O Contexto Social Surgimento Sociologia
Por: Alexandra Garcia Mascarenhas • 6/7/2025 • Resenha • 760 Palavras (4 Páginas) • 25 Visualizações
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UNIDADE I - O CONTEXTO SOCIAL QUE DEU ORIGEM À SOCIOLOGIA
1. A ORIGEM DA SOCIEDADE CAPITALISTA
A partir do século XIV, a Europa passou por significativas modificações. A transformação em Europa agrária para Europa urbano-industrial foi algo lento, mas, como foi uma mudança radical, muitos a chamaram de revolução. Este processo teve muitas dimensões, ela foi uma revolução econômica, pois a organização do trabalho se alterou profundamente: da sociedade estratificada em apenas dois grandes estamentos, surgiu um novo grupo social muito importante, a camada dos comerciantes e artesãos livres: pessoas que, a partir do século XIV, já não dependiam mais da terra, e sim de atividades puramente urbanas. Dos artesãos e comerciantes mais poderosos, surgem aqueles que passam a investir em grandes somas de riquezas em manufaturas. Essas manufaturas, na verdade, eram as primeiras indústrias, ainda que primitivas, mas que já se caracterizavam pela divisão interna de funções, o trabalho parcelado em inúmeras atividades a partir da introdução de novas e melhores máquinas e técnicas. Cada operador de máquina já não elabora o produto por inteiro, mas apenas uma peça, que somada às peças de outros operadores isolados, dá origem ao produto final. É a divisão social do trabalho. Assim, ao entrarmos nos séculos XVIII e XIX, teremos as fases da Revolução Industrial, que foi a dimensão econômica da revolução que deu origem ao capitalismo.
Esse modo de produção, que se originou do comércio e da manufatura, foi responsável pelo desenvolvimento de novas invenções, técnicas, aumento de atividades produtivas, dando origem à moderna indústria. A intensa urbanização do nosso século é fruto desse processo e o aparecimento de classes sociais também o é. Agora, sob a sociedade capitalista, a fonte de riqueza não é mais a terra, mas sim a propriedade de fábricas, máquinas, bancos, isto é, a propriedade dos meios de produção. Assim, os poucos proprietários dos meios de produção se constituem na classe empresarial (burguesia) enquanto que uma imensa maioria de pessoas não-proprietárias se constituem na classe trabalhadora (proletariado), que, para sobreviver, troca sua capacidade de trabalho por salário.
Em segundo lugar, foi uma revolução política, pois a antiga nobreza feudal acaba por perder o domínio para a classe burguesa, economicamente mais forte. Enquanto no feudalismo persistiu uma política que representava os interesses dos senhores feudais e do clero, serão agora os empresários que passarão a organizar a política e, a partir daí, nasce o Estado moderno, isto é, nascem as formas de governo eleitas pelo voto e regidas por uma Constituição. Nasce o parlamento, e o poder do Estado se divide em executivo, judiciário e legislativo. Todas essas novas dimensões da política burguesa devem dar a aparência de que o Estado, acima dos interesses de classe, vem organizar democraticamente a sociedade. Nasce assim a democracia burguesa.
Em terceiro lugar, foi uma revolução ideológica e científica, pois a visão de mundo sob o capitalismo se alterou: a idéia de progresso se propaga, como também a idéia de enriquecimento. A vida, dinâmica e competitiva, faz nascer o sentimento de individualismo. A ciência, como já aprendemos, se origina a partir de novos métodos de interpretação da natureza (método científico). Isso possibilita, com uma série de novos inventos, grande domínio do ser humano sobre a natureza, nunca visto antes na história da civilização.
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