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As Tecnologias Assistivas e a Atuação do Bibliotecário como Intermediário entre as Fontes de Informação

Por:   •  4/5/2023  •  Artigo  •  2.391 Palavras (10 Páginas)  •  29 Visualizações

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As Tecnologias Assistivas e a Atuação do Bibliotecário como Intermediário entre as Fontes de Informação e o Deficiente Visual1

Eryka Fernanda Pereira Gonçalves2

Trata-se de um trabalho de disciplina reunindo estudo da literatura e a experiência de estágio, com o objetivo de fazer a apresentação de alguns recursos de informação, serviços de referência e tecnologias assistivas utilizadas na biblioteca acadêmica da FAFICH, na Universidade Federal de Minas Gerais.

Palavras – chave: Deficientes visuais; Fontes de informação; Tecnologias asssistivas.

The Assistive technologies and performance of librarian like an intermediary between visually impaired and font

This is a work of literature collection study and practical experience in order to make the presentation of some information sources, reference services and assistive technologies used in the academic library of FAFICH in Federal University of Minas Gerais.

Keywords: Blind people; Information sources; Assistive technology.

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1 Artigo apresentado na disciplina Fontes de Informação e Mídias Alternativas - professora orientadora Terezinha de Fátima Carvalho de Souza.

2 Graduanda do 8°período de Biblioteconomia eryka@ufmg.br

erykaeciufmg@hotmail.com

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é identificar alguns recursos e fontes de informação, para acesso e uso por deficientes visuais nas bibliotecas. A metodologia utilizada foi revisão de literatura, associada à experiência de estágio no Centro de Apoio ao Deficiente Visual da Universidade Federal de Minas Gerais – CADV. Ao levar este assunto para o contexto da biblioteca é importante que o bibliotecário atente para o seu papel de intermediário entre a informação e o usuário. Não obstante, faz – se necessário o conhecimento das fontes de informação e das tecnologias assistivas importantes para atender as pessoas com deficiência visual. Ou seja,

[...] a biblioteca acessível é a que disponibiliza a informação em qualquer suporte e provê acesso a todas as pessoas que dela necessitam, ou seja, segue os princípios do desenho universal. GONZALEZ (2002) apud PAULA; CARVALHO (2009, p. 72).

A intensificação da produção intelectual advinda das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s tem exigido maior capacidade de memória e de rapidez em leitura à sociedade. Contudo, as novas tecnologias podem contribuir para o acesso a informação e a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais – PNE, em especial dos deficientes visuais, aqui considerados. Este artigo justifica–se por representar um esforço que visa identificar recursos e métodos de subsídios ao bibliotecário para atender ao público deficiente visual de forma eficiente e contribuindo para assegurar seu direito de acesso à informação.

Tal como observa Fialho e Silva (2012), dentre algumas leis que asseguram os direitos das pessoas com deficiência visual podem ser citadas a Constituição Federal de 1988; a Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro 2000; e o Parecer nº. 17/2001. Destaca-se no Art. 5°do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 que defende, entre os direitos, o de: respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos”. Não obstante,

segundo o Art. 46° da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 prediz que não fere aos direitos autorias a “reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários”.

Segundo Pupo; Melo; Ferrés (2006) apud Fialho e Silva (2012) os meios de acessibilidade que podem ser citados são os que tornam a sociedade mais acessível são: a acessibilidade na comunicação, nos métodos de trabalho e estudo; nos instrumentos de trabalho, estudo e demais atividades; em programas públicos e nas atitudes não havendo discriminação.

Considerando que a deficiência visual pode ser congênita ou adquirida é denominada como cegueira a perda total da visão. E, visão subnormal casos em que a pessoa ainda tem algum percentual de visão. Esta diferenciação poderá contribuir na escolha do formato que melhor atenderá a este usuário porque faz–se necessário conhecer a forma como ele foi alfabetizado. Ou seja, se a pessoa é cega de nascença provavelmente ela foi alfabetizada utilizando o Braille; se ela não tiver sido alfabetizada com este recurso, como em casos de pessoas que adquiriram a deficiência visual ao longo da vida, deverá atentar–se a outras possibilidades de leitura.

  1. DO ATENDIMENTO AO ACESSO AS FONTES

O CADV funciona dentro da biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – FAFICH e atende alunos com deficiência visual, de todos os cursos da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Ele oferece suporte acadêmico aos

alunos cegos e com visão subnormal e oferece recursos aos professores; além de acessória didática e pedagógica3.

Por se tratar de um espaço onde o suporte é oferecido a alunos cegos e com visão subnormal, matriculados na UFMG em todas nas áreas do saber lecionadas, exige– se uma atenção voltada para aspectos peculiares do aluno e do curso estudado. Assim como em unidades de informação convencional, é necessário um estudo de usuário para atender o público de forma estratégica que vá ao encontro da necessidade peculiar de cada usuário.

Então, ao atender a este público pode–se sugerir algumas perguntas iniciais a cada usuário com o objetivo específico de saber:

  • Qual o tipo de deficiência visual a pessoa possui, sendo cegueira ou visão subnormal. A fim de identificar qual recurso irá atender melhor a sua necessidade;
  • Qual recurso ele tem utilizado para ler e se este recurso o tem atendido adequadamente. Caso o usuário diga que utiliza determinado recurso e não está satisfeito pergunte o motivo, a fim de buscar alguma alternativa que melhor o atenda;
  • O modo de alfabetização: se foi com o uso do Braille ou outro recurso, para identificar com qual recurso o usuário teve maior costume e ou afinidade de uso;
  • Qual a área de interesse da pessoa. Para identificar as características de leitura, ou seja, se haverá muitos gráficos, fórmulas matemáticas ou demais itens iconográficos e planejar estratégias para proporcionar a leitura também por estes itens.

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3 

Alerta–se para a importância de sempre buscar ouvir o usuário para saber seu grau de satisfação. Através do ato de conhecer as características do usuário e de seus interesses informacionais, é possível fazer uma relação do diagnóstico de avaliação com a tecnologias assistivas, que são definidas, segundo Bersche e Tonolli (2006), como

[...] todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.

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