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A importância da leitura

Por:   •  5/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  5.193 Palavras (21 Páginas)  •  160 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA                

O tema foi escolhido em função de sua importância e da polêmica: O aluno não sabe ler. Por que ?        

Vygotsky demonstra em seus estudos uma constante preocupação com a questão do desenvolvimento e com a importância dos processos de aprendizado. Para Vygoysky o desenvolvimento individual se dá no ambiente social determinado e na relação com o outro, e faz-se necessário possibilitar a criança aprender pensando, ou seja, buscar formas de resolver, solucionar situações problemas surgidas no cotidiano.

Aprender a ler é habilidade que exige da escola uma concepção de leitura, ou seja, leitura é decodificação ( reconhecimento das letras e discriminação por exemplo entre vogal e consoante) e compreensão (sentido dado a pré-leitura, leitura e pós-leitura).

Sabemos que uma criança para ler passa por várias etapas de fundamental importância, razão pela qual levamos em consideração que nessa etapa de sua vida a criança já leva para a escola alguns conhecimentos adquiridos no mundo lá fora.

A criança quando começa a ler ela associa palavras a figura que está vendo, por isso é de suma importância a participação dos pais contando histórias, lendo para elas, desenvolvendo dessa maneira o interesse pela leitura, atitudes como gostar de ler são construídas aos pouco, com o convívio em casa, na vizinhança, nas ruas com objetos de leituras. Sabe-se que o rendimento escolar está ligado à leitura, uma vez que ela é uma habilidade fundamental no processo de construção do conhecimento, qualquer que seja a disciplina que compõe o currículo pedagógico.

Um olhar sobre a realidade cultural em geral e, em especial um olhar sobre as práticas escolares de leitura, aponta um certo lado perverso desse processo, onde estimula-se a prática de ler, mas não há preocupação em mobilizar espaços de leituras a quem não tem acesso a leitura e aos outros meios.

Para boa parte das crianças e jovens brasileiros, a escola é o único espaço que pode proporcionar a elas acesso a textos escritos, isso quando a escola possui um biblioteca com acervos que proporcione conhecimentos ao aluno tanto no ato de manusear, pesquisar e ler.

Segundo Maria (2002, p.25):

A leitura é a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o alargamento do mundo para além dos limites do nosso quarto, mesmo sem saírmos de casa; é a exploração de experiências as mais variadas, quando não podemos viver realmente.

                       

A valorização da leitura num sentido amplo, advém de sua importância para a inclusão do sujeito numa cultura letrada. Neste sentido, o ato de ler ultrapassa, num primeiro patamar, habilidades de simples decodificação; num segundo a capacidade de atribuir sentido ao que foi codificado, e ancora-se, finalmente, na habilidade  de compreender o que nos chega por meio das informações colhidas, analisando-as e nos posicionando criticamente frente a elas.

Um fator importantíssimo na aprendizagem da leitura é o fato de “querer aprender a ler”, disposição essa que pode ser notada nas formas de expectativa, interesse, motivação, atenção e participação da criança.

Para Cunha (1998, P.47):

(...) sabemos que a leitura é uma forma ativa de lazer(...) sendo, pois, muito importânte que a escola procurasse desenvolver no aluno formas ativas de lazer – aquelas que tornam o indivíduo crítico e criativo, conciente e produtivo, a literatura teria papel relevante neste aspécto.

O ato de ler consiste em relacionar o conhecimento novo com o que você já adquiriu, aqueles que estão guardados em sua mente. A criança que chega à escola, como muitos autores descrevem, não é uma tabua rasa, ela já traz consigo  uma leitura de mundo, através das observações, interpretações e do interagir, dando significados aos seres, objetos e situações vividas, utilizando essa mesma forma para compreender o mundo do letramento.

É no encontro com qualquer forma de literatura que os homens tem a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua experiência de vida. nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias. Desde os mais remotos tempos o homem desenhava e criava símbolos, tendo como objetivo transmitir uma mensagem. A partir daí, tornou-se necessário o uso de leitura desses sinais, os quais proporcionavam aos seus conhecedores ascensão e poder.

Vários séculos se passaram, e esta preocupação com o aprimoramento da mecânica da leitura permanece nos dias de hoje com os professores (em especial no inicio do ensino fundamental). “Indiscutível o valor dessa mecanica, no sentido de desenvolver a leitura clara e fluente” (GERALDI, 1985. p.19). Essa habilidade, porém, é  mero passo em direção a objetivos qualitativamente superiores que devem ser atingidos desde os primeiros anos da escola, ou seja, a penetração na mensagem e a apreciação crítica desta, atividades relegadas, atualmente, a um plano secundário, quando não esquecidas de todos.

O resultado desta falta de hábito de leitura compreensiva e critica é a incapacidade dos universitários e dos cidadãos comuns de entenderem um texto e de analisá-lo criticamente (observa-se a situação de vários professores que mostram incapacidade de uma analise crítica de gramatica tradicional). Esta falta de analise critica dos textos, por parte dos professores, desestimula a clientela, pois, muitas vezes não se leva em consideração fatores importantes como a faixa etária do aluno e nem memo o que mais se quer saber nesta fase da vida.

Muitos trabalhos e pesquisas vem sendo desenvolvidos na àrea de leitura por pessoas preocupadas com a alienação da sociedade perante tal processo.

Segundo Silva (1983, p.22):

O processo de leitura, apresenta-se como uma atividade que possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e passado e em termos de possibilidades de transformação cultural futura (...) a leitura, se levada a efeito crítica e reflexivamente, levanta-se como um trabalho de combate à alienação (não racionalidade), capaz de facilitar ao gênero humano a realização de sua plenitude (liberdade).

                

É inegável o fato de que a grande  massa da população brasileira não tem acesso aos livros por problemas diversos, sendo o mais grave o próprio regime social que, injustamente privilegia apenas as classes dominantes, as elites, a usufruirem os bens culturais.

A leitura precisa ser vista como um instrumento que serve ao desenvolvimento da plenitude do homem e não como uma arma de dominação e alienação. Todos têm direitos a participar na sociedade e a usufruir o patrimônio cultural da humanidade. As classes trabalhadoras necessitam ter acesso aos documentos que regem a sociedade para evoluírem enquanto classe.

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