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Acessibilidade Na Copa

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Por:   •  14/11/2013  •  2.557 Palavras (11 Páginas)  •  214 Visualizações

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Acessibilidade na Copa do Mundo 2014 - Realidades e necessidades de implantação

Bruno Aparecido Senna

Elizandra Machado

Fernando Portugal

Karlos Leonardo

Leonardo Pereira

Mara Falcão

“Os imprescindíveis” – Bertolt Brecht

Há homens que lutam por um dia e são bons.

Há outros que lutam por um ano e são melhores.

Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons.

Há, porém, os que lutam por toda a vida,

Estes são os imprescindíveis.

RESUMO

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que há cerca de 190 milhões de habitantes com algum tipo de deficiência. Entretanto, apesar de se falar muito em diversidade social bem como inclusão social, deficientes e portadores de necessidades especiais, continuam em busca de leis que afirmem sua igualdade de direitos dentro da sociedade. Há “certas diferenças” que muitos preferem não enxergar, como desigualdades referentes, a acessibilidade, relações entre os grupos de portadores de necessidades especiais e os não portadores e até mesmo por barreiras colocadas pelos próprios portadores de necessidades especiais, por isso, ocorre à exclusão e o isolamento daqueles que possuem alguma limitação. Percebe-se que os portadores de necessidades especiais são tolerados pela sociedade ao invés de serem tratados como igual. Em seu texto, Bauman relata que as pessoas tem medo de se relacionar com pessoas diferenciadas pelos padrões da sociedade, tratando os como estranhos. Conforme Dallari aborda em seu texto, ao reconhecer que o outro é diferente, deve-se respeitá-los e tratá-lo com igualdade, por tanto, limitações e diferenças físicas não determinam valores, capacidade de adquirir conhecimentos nem de desenvolver habilidades.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo principal realizar uma revisão sobre a inclusão de deficientes físicos nos estádios de futebol, já que a Copa do Mundo FIFA, será realizada em nosso país, o Brasil. Para isso, esse estudo será dividido em dois capítulos.

O primeiro capítulo abordará discussões relacionadas ao histórico da deficiência física, investigando primeiramente as definições sobre seus conceitos, sempre observando o grau de estigmatização da deficiência na sociedade ao longo dos tempos. Abordando também tipos de deficiências físicas que existem, leis que amparam.

No segundo capítulo, a ênfase recairá sobre a infra-estrutura e tecnologias utilizadas nos estádios-sedes da Copa do Mundo FIFA 2014.

CAPITULO I

HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA FÍSICA

1.1 A PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA

Repensar a questão do deficiente, destacando seus estigmas, suas dificuldades e direitos de cidadãos, como também o seu lugar na educação brasileira, exige fundamentalmente a compreensão do conceito de “deficiência” ou de “pessoa deficiente”. Nessa perspectiva, grande parte dos conceitos já existentes relaciona deficiência exclusivamente ao prejuízo ou falta de normalidade, caracterizando a deficiência como algum tipo de comportamento diferenciado.

Segundo Amaral (1992), a deficiência primária engloba o impedimento (dano ou anormalidade de estrutura ou função como, por exemplo, o olho lesado, o braço paralisado, a perna inexistente) é a deficiência propriamente dita (restrição/perda de atividade, seqüela como, por exemplo, o não ver, o não manipular, o não andar). Portanto, esse tipo de deficiência implica em fatores intrínsecos das limitações em si, da díade pessoa/corpo.

Sobre a deficiência secundária, a autora acima acrescenta que, esta está ligada ao conceito de desvantagem, ou seja, a condição de deficiência caracterizando uma situação de desvantagem o que só é possível se concretizar num esquema comparativo: aquela pessoa em relação ao(s) seu(s) grupo(s). Desse modo, a idéia de desvantagem só é pertinente se levar em consideração um determinado indivíduo em relação aos seus pares e inserido num grupo específico. Além disso, diferentemente da deficiência primária, sobre a deficiência secundária incidem fatores intrínsecos, ligados à leitura social que é feita dessa diferença. Incluem-se aqui as significações afetivas, emocionais, intelectuais e sociais que o grupo atribui a determinada diferença.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

1.2.1 Conceituação e terminologia da deficiência

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3% (três por cento) da população nos países desenvolvidos, contra 10% (dez por cento) nos países subdesenvolvidos, tem probabilidade de nascer com uma deficiência ou adquiri-la posteriormente. Nesse percentual enquadram-se as pessoas com deficiência mental, física, auditiva, múltipla e visual.

No Brasil, segundo o censo realizado no ano de 2000, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com mais de 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

Em países considerados em desenvolvimento, onde prevalecem condições de desnutrição, precariedade de instalações sanitárias, doenças endêmicas e epidêmicas incapacitantes, práticas irracionais relacionadas com o parto e tratamento inadequado de infecções, a situação de milhões de deficientes seja bastante agravada em função da combinação da deficiência com a pobreza.

Há muito tempo, muitos termos têm sido utilizados para descrever indivíduos com algum tipo de deficiência. O termo “deficiente” tem sido discutido por vários autores, tendo significados diferentes. A Declaração dos Direitos Das Pessoas Deficientes, aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1975, especifica em seu artigo 1.° que: o termo “pessoa deficiente” refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de suas capacidades físicas ou mentais (CIDADE, 2002).

Traçado algumas definições acerca da deficiência, acrescentando

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