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A Sociologia Geral

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.086 Palavras (9 Páginas)  •  136 Visualizações

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Sociologia Geral

Estrutura, classes e desigualdades

  1. Estrutura e ação

      À definição de estrutura social podemos usar a comparação de um edifício que precisa de ter uma estrutura robusta e firme para que as pessoas que habitam esse edifício se sintam em plena segurança, no entanto os inquilinos que nele vivem encontram-se limitados no que diz respeito ao número de divisões e às dimensões que cada apartamento possuí. O seu interior, à medida que o tempo passa, vai sofrendo alterações causadas por atitudes e comportamentos das pessoas que lá vivem, por exemplo quando se destrói uma parede ou quando se altera a canalização.

      Por sua vez a sociedade também funciona mais ou menos assim. Qualquer sociedade precisa de ter uma forte estrutura, para que as pessoas que nela vivem se sintam em segurança e com capacidade para organizarem as suas vidas, mas a mesma sociedade que dá essa segurança também limita os indivíduos relativamente ao que podem ou não fazer.

      O conceito de estrutura social encontra-se relacionado com as questões de poder e desigualdade, sustentado em três extensões:

- A material ou económica

- A coerciva ou política

- Persuasiva ou cultural

      Poderá desta forma dizer-se que qualquer pessoa pode ou não fazer algo em sociedade, dependendo dos recursos e da autoridade que tem, e estar convicta que deve ou não fazer.

      As sociedades modernas encontram-se organizadas hierarquicamente, cada grupo de pessoas é detentor de determinados poderes, por exemplo: os empresários de poder económico, os políticos e militares de poder coercivo enquanto os artistas, cientistas e médicos possuem um poder cultural na sociedade. É importante referir que as chamadas “elites” podem beneficiar destes três tipos de poder, por sua vez a classe trabalhadora poderá não lhe ser atribuído qualquer tipo de poder.

      Acontecimentos como revoluções, independências políticas, golpes de estado entre outros, provocam ou não grandes alterações nas estruturas de uma sociedade e é por isso que a Sociologia e outras ciências sociais têm realizado estudos relativamente a este assunto.

  1. Desigualdades sociais

      Desigualdades sociais são diferenças entre as pessoas numa determinada sociedade, diferenças essas que estão relacionadas com a quantidade de recursos, regalias ou oportunidade que essas pessoas detêm. As desigualdades mais notórias são as socioeconómicas não só entre pessoas mas também entre regiões e países.

      Goran Therborn, sociólogo importante da atualidade, destaca três tipos de desigualdades:  

    - Desigualdades vitais: relacionada com a esperança de vida dos indivíduos, acesso aos cuidados de saúde, boa alimentação, hipótese de contrair doenças, etc.;

           - Desigualdades existenciais: têm a ver com a liberdade e o respeito que os indivíduos têm uns pelos outros (discriminação, racismo, exclusão);

           - Desigualdades de recursos: estão focadas nas diferenças das condições de vida, nos rendimentos, no estatutos sociais e nas habilitações que as pessoas possuem.

             Pode-se verificar que de país para país existem grandes desigualdades que estão fortemente ligadas à riqueza gerada por esses países (P.I.B. – Produto Interno Bruto). Entre os países com um maior nível de desigualdades sociais temos o Brasil, a África do Sul e os Camarões, os países da Europa do norte e de leste e o Japão estão entre os países mais igualitários.

              As desigualdades sociais podem explicar-se através de processos de dominação e apropriação, quer isto dizer que, certas pessoas podem apropriar-se de recursos para expandir a sua riqueza. As duas modalidades que essa apropriação pode ter são:

- Exploração: quando os indivíduos possuem os meios de produção e usam o trabalho dos outros, tal como Karl Marx estudou;

- Fechamento de oportunidades: quando certas pessoas excluem outras limitando o seu acesso a determinados benefícios importantes como a educação, cuidados de saúde, etc. como analisou Max Weber.

  1. Classes, estratificação e mobilidade social

      Classe Social é a posição que cada indivíduo ocupa na sociedade.

      Karl Marx no século XIX elaborou um estudo que evidenciava a existência de duas classes sociais que se encontravam sempre em conflito na sociedade: a burguesia, constituída por proprietários, dominava toda a riqueza que produzia e o proletariado formado por todos os assalariados eram explorados pela burguesia, uma vez que, o que extraiam do seu trabalho era uma pequena parte da riqueza produzida.

      Entende-se por mobilidade social sempre que qualquer indivíduo mude de classe social em qualquer altura da sua vida, o que é permitido por lei, uma vez que vivemos numa sociedade democrática em que a lei é igual para todos.

      Em meados do século XX, um grupo de sociólogos, principalmente dos Estados Unidos puseram de lado o conceito de classes, administrando uma outra noção que era denominada por estratificação social, uma vez que existiam indivíduos na sociedade com níveis de riqueza muito superiores a outros, deste modo, esses estratos sociais geravam estilos de vida mesmo havendo conflitos.

      Devido ao aparecimento de tipologias de classes, um grupo de sociólogos portugueses distinguiu cinco tipos de classes:

- Empresários, dirigentes e profissionais liberais;

- Profissionais técnicos e de enquadramento;

- Trabalhadores independentes;

- Empregados dos serviços;

- Operários.

  1. Desigualdades de género

      Nas sociedades modernas e ocidentais as legislações visam a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, mas pode-se verificar que são os homens quem possui mis poder, no que diz respeito aos salários e às posições sociais.

      Quando uma mulher faz algo em sociedade que não seja bem visto é sempre mais responsabilizada do que o homem, mas nem em todas as sociedades isto acontece, variando de acordo com as regiões e gerações.    

      Cada vez mais se nota que as mulheres nas sociedades modernas, estudam até mais tarde, lutando por um bom emprego e um bom salário e em consequência disso pela sua independência económica, o que entra em contradição com os tempos mais antigos em que as mulheres limitavam-se a cuidar da casa e dos filhos e o marido trabalhava para sustentar toda a família.

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