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A Teoria e Desenvolvimento Curricular

Por:   •  8/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.895 Palavras (8 Páginas)  •  77 Visualizações

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Unidade Curricular: Teoria e Desenvolvimento Curricular

Bloco II – Abordagem à Flexibilização Curricular no Sistema Educativo Português – Ponderação de 35% para a avaliação.

Analisar numa perspetiva articulada, reflexiva e crítica os seguintes documentos no quadro da Flexibilização Curricular:

 a) Carlinda Leite Leite, C. (2000). A Flexibilização Curricular na Construção de uma Escola mais Democrática e mais Inclusiva. In Território Educativo, nº7. Porto: DREN

 b) Alves, S.; Madanelo, O., & Martins, M. (2019). Autonomia e Flexibilidade Curricular: caminhos e desafios na ação educativa. Gestão e Desenvolvimento-Viseu: Universidade Católica, pp 337-362.

c) Despacho n.º 6478-2017 de 26 julho – no âmbito do Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória

 d) Dec. Lei nº55/2018 de 6 de julho – no quadro do Currículo Educativo e Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória


Bloco II

Abordagem à Flexibilização Curricular no Sistema Educativo Português

Objectivo do trabalho:

Analisar numa perspetiva articulada, reflexiva e crítica os seguintes documentos no quadro da Flexibilização Curricular:

 a) Carlinda Leite Leite, C. (2000). A Flexibilização Curricular na Construção de uma Escola mais Democrática e mais Inclusiva. In Território Educativo, nº7. Porto: DREN

 b) Alves, S.; Madanelo, O., & Martins, M. (2019). Autonomia e Flexibilidade Curricular: caminhos e desafios na ação educativa. Gestão e Desenvolvimento-Viseu: Universidade Católica, pp 337-362.

c) Despacho n.º 6478-2017 de 26 julho – no âmbito do Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória

 d) Dec. Lei nº55/2018 de 6 de julho – no quadro do Currículo Educativo e Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

Introdução

Nesta recensão critica irei abordar e confrontar dois artigos sobre abordagem à Flexibilização Curricular no Sistema Educativo Português, nomeadamente o artigo A Flexibilização Curricular na Construção de uma Escola mais Democrática e mais Inclusiva” de Carlinda Leite (2000) e o artigo de “Autonomia e Flexibilidade Curricular: caminhos e desafios na ação educativa” de Sónia Alves et al. (2019).

Numa primeira análise aos 2 artigos e de forma muito sucinta, observamos que passados 19 anos entre o momento da publicação de ambos, os problemas em torno da necessidade de flexibilização do currículo e autonomia da escola permanecem muito atuais apesar de se registar algumas melhorias na taxa de abandono e insucesso escolar.

No artigo Carlinda Leite (2000)– Professora Catedrática da Universidade do Porto – reflete, já à data, muitas das preocupações à inércia e dificuldade do sistema educativo Português flexibilizar o currículo. Segundo a autora, e citando Húsen, alerta para os perigos de termos uma escola que “obriga” todos a ter uma formação igual quando os alunos são diferentes. Na opinião da autora, se pretendemos uma “escola para todos” então temos que reconhecer a diversidade, o que implica que esta se possa organizar em termos de uma diferenciação pedagógica. Isto só será possível se for concedida e reconhecida a autonomia da escola. Assim sendo, a escola terá a possibilidade de proceder de forma efetiva à “gestão flexível do currículo”, elevando a importância da escola e dos professores na configuração do mesmo. Refere ainda que gerir o currículo significa tornar acessível o que é diferente de simplificar e de reduzir as aprendizagens e competências imprescindíveis a todos os alunos. A gestão do currículo visa então a viabilização de uma educação escolar de qualidade e capaz de associar a ideia de currículo à de projeto que se constrói na ação, na obtenção de conhecimento e na tomada de decisões geradores da inovação. Esta gestão deverá ser capaz de adequar o currículo à população escolar fazendo assim a distinção entre “currículo nacional” (nível nacional) e currículo vivido (concretização).

A necessidade do currículo nacional deve ser gerida localmente pressupondo alguns princípios fundamentais:

  • A importância da escola não se fechar numa ilha, mas abrir-se à comunidade e ao mundo;
  • O papel ativo no currículo não apenas como consumidor, sendo inadequado assumir um currículo igual para todo o território nacional onde as realidades observadas são muito diferentes,
  • A importância da inter e transdisciplinaridade ou currículo integrado em vez de currículos monodisciplinares.

Se analisarmos o artigo de Sónia Alves (2019), ela discute igualmente as duas estratégias/ferramentas, Autonomia e Flexibilização curricular, e possíveis caminhos a serem percorridos no combate às muitas debilidades do sistema educativo português. Salienta-se nomeadamente as dificuldades na aplicação dos conhecimentos pelos alunos, o impacto do contexto socioeconómico, o desinteresse e indisciplina, aliados ao predomínio de metodologias pedagógicas tradicionais e ultrapassadas num mundo cada vez mais digital e interativo.

Apesar desta posição, segundo a autora, nas últimas décadas, a Escola portuguesa não só conseguiu ultrapassar os desafios do alargamento da escolaridade obrigatória, como também atingiu níveis mínimos de abandono e insucesso escolar.

Ambos autores colocam uma tónica especial no facto de não ser de hoje que na base de soluções propostas apresentadas estão a interdisciplinaridade, o desenvolvimento de currículos integrados, currículos abertos e flexíveis assim como um currículo como Projeto. Contudo, para se desenvolver o currículo como Projeto implica encontrar um sentido para o que se pretende fazer, implicando pensar na educação numa dimensão social e a escola com um mandato que se amplia à formação de uma educação real. Sendo assim, é importante estabelecer relações entre os diversos atores, interesses e entre os diversos saberes onde para que isso aconteça é importante uma transformação de mentalidades sobre uma reflexão sobre o que é ser professor. A aposta tem que ser clara e focada no desenvolvimento de competências adequadas aos desafios contemporâneos, investindo-se na formação de cidadãos com saberes diferenciados.

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