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A Resenha - A ideologia Alemã

Por:   •  24/8/2022  •  Resenha  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  456 Visualizações

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Resenha do Livro “A ideologia Alemã” e Friedrich Engels.

Estrutura e dinâmica Social

Resenha: Ideologia Alemã

Autor: Karl Marx e Friedrich Engels

Lucas Florindo Souza

RA: 112021313388

Contexto

Os ainda jovens Marx e Engels, que mesmo sem nem ter completado 30 anos de idade já estavam antenados com os principais problemas da sua época, como a situação da classe trabalhadora e as contradições fundamentais da sociedade burguesa, se viram crescentemente desafiado pela realidade alemã e europeia, contendo como o principal pilar a transição do idealismo ao materialismo, em destaque os debates ao materialismo de Feuerbach e a ideologia de Hegel, sendo compreendida como idealismo absoluto onde a transformação da razão e de seus conteúdos é movida pela própria razão.

        Escrito entre 1845 e 1846 com o objetivo de intervir e questionar não só as ideias dos jovens hegelianos de esquerda, mas também as próprias posições do filósofo clássico alemão, “A Ideologia Alemã” foi a primeira parceria de Marx e Engels na produção de um texto comum. Contudo, apesar de apresentar conceitos fundamentais e apontar criticas importante a ideologia alemã referente à época, as condições politicas vigentes impossibilitaram a publicação do texto, que infelizmente para a tradição marxista, só conseguiria ser lançada na década de 30, por um Instituto em Moscou.

Resenha

Em um primeiro momento do livro, é comentada sobre a ideologia geral e em particular a ideologia alemã. A ideologia em si é responsável por dizer como as ideias são geradas, e na Alemanha existia um filosofo chamado Georg Wilhelm Friedrich Hegel que tinha estruturado um sistema ideológico que consistia em dizer que toda forma de poder vem do religioso. Portanto, os filósofos hegelianos não questionavam a correlação entre a realidade alemã e a filosofia alemã.  

É neste ponto que Marx se destaca e tenta explicar que na realidade o poder vem da relação entre produção e divisão do trabalho, que consequentemente essa relação traz um reflexo na estrutura política e na produção intelectual da sociedade. Por exemplo, o desenvolvimento dos meios de produção e a criação da propriedade privada fazem com que a sociedade passe da organização tribal para a comunal e desta para a propriedade de estado.

Após isso, Marx começa destrinchar questões sobre ideias fundamentais da ideologia, como na frase: “não é consciência que determina a vida, é a vida que determina a consciência”, onde eles afirmam que as ideias devem partir da realidade que se vive e não ao contrário. Uma das criticas de Karl Marx aos filósofos alemães é que em muitas vezes eles não conectavam a filosofia alemã com a realidade alemã, pois eles não percebiam que o ser social antes de viver para fazer história deveria compreender suas próprias condições de matéria básica para garantir sua sobrevivência, isso trará uma concepção histórica real de um processo de produção material, favorecendo o entendimento e interesse da classe trabalhadora a respeito do processo histórico-social.

A partir disso, é explicado que o modo de produção cria interdependência entre as pessoas, e que a linguagem se desenvolve na medida das necessidades de condições materiais, nascendo assim a divisão de trabalho. O surgimento da divisão do trabalho provoca a separação do trabalho, e dessas separações surgem às formas de propriedades, sendo elas a tribal, comunal e feudal. Marx refere-se à forma de trabalho tribal como o momento histórico em que a propriedade é coletiva e a divisão do trabalho fora do âmbito familiar é quase inexistente. Na forma de propriedade comunal, a inclusão de escravos e a segregação do trabalho é bem mais evidente e por fim, na forma de propriedade feudal tem uma relação entre a nobreza e trabalho servil.

Após a formação feudal houve a necessidade de estabelecer as relações comerciais de troca entre os indivíduos, o chamado intercambio. Dessa forma, a classe burguesa nasceu e cresceu, tornando-se detentora da maioria das propriedades, que antes era em sua grande maioria da classe nobre. A principal propriedade durante a época feudal consistia na propriedade territorial,  à qual  estava ligado o  trabalho dos  servo, e no trabalho próprio com pequeno capital dominando o trabalho dos oficiais. Portanto, a produção das ideias e representações da consciência estão diretamente ligadas com a atividade material dos homens, sendo os homens, portanto, condicionados pelo modo de produção, de sua vida material.

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