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A TEORIA ESTRUTURALISTA

Por:   •  20/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.401 Palavras (10 Páginas)  •  249 Visualizações

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TEORIA ESTRUTURALISTA

1. INTRODUÇÃO

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalista procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações, tendo como destaque das demais teorias os seguintes fatores:

• Ênfase: na estrutura, pessoas e ambiente.

• Enfoque: Múltipla abordagem: Organização formal e informal; Análise intra-organizacional e análise interorganizacional;

A Teoria Estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o seu meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado. Para alguns autores a concepção Estruturalista veio mostrar que os fatos humanos assumem a forma de estruturas, isto é, de sistemas que criam seus próprios elementos, dando a estes sentido pela posição e pela função que ocupam no todo.

Quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o papel na sobrevivência do sistema, do principal agente: o gestor. Em um sistema fechado, no qual o ambiente pode ser um componente (ambiente interno), o gestor pode causar constantes reorganizações do sistema, perpetuando desperdícios. No sistema aberto, com o ambiente como o entorno do sistema (ambiente externo), a ação do gestor pode simplesmente destruir o sistema.

Desta forma, pode-se dizer que as estruturas terminam por formar totalidades sendo que o todo assume uma dinâmica diferente da simples soma de suas partes constitutivas. O todo passa a ter um princípio orientador e organizador, dotado portanto de um sentido próprio, e o modo como cada estrutura se organiza e se relaciona com as demais acaba definindo a estrutura geral de seu conjunto, que pode assim ser compreendido e explicado sob preceitos científicos.

Os Estruturalistas ao ampliarem o escopo dos estudos para organizações de procedência cultural, sem fins lucrativos, presídios e hospitais perceberam o inevitável conflito de interesses entre as necessidades da organização e as dos indivíduos. Nesta perspectiva os conflitos podem ser minimizados mas não desconhecidos e jamais totalmente eliminados, e mais, podem inclusive ser utilizados para o crescimento e a resolução de determinados tipos de problemas organizacionais, tendo em vista as chamadas funções sociais do conflito. Assim, introduzem a lógica integrativa ao invés da lógica dicotômica, abrindo campos importantes de estudo na teoria organizacional como as questões do poder, dos próprios conflitos e da alienação.

2. PRINCIPAIS AUTORES

• Amitai Etzioni

• Victor A. Thompson

• Peter M. Blau

• W. Richard Scott

3. ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA

A Teoria Estruturalista nasceu por volta do ano de 1950, e sua origem se deve a alguns fatores principais. O primeiro deles é a diferença entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, que tinham ideias opostas. Com essa grande diferença, era necessária uma visão mais ampla e complexa, que aproximasse as opiniões defendidas pelas duas. Surgiu então a Teoria Burocrática, que tinha o objetivo de iniciar um modelo ideal e racional de organização, sendo ela de qualquer segmento. Porém alguns autores encontraram problemas e tensões nos pensamentos difundidos por Max Weber, e apesar de já possuir ideias mais avançadas do que a Teoria Clássica, não acompanhava o ritmo de mudança cada vez mais rápido da sociedade. Foi então que surgiu a Teoria Estruturalista, que é um desdobramento da Burocrática, inspirando-se em Max Weber, e também, embora com menos profundidade, em Karl Marx. Assim, havia uma necessidade de entender as organizações como um meio social complexo, que buscam objetivos semelhantes, mas que podem se diferenciar em outros aspectos, utilizando a abordagem das Relações Humanas.

Outro motivo que levou ao surgimento dessa Teoria foi à presença marcante do estruturalismo nas ciências sociais, e no estudo das organizações. Havia diversos significados para a palavra estrutura, de acordo com cada autor, levando o tema em debate e repercutindo o assunto. O novo conceito de estrutura foi outro fator importante na criação da Teoria Estruturalista, pois esse conceito diz que estruturalismo é uma forma comparativa de estudar as partes em relação a sua totalidade, analisando suas inter-relações, interdependências e posição. Dessa forma, conceituando o todo como algo muito maior do que a simples soma das partes.

4. FOCO PRINCIPAL DE ESTUDO DA TEORIA

O Estruturalismo tem uma visão mais ampla das organizações, avaliando não só a relação das pessoas dentro delas, mas também a relação entre as organizações, à ligação de cada uma com a sociedade em que está inserida e a interação entre si. As organizações existem desde a Antiguidade, mas foram crescendo para atender as necessidades humanas, e esse processo de evolução das mesmas foi explicado por Etzioni da seguinte forma:

I) Etapa da Natureza: a natureza é o único fator relevante na existência humana;

II) Etapa do Trabalho: os elementos da natureza passam a ser transformados, através do trabalho, que se torna principal atividade dos homens em suas vidas;

III) Etapa do Capital: não basta apenas a natureza e o trabalho, é necessário também capital, tornando-se base de sobrevivência;

IV) Etapa da Organização: as questões naturais, o trabalho e o capital agora são submissos às organizações, que passou a ser foco dos humanos, e se tornou independente dos fatores citados anteriormente.

Etzioni afirma ainda que a sociedade hoje é baseada nas organizações, e que dependemos delas para viver. São constituídas por fins específicos, e atualmente são muito mais eficientes do que as antigas, por duas questões principais. Primeiro, pois as mudanças gradativas na sociedade tornaram as pessoas mais ligadas às organizações, e segundo, pois com o aparecimento das

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