão, ps poucos que aventam propostas julgam que as atuais formas irra-cionais de convivência devam ser substituídas por outras completamente diversas, ditadas pela razão pura, ou seja, contrapondo à cidade feal uma cidade ideal.

Por, vezes, a cidade ideal permanece como uma imagem literária. No século XIX, eSste uma longa série de utopias, de C. N. Ledoux 1 a Y. Morris; 2 po-

rém, na primeira metade do século et especialmente, nos anos carregados de esperança, entie 1820 e 1850, alguns desses idralizadores de cidades tentam passar à ação. Tais episódios podem. ser enquadrados dentro da tradição da literatura utópica, mas]a nós incumbe

distingui-los enquanto iniciadores de uma nova linha de pensamento e de ação, da qual começava efetiva-

embora de modo simbólico e freqüente-

mente

mente artificioso

— uma ação consciente para a refor-

ma da paisagem urbana e rural, e, ppr conseguinte, segundo a definição•de Morris, a arquitetura moderna.

a) Robert Owen

Robert Owen (1771-1858) é o primeiro e o mais significativo dentre os reformistas utópicos. Ê um personagem singular, que viveu em plenos "tempos

1. LEDOUX, C. N. L'architecture considérée sous le rapport

de rart, des moeurs et de Ia législation. Paris, 1804.

2. MORRrs, W. News trom Nowhere. Londres, 1891.

difíceis", autodidata, caixeiro de loja, negociante e de— pois afortunado industrial e homem político. Enquan-to que, em seu tempo, as teorias de Smith eram nor-mas de comportamento quase indiscutíveis para os políticos e empresários, Owen seguia uma linha muito diversa de pensamento, baseada na análise sem pre-conceitos das relações econômicas, tanto assim que é considerado como um perigoso agitador.

Sua mentalidade explica-se somente em relação a sua experiência direta, primeiro como dependente, de-pois como capitão de indústria, e a fábrica sugere-lhe uma ordem de idéias de fato diferentes daquela divul-gada em seu tempo; uma empresa industrial funciona em virtude dos controles de organização, que devem dizer respeito não somente ao ordenamento interno, mas também aos limites da iniciativa, em relação às exigências do mercado. O equilíbrio, nesse caso, não é, com efeito, automático e não é devido ao jogo das forças internas, mas sim à harmonia entre os fatores

internos e a ação externa, consciente, que controla o modo e a medida de sua utilização.

Em 1799, Owen adquire com outros sócios a fia-ção de New Lanark, na Escócia, e faz dela uma fábri-ca-modelo, introduzindo maquinaria moderna, jorna-das moderadas, bons salários, moradias salubres, •cons-truindo perto da fábrica uma escola primária e uma. creche, a primeira de toda a Inglaterra. Esses

melhoramentos não impedem que ele tenha grandes lucros, permitindo-lhe enfrentar com sucesso os protes-tos dos sócios, os quais mais tarde, em 1813, são subs-tituídos por outras pessoas com maior abertura mental, entre os quais conta-se o filósofo J. Bentham.

173

Nos primeiros anos do século XIX, a oficina de New Lanark torna-se famosa e é visitada por pessoas de todas as partes do mundo. Em 1813, quando se dirige a Londres para procurar novos sócios, Owen entra em contato com os dirigentes da política inglesa c amplia seu campo de ação: é um dos pioneiros da legislação do trabalho, do movimento cooperativo, das organizações sindicais.

Não obstante seu sucesso como industrial, ele sus-tenta, que a produção mecânica contemporânea, como atividade especializada, está profundamente errada e está convencido de que indústria e agricultura não de-veriam ficar separadas e confiadas a categorias diversas de pessoas; pelo contrário, sustenta que a agricultura deve formar a principal ocupação de toda a população inglesa .com a indústria como apêndice". a

A fim de dar corpo a essa sua idéia, na segunda década do século XIX Owen elabora um modelo de convivência ideal: uma cidadezinha para uma comuni-dade restrita, que trabalhe coletivamente no campo e na oficina, e que seja auto-suficiente, possuindo dentro da cidade todos os serviços necessários. Esse plano é exposto pela primeira vez em 1817, em um relatório para uma Comissão de. Inquérito so-bre a Lei dos Pobres; 4 é defendido em várias publica-ções em jornais; 5 e desenvolvido com maior amplitu-de em um relatório para a autoridade do condado de Lanark em 1820.

Owen especifica

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