A Agronegócio

         Ao longo dos anos vimos o cenário econômico nacional mudar, oscilando de acordo com governos, incentivos dentre outras políticas econômicas. Sabemos que hoje o país possui um responsável pelo sucesso brasileiro na economia mundial, o agronegócio.

Podemos ver que outros setores têm sido mais afetados devido ao desgoverno federal, mas os produtores rurais têm se mantido fortes.

Temos como definição que o Agronegócio é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária. Comumente divido em três partes: a primeira parte trata de negócios agropecuários, usando o termo “dentro da porteira”, que representam os produtores rurais de todos os portes, tanto, pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas (empresas). Segunda parte, negócios realizados na “pré-porteira”, onde temos a indústria e o comércio que fornecem insumos para a produção rural, como por exemplo os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos, equipamentos. E terceira parte temos a “pós- porteira”, sendo a compra, logística de escoamento, a venda dos produtos agropecuários até o consumidor final, sendo, indústrias têxteis e calçados, frigoríficos, supermercados dentre tantos outros.

Temos como definição que esse cultivo da terra era realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão de obra, essencialmente, o núcleo familiar, o que vem de na contramão da realidade hoje vivida, visto que o que predomina o mercado de monocultura é a agricultura patronal, que utiliza de mão de obra qualificada, alta tecnologia e consequentemente possui vínculo empregatício.

 Para maior compreensão, iremos expor alguns dados:

No contexto do agronegócio total (familiar e patronal) estadual o maior destaque fica com o estado de São Paulo com um PIB de cerca de 150 bilhões de reais ligado principalmente com os agregados da indústria de processamento, distribuição e comercialização dos produtos agropecuários. Sendo que nossos principais insumos, são a cana, o café e a fruticultura (especificamente a laranja). Temos a indústria de processadora da agricultura que a partir do insumo nos entregam o produto final, como, açúcar, álcool, papel e celulose. Isso se dá através da indústria patronal que representa 82% do agronegócio total do estado.

Contrapondo a indústria patronal, o Sul do Brasil possui uma produção familiar muito forte e presente em sua cultura. O Rio Grande do Sul e o Paraná são responsáveis pela produção de fumo, trigo, arroz, soja e criação de suínos.

O êxito das propriedades familiares rurais do Sul de devem a algumas particularidades, sendo, sua colonização e herança cultural dos europeus que os capacitaram, tanto, na parte técnica de manejo quando no processo cooperativo, que os tornam mais competitivos. Fazendo com que essas propriedades tenham o mesmo potencial de absorção tecnológica das patronais, o que as torna produtivas. Como resultado a “valorização” da terra evitou a competição predatória e os grandes investimentos os forçando a procura de grandes áreas de terra, como é hoje o caso o Centro-Oeste.

Esse modelo se deu especificamente no Sul devido aos fatores já mencionados, algo que não ocorreu em outros estados como é o nosso caso.

Como sabemos tivemos e ainda temos em grande parte a ausência do Governo, que não exerceu com a função do seu dever, deixando de dar respaldo em diferentes âmbitos ao interior no nosso estado, situação hoje ainda refletida em nossa economia, podemos ver que existem famílias que possuem grandes extensões de terra, possuem um grande conhecimento agrícola, mas não se vem como gestores rurais. O que se torna um grande problema, já que não identificam a necessidade de assumir o negócio como um líder.