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Antropologia

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Por:   •  31/10/2013  •  2.767 Palavras (12 Páginas)  •  896 Visualizações

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ANTROPOLOGIA

Texto 1 – Horace Miner: O ritual do corpo entre os Sonacirema.

A maioria das culturas possui uma configuração particular, ou estilo. Frequentemente, um determinado valor central ou uma forma de perceber o mundo deixa sua marca em várias instituições da sociedade. O antropólogo tornou-se tão familiarizado com a diversidade de modos com que diferentes povos reagem diante de situações similares, que ele não consegue se surpreender com os costumes mais exóticos possíveis.

Com efeito, se quaisquer entre todas as combinações logicamente possíveis de comportamento não tiverem sido encontradas em alguma parte do mundo, ele tem o direito de suspeitar que elas devam estar presentes em alguma tribo ainda não estudada. Neste sentido, as crenças e práticas mágicas dos Sonacirema apresentam aspectos tão pouco usuais, que nos parece importante descrevê-las como exemplo dos extremos a que o comportamento humano pode chegar.

Os Sonacirema são um grupo norte-americano que se estende desde os Cree, do Canadá, aos Yaqui e Tarahumara do México, e aos Caribe e Aruaque das Antilhas. A cultura Sonacirema se caracteriza por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que se beneficiou de um habitat cultural muito rico. Muito ocupados com a economia, depreendem muito tempo com ocupação de rituais. O corpo humano é o principal foco de atenção dos rituais, cuja aparência e saúde constituem a preocupação dominante dentro do ethos deste povo. Embora tal tipo de preocupação não seja realmente incomum, seus aspectos cerimoniais e a filosofia aí implícita são únicos.

São apresentados vários tipos de rituais mágicos, feitiços desta cultura afim de criticar os rituais realizados pelos norte americanos. SONACIREMA é uma anagrama de AMERICANOS. Assim como outros durante o texto, como HOSPITAL. O texto todo é um crítica ao estilo de vida contemporâneo. “O homem da boca sagrada”, espelho nos ricos, curandeiros. “Olhando de cima e de longe, dos lugares seguros e elevados da civilização desenvolvida, é fácil ver toda a rudeza e a irrelevância da magia. Mas sem este poder e este guia, o homem primitivo não poderia ter dominado as dificuldades práticas como fez, nem poderia o homem ter avançado até os mais altos estágios da civilização” - Malinowski.

Texto 2 – François Laplantine: Aprender Antropologia – capítulos 1, 2, 3 e 4

CAP 1. UMA RUPTURA METODOLOGICA: prioridade dada à experiência pessoal do “campo”

Este primeiro capítulo trata da abordagem antropológica de base - esta que diz respeito à “observação direta dos comportamentos sociais a partir de uma relação humana”(Laplantine) -, que surgiu para desconstruir a antropologia especulativa que até então predominava com características propriamente filosóficas, já que em sua metodologia não predominava o a vivência e a interação entre o observador e o grupo estudado –observado - (constituindo por assim dizer uma antropologia de gabinete). Essa antropologia de base então prioriza a experiência adquirida na pesquisa em campo e nessa primeira conjuntura englobava apenas os grupos sociais de maiores ostentações.

Ainda nesse contexto, compreendemos que é importante articular sobre alguns pontos que receberam destaque neste capitulo. São eles: a etnografia, a etnologia e a antropologia. Na sequência eles se caracterizam da seguinte forma:

1. A etnografia - É a coleta direta, e o mais minucioso possível, dos fenômenos que observamos, por uma impregnação duradoura e contínua e um processo que se realiza por aproximações sucessivas (...);

2. A etnologia - consiste em um primeiro nível de abstração: analisando os materiais colhidos, fazer aparecer à lógica específica da sociedade que se estuda;

3. A antropologia - consiste em um segundo nível de inteligibilidade: “construir modelos que permitam comparar as sociedades entre si...” (Laplantine, 1996:25).

CAP 2. UMA INVERSÃO TEMÁTICA: o estudo do infinitamente pequeno e do cotidiano

Após a ruptura metodológica que deu prioridade a experiência pessoal do campo, surgiu uma inversão na temática do estudo antropológico. Pois este que estudava temas globais, passou a voltar o olhar para os pequenos grupos do cotidiano, para as micros sociedades.

Esta inversão temática que visa o mais simples (que parece por muitas vezes irrelevante), corriqueiro, comum e muitas vezes por ser tão banal passa-se despercebido aos olhos do observador, influenciou grande parte das inovações ocorridas nas ciências humanas e com ênfase na história, que por sua vez tornou-se uma história antropológica. Essa mudança se deu porque o método de campo, e de estudo do micro desconstruiu tabus e consequentemente ofereceu abertura para as demais áreas.

CAP 3. UMA EXIGÊNCIA: o estudo da totalidade

Este capítulo diz respeito a uma das características da antropologia que exige mais cuidado: o estudo da totalidade. Isso porque como já foi colocado acima o estudo antropológico, após a inversão temática, passou a olhar para o corriqueiro, e este trás consigo a responsabilidade de não deixar passar nada despercebido. Então, se o antropólogo estuda a totalidade, ele deve elaborar um estudo por completo, visando todas as perspectivas. Essa abordagem do conjunto, explica o que escreveu Mauss em 1960: “o homem é indivisível’ e “o estudo do concreto” é “o estudo do completo”. Em detrimento disto esta, nas palavras de Laplantine, o parcelamento disciplinar que surge representando um risco para os estudos antropológicos contemporâneos por fragmentar estudos que em sua essência precisam ser completos e por isso muitos dos antropólogos recusam-se a seguir uma especialização (porque esta limita e torna o estudo antropológico carente).

CAP 4. UMA ABORDAGEM: a análise comparativa

Nesse caminho progressivo que a antropologia percorreu muito se foi alterado. Depois dos aspectos já mencionados aqui, vamos articular sobre “a análise comparativa”, esta que possui extremo valor para a antropologia, isso porque essa abordagem nos faz enxergar que na relação com o “outro”, descobrimos que “ele” e, suas tendências podem também estar dentro do meu contexto e não apenas do outro lado (como se entende no mais das vezes), e com isso percebemos no familiar o exótico e assim vice-versa.

Além disso, a análise comparativa tem a missão de desconstruir preconceitos, - muitos deles oriundos do etnocentrismo, este que é um dos grandes problemas enfrentados pela antropologia – isso porque

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