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Administração Clássica

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Por:   •  1/3/2015  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  130 Visualizações

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Administração clássica

Frederick Winslow Taylor a partir de uma crítica à administração por iniciativa, na qual todas as fases do processo produtivo eram de responsabilidades dos trabalhadores, apresentou os princípios da administração científica, uma forma de organização da produção baseada na análise minuciosa das etapas que compõem o processo de trabalho e um estudo do tempo e dos movimentos empregados na realização de cada tarefa. O objetivo era introduzir métodos e técnicas de planejar o trabalho visando obter o máximo de eficiência. Destacou, por um lado, a importância de conhecer como cada tarefa era realizada e, a partir desse conhecimento, propôs uma divisão racional do trabalho que elevasse os níveis de produtividade e evitasse a ociosidade dos operários. Por outro lado, apontou a necessidade da gestão de assumir as responsabilidades pela organização do processo produtivo.

Segundo esse autor os interesses de patrões e empregados não são antagônicos, e sim complementares. Sendo o principal objetivo da administração científica assegurar o máximo de prosperidade ao empregador e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. Compreendendo prosperidade como a possibilidade de melhoria de produtividade, redução de custos, maiores lucros e melhores salários, ou seja, o crescimento da empresa e, consequentemente, de seus trabalhadores. Com isso em vista, Taylor desenvolveu os elementos que compõem a administração científica: a cuidadosa seleção do trabalhador, que consistia em selecionar os trabalhadores de acordo com as suas aptidões e perfis; prepará-los e treiná-los para produzirem e atingirem os melhores resultados possíveis; instruí-los e depois treiná-los a fim evitar perda de tempo e, por fim, orienta-los sistematicamente para que as tarefas fossem executadas de acordo com o que foi prescrito e normatizado.

Não obstantes as contribuições da administração científica para a organização do processo de trabalho é importante destacar que esta não envolve somente o estudo da velocidade adequada para realizar determinadas tarefas ou somente a remodelação dos instrumentos e métodos de trabalho na fábrica, mas, também, uma valorização do papel da gestão. Aos operários cabiam executar as ordens previamente recebidas, no tempo e da forma estabelecida, sem precisar conhecer a totalidade do processo de produção. Evidencia-se a valorização do trabalho centrado no indivíduo, em detrimento ao trabalho realizado em grupo, a fragmentação e a hierarquização dos processos de trabalho.

Fayol, assim como Taylor, tinha por objetivo a busca pela eficiência das organizações, a diferença é que tinha como foco a administração e o papel crucial do “chefe”. Apresentou a tese de que a administração é composta por um conjunto de seis operações: técnicas, comerciais, financeiras, segurança, contabilidade e administrativas. Considera que as seis operações guardam interdependência entre si, na medida em que para o bom desempenho da empresa estas devem ser operadas de forma adequada. Todavia, aponta que a administração ocupa um lugar de destaque entre as demais operações, pois administrar significa previsão, organização, coordenação, controle e, fundamentalmente, comando, imprescindível ao exercício da administração.

Para esse autor níveis hierárquicos elevados demandam maior capacidade administrativa em relação à importância relativa de outras capacidades técnicas. Destaca, assim, o papel relevante do “chefe”, afirmando que estes devem ser dotados de capacidade administrativa e, que esta, pode e deve ser adquirida por meio de processos educativos metodologicamente organizados.

Henri Fayol foi pioneiro ao analisar e categorizar as funções básicas da administração e a destacar a adoção de estratégias organizacionais, assim como as habilidades administrativas necessárias aos líderes para o sucesso de uma empresa. Valorizava o processo educativo e a capacidade dos indivíduos de refletirem e de contribuírem com o processo de trabalho.

Ford, em “Minha Vida e Minha Obra” inicia seu ensaio apresentando os princípios que serviram de base para organização do processo produtivo de sua fábrica. Assim como Taylor, postulava que o aumento da produtividade deveria ser analisado, planejado e orientado por princípios cientificamente comprovados. Considerava que por meio da padronização da mão de obra, das peças, dos maquinários, dos equipamentos e dos produtos seria possível alcançar o máximo de produtividade. O fordismo introduziu o que ficou conhecido como método de produção em massa. Neste, tudo era sincronizado e pautado pela “intercambiabilidade”, ou seja, a possibilidade de utilização de peças padronizadas, sem a necessidade de adaptações. O que resultou na simplificação e na mecanização dos processos de trabalho, além substituição radical das formas de produção artesanal. Os operários perderam a noção do todo e passaram a executar uma única operação, sempre a mesma. Ocorre a rígida separação do trabalho intelectual em relação ao trabalho braçal; o operário não precisava pensar apenas realizar seu trabalho com o mínimo de movimentação possível, seguindo rigorosamente as regras estabelecidas.

O Sistema fordista ficou conhecido, também, pela implantação das linhas de montagem de movimento contínuo, na qual tudo deveria estar em movimento. Todo o processo produtivo, na medida do possível, deveria estar automatizado, de modo a reduzir o esforço físico e os movimentos desnecessários. Os trabalhadores, as peças e os instrumentos de trabalho deveriam estar organizados de forma sequencial em esteiras, com espaços previamente calculados. Neste contexto, o trabalho humano passa a ser ditado pelo ritmo das máquinas.

Thomaz Wood ao analisar a ascensão e o declínio do sistema fordista alegou que os princípios da administração científica elaborados por Taylor baseados na separação entre trabalho mental e físico e a fragmentação das tarefas e, posteriormente, reiterada por Fayol foram os pilares sob os quais a industrial americana expandiu e se sustentou por muitos anos. Mas foi o surgimento do sistema fordista que proporcionou mudanças organizacionais significativas. Os princípios mecânicos que orientaram a organização produtiva acabaram por moldar outros aspectos da vida social. O mundo sofreu profundas transformações, a produção manual deu lugar à produção em massa; a sociedade rural deu lugar à urbana e o humanismo cedeu ao racionalismo.

No final do século XIX, Henry Ford foi pioneiro ao introduzir na indústria automobilística a produção de massa, reduzindo custo e melhorando a qualidade dos produtos. O modelo fordista pressupunha a especialização

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