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Análise do Filme: “As coisas impossíveis do amor” sob a perspectiva de Bowen

Por:   •  1/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  1.618 Visualizações

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Fabinie Perazza SPG000179

Mira Cristina Solitari  SPG000373

Thais Souza de Jesus SPG 000267

Análise do Filme: “As coisas impossíveis do amor” sob a perspectiva de Bowen

Curso: PSICOLOGIA

Disciplina: Terapias Sistêmicas Familiares

Prof ª: Maristela

Centro Universitário São Camilo

SÃO PAULO – 2017

Resumo

Este trabalho visa compreender a teoria de Bowen a respeito da Terapia Sistêmica, a partir da análise do filme: “ As coisas impossíveis do amor”. Para isso se fez necessário uma apresentação resumida do filme para posteriormente explicar a teoria, de modo que os exemplos foram interpretados a partir da coleta de algumas cenas.

Filme: As coisas impossíveis do amor

O elemento mais importante do filme “As Coisas Impossíveis do Amor”, do diretor e roteirista Don Roos, é a sua personagem principal: a jovem Emilia Greenleaf (Natalie Portman).  Trata-se de uma moça jovem, advogada que se vê apaixonada pelo recente colega de trabalho e casado, Jack, por quem posteriormente se divorcia da mulher e com Emila, consiste uma nova família: marido, esposa, filho e bebê de Emilia que está para nascer.

Na maior parte do filme, Emilia se dedica às inúmeras tentativas de estabelecer um relacionamento saudável com William (enteado), tendo que lidar, ao mesmo tempo, com as relutâncias do mesmo em torno do relacionamento novo de seu pai, com as implicâncias de Carolyn (ex esposa de Jack) em relação a ela e, principalmente, com o seu próprio sentimento de luto depois de ter perdido a filha Isabel (o primeiro fruto de seu casamento com Jack), ainda recém nascida, e como isso tem afetado, não só ela, como a relação dela com Jack e com o resto do mundo.

A primeira cena marcante é o momento em que durante uma conversa entre Emilia e William em casa e a madrasta se irrita com  o comentário desprovido de malicia que o enteado faz a respeito dela vender o berço e utensílios do bebê falecido. Tal acontecimento é retomado pelo pai que ao ser notificado pelo filho realiza um entendimento entre os dois.

Após este entendimento, Emilia utiliza tantas outras alternativas para estabelecer um melhor relacionamento com o menino, mas é mal interpretada em algumas vezes e devido aos desgastes do tempo, somado ao luto pela perca da filha, vê seu relacionamento com o marido também em crise.

Seu refúgio é sua mãe pela qual o filme indiretamente indica que ambas possuem relação de confidência, mas a partir do momento que a noticia de uma reatação entre mãe e pai está acontecendo, a filha se sente traída e se irrita com a mesma.

Como sugestão de uma amiga, decide aceitar o convite para participar de uma caminhada da memória que consiste em um momento terapêutico para que parentes se confortem e elaborem o luto de um ente querido. Ao chegar no local, descobre que além de seu núcleo familiar (esposa, marido e enteado) seus pais – juntos – também comparecem, para a irritação de Emilia. Uma discussão ocorre entre Emilia e seu pai acontecem, onde a mesma revela que o motivo de sua tensão é devido ao motivo de separação entre os pais: o mesmo traiu a esposa com a secretária.

Ao chegar em casa, Emilia também discute com o marido que a faz refletir se o motivo que a fez ficar com ele seria uma repetição do que vivenciou em relação aos seus pais e depois de revela ao marido que o luto pela filha ser tão intenso é por se sentir a responsável pela morte da filha, visto que a mesma faleceu em seus braços. Ambos se separam e Emilia prossegue um determinado tempo sozinha, onde reconcilia-se com o pai, através de uma caminhada no parque.

Algum tempo depois, Emilia é chamada pela Carolyn em seu consultório onde revela que à pedido do filho (William), pesquisou o laudo da morte e com ajuda de uma amiga, constatou que a morte não foi causada por sufocamento, e portanto a responsabilidade não era de Emilia. A mesma se sentiu muito fragilizada, tentou reatar o casamento mas não conseguiu.

Por fim, à caminho do trabalho, encontrou-se com ex marido que pediu-lhe ajuda para conversar com o filho que se recusava a entrar na cerimônia de casamento da mãe. Ambos conversaram, o menino aceitou e em seguida aceitou o pedido do ex marido para jantarem.

O filme termina sob a perspectiva de nova reconciliação entre eles, ainda que indiretamente.

Teoria da Terapia Sistêmica de Bowen

Para Bowen, as famílias humanas são uma unidade emocional, sistema cujos todos os membros são afetados pelos relacionamentos entre si. A família pode ter um ótimo funcionamento como uma disfunção ou falência. Portanto, a unidade familiar se torna o principal objeto de tratamento para esta teoria.

Para ele os sintomas não se referem a uma patologia ou semelhante, mas sim como  as mesmas se relacionam: interações entre forças e de sistema de vida. Se referem às mudanças das condições da própria família e como os diferentes membros reagem diante dela.

Para este entendimento, Bowen define alguns conceitos chaves: diferenciação do eu e ansiedade, esta que pode ser subdivida em ansiedade crônica e aguda. Tais conceitos são importantíssimos para esta teoria, uma vez que para o autor, as famílias são guiadas pelos diferentes níveis que possuem sobre estes conceitos.

A diferenciação do eu se refere a uma escala definida pelo autor, de zero a cem, para definir o quão cada membro possui de diferenciação de ego diante de outro familiar (pai ou mão, na maioria dos casos. Quanto mais próximo um membro possui do nível zero, mais o sujeito tende a ser dependente de outro familiar, menos autônomo, mais ansioso e com dificuldade de reagir a uma situação de conflito com racionalidade. Isso significa que este sujeito se funde com o ego de um determinado familiar, a ponto de não conseguir se diferenciar dele. Seguindo a mesma lógica, um membro cujo nível se aproxima do grau cem (para Bowen nenhum indivíduo consegue chegar ao nível cem) mais autonomia, racionalidade, independência, assertividade e menos ansiedade terá, principalmente em situações difíceis. Importante ressalvar que não se trata de uma preferência a racionalidade, mas sim de uma diferenciação entre utilizar a razão e as emoções, diante de uma situação estressante.

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