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A Normalidade e Patologia Durkheim

Por:   •  14/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  383 Palavras (2 Páginas)  •  90 Visualizações

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Normalidade e Patologia

  Acredita-se que Durkheim no que a este ponto se refere constitui um desenvolvimento das ideias expostas nos seus primeiros artigos. Durkheim reconhece que a identificação do patológico põe à sociologia problemas particularmente difíceis. Durkheim demonstra nessa obra que a existência de uma consciência coletiva bem definida é incompatível com o funcionamento do tipo de sociedade caracterizado por uma divisão do trabalho muito acentuada.

  A argumentação apresentada por Durkheim no que a este ponto se refere constitui um desenvolvimento das ideias expostas nos seus primeiros artigos. A maioria dos teóricos sociais, diz Durkheim, são de opinião de que medeia um abismo lógico absoluto entre as propostas científicas e as afirmações de valor. Durkheim refuta esse dualismo kantiano, negando que a distinção entre meios e fins que pressupõe possa ser feita na realidade. A dicotomia entre meios e fins pode, na opinião de Durkheim, ser resolvida pela aplicação de princípios semelhantes aqueles que determinam na biologia a distinção entre normalidade e patologia.

  Durkheim reconhece que a identificação do patológico põe à sociologia problemas particularmente difíceis. Durkheim defende em 4 Divisão do Trabalho. Durkheim demonstra nessa obra que a existência de uma consciência coletiva bem definida é incompatível com o funcionamento do tipo de sociedade caracterizado por uma divisão do trabalho muito acentuada. O cálculo dos critérios de normalidade para os tipos específicos de sociedade permite-nos, segundo Durkheim, adoptar na teoria ética uma posição intermédia entre a concepção da história como uma série de acontecimentos únicos, que se não repetem, e a de que é possível formular princípios éticos que transcendam a história.

  Apresentemos um exemplo a que Durkheim recorre muitas vezes. Podemos dirigir à posição de Durkheim sobre este assunto uma objecção óbvia, a saber, que implica uma conivência com o status quo. Durkheim nega que seja assim, pelo contrário, qualquer intervenção ativa no sentido da modificação social só pode ter êxito caso se baseie num conhecimento preciso das tendências potenciais da realidade social em questão. A adopção de um tal ponto de vista não invalida todas as tentativas abstratas e filosóficas para criar éticas, logicamente consistentes, diz Durkheim.

GIDDENS, Antony. A concepção de método sociológico de Durkheim. In: GIDDENS, Antony. Capitalismo e moderna teoria social. Lisboa: Presença, p. 141-143, 1994. Disponível em: file:///C:/Users/NoteHP/Downloads/_Giddens%20Me%CC%81todo%20em%20Durkheim%20(1).pdf Acesso em: 26 abr. 2021.

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