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A BIOÉTICA

Por:   •  3/6/2019  •  Resenha  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  124 Visualizações

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Neste texto de Santiago Roldán ele afirma que a Bioética, é mais bem compreendida por meio de um suporte filosófico e interdisciplinar, e que a moral, remetendo-se à Teologia, igualmente se compreende alicerçada em um referente transcendental e religioso. Eu concordo perfeitamente com ele, pois Bioética, é o estudo da vida em geral e entende-se por filosofia o conceito de um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo. Conhecimento este aplicado aos valores morais e estéticos. E sendo a moral um conjunto de regras que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade, ela pode ser mais acessível através de um relacionamento de uma divindade com o mundo e com os homens, ou seja, através da Teologia.

Ele fala exatamente sobre a etimologia dessas duas palavras; ética e moral. Que por sua vez nos permitem devolver-lhe sua força elementar e até seu sentido autêntico. Ele diz isto, sentido autêntico, devido às múltiplas interpretações que podemos encontrar na teoria e na prática sobre ambas. Ética, modo de ser ou caráter de uma pessoa, vista não por uma visão psicológica que auxilia o temperamento e sim por uma percepção muito mais existencial e real. Ou seja, não posso apresentar uma ética apenas por aparências exteriores, ela é algo que vêm do interior, de dentro para fora, naturalmente.

A palavra ética traduzida para o latim mos-moris (moral), segundo ele teve grandes repercussões na concepção posterior da ética, pois trouxe duas perdas de significado conotativo; a lembrança de nossa relação humana com a natureza que se expressa no meio ambiente, e o real sentido de caráter. Eu concordo também com esta crítica na tradução da palavra moral em relação a perca do sentido original, pois como citamos acima, a palavra moral foi conceituada como “um conjunto de regras”. E o conceito original para ética refere-se a um conceito de costume, ou seja, como a pessoa age de forma espontânea. A palavra foi grandemente empobrecida de caráter e atitude.

Caráter no sentido original da palavra é definido dentro do conceito de ética como casa pessoal de determinado indivíduo, e sua crítica principal é que acaba perdendo o sentido originário, pois, o adjetivo ético é frequentemente utilizado como sinônimo de moral. Assim, fala-se de ações éticas e normas éticas sem diferenciação. Daí surge os problemas referentes aos planos de reflexão e a discussão ética contemporânea. Roldán escolhe o termo moral e refere-o à ciência do comportamento sob o ponto de vista religioso-teológico, se baseando no fato de que cada religião propõe sua própria interpretação do comportamento humano. E assim falamos de uma moral pertinente a cada religião. E essa moral religiosa ele destaca como verdadeira ciência. Estamos de acordo, pois acaba sendo um conjunto de regras religiosas para estabelecer um padrão, ainda que estejam fundamentadas sobre uma suposta fé. Isso é o que chamamos de teologia moral.

No texto ele dedica todo o seu esforço na separação original destes termos, para uma melhor compreensão do assunto abordado. Sua intenção é ir pouco a pouco, preparando terreno, para abordar uma das grandes contribuições da Teologia para a Bioética. Feito primeiramente o reconhecimento que coexistem duas aproximações do tema ética, que são compatíveis e conjugáveis entre si; uma aproximação histórica, onde a filosofia através de seus pensadores extrai um modelo de argumentação para ética, e a aproximação sistemática que prefigura “um fio condutor”, evitando assim o tema com uma mera compilação cronológica.

Desta forma ele avança para o segundo passo, que está baseado em responder a questão: o que pretende a Ética? Partindo do ponto que a ética se ocupa das ações humanas. Ações estas que têm uma “pretensão de moralidade”. Percebe-se que ele não destaca a ética e a moral, como sinônimo. Que nós podemos ver e concordar que elas têm um sentido que as diferencia amplamente. O objetivo da ética são as ações morais do ser humano. Embora ela não pretenda moralizar convicções, mas sim, elaborar uma validade objetiva. Dois conceitos éticos são abordados; o descritivo e o normativo. O descritivo visa estudar os modos efetivos de ação, já o normativo analisa o que as coisas deveriam ser. Sua conclusão é essencial, pois, afirma que estes conceitos não podem ser compreendidos sem uma consciência de responsabilidade e um compromisso moral. O que descarta a ideia do simples “conjunto de regras” que deve ser seguido.

O terceiro e grande passo que é dado ao tema está em que toda ética se apoia a boa vontade. Boa vontade não é se deixar guiar por argumentos, mas sim, uma ação favorável ao que se reconheça como bom. O quarto passo ele baseia no comprometimento na contribuição que cada indivíduo, como membro de uma sociedade e pessoa consciente e responsável, precisa ter para configurar e melhorar, em sentido humano, toda a coletividade. O quinto se dá quando todo indivíduo racional percebe que nem sempre haverá de imputar seus próprios desejos. Para então, chegar ao ponto que a mediação metodológica e sistemática de compreensão do sentido da ação moral se verifica pela ética. Ou seja, concluímos que a ética não tem como

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