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A noção de individualismo

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Por:   •  27/7/2014  •  Artigo  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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INDIVIDUALISMO

O conceito de individualismo remete a um “conjunto de ideias e valores que colocam o indivíduo particular no centro, de forma independente daqueles que os circundam” (DUMONT, 1985).

O conhecimento adquirido, através do ponto de vista individualista, é compreendido por meio de um “conjunto especial de crenças dos indivíduos que residem em suas mentes” (CHALMERS, 1993). Esse conhecimento representa o senso comum, pois é um conhecimento adquirido pelo homem a partir de experiências, vivências e observação do mundo. Tem-se como exemplo a seguinte frase: “Eu conheço a data em que escrevi este parágrafo, você não.” Analisando esta frase verifica-se que este conhecimento é algo que reside na mente do individuo, entre as crenças deste, e não reside na mente das outras pessoas, sendo assim algo inerente a este ser.

Os individualistas não aceitam todas as crenças como sendo conhecimento genuíno. “Se uma crença deve ser considerada como conhecimento genuíno, deve ser possível então justificar a crença como sendo verdadeira” (CHALMERS, 1993). Logo, pode-se dizer que o conhecimento individualista é um conhecimento que constitui uma crença verdadeira, adequadamente justificada.

A justificação dessas crenças remonta a um problema, o regresso infinito dos motivos. Pois quando alguma afirmação deve ser justificada, “isto será feito recorrendo-se a outras afirmações que constituem as provas para ela, daí as provas dessa afirmação também terão que ser justificada e assim sucessivamente” (CHALMERS, 1993). Então, o problema se repete e continuará a repeti-se até que se descubra uma maneira de deter o regresso infinito iminente.

Segundo Chalmers, para não haver regresso infinito seria necessário haver um conjunto de afirmações que não necessitassem de justificação (autojustificantes) que constituíram os fundamentos do conhecimento, ou seja, os primeiros princípios: o racionalismo clássico e o empirismo.

“O termo racionalismo é empregado para designar a doutrina que deposita total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade”(COSTA, 2003).

Segundo Suzana Costa os racionalistas afirmam que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito. Como expressava o filósofo racionalista Descartes: “nunca nos devemos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão”.

Segundo os racionalistas clássicos, os verdadeiros fundamentos do conhecimento são acessíveis á mente pensante. As proposições que constituem estes fundamentos se revelam claras, distintas e indiscutivelmente pela contemplação e raciocínio cuidadosos (CHALMERS, 1993).

Já o termo empirismo é a “escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do conhecimento, que pensa estar na experiência à origem de todas as ideias” (CELETTI, 2010). A palavra empirismo tem a sua “origem no grego empeiria, que significa experiência sensorial, assim é considerada uma doutrina relativa à natureza do conhecimento.” (LALANDE, 1996). “Para o empirista clássico, os verdadeiros fundamentos do conhecimento são acessíveis aos indivíduos

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