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As Três Versões Do Neo-institucionalismo

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Por:   •  2/11/2013  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  1.753 Visualizações

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O neo-institucionalismo se divide em três métodos de análise: o institucionalismo histórico, institucionalismo da escolha racional e o institucionalismo sociológico. Por mais que o objeto de análise seja igual para todos os métodos, mesmo assim as três escolas de pensamento se desenvolveram de modo autónomo.

O institucionalismo histórico tem como objetivo explicar o modo como a organização institucional na comunidade política e as estruturas econômicas entram em conflito, determinando os interesses privilegiados em detrimentos de outros. Assimetria do poder. Os teóricos dessa escola foram influenciados pela concepção estruturo-funcionalistas, da comunidade política como sistema global constituído por partes que interagem, aceitam esses princípios, mas criticam as tendências mais específicas, no que se refere às características culturais, sociais e psicológicas dos agentes como o parâmetro responsável pelo bom funcionamento do sistema, acreditam no contrário, a organização institucional é o fator responsável pelo comportamento coletivo e a estruturar resultados distintos. Estes teóricos definem instituição associando o mesmo as regras e organizações ou convenções editadas pelas organizações formais.

Em relação à questão: ''como as instituições afetam o comportamento dos indivíduos?'', os neo-institucionalistas históricos fornecem dois tipos de resposta a essa questão, chamando as de ''perspectiva calculadora'' e de ''perspectiva cultural''. Esses teóricos do institucionalismo histórico recorrem as duas perspectivas quando tratam da relação entre instituições e ações na sua análise. Cada perspectiva responde a três questões básicas: como os atores se comportam que fazem as instituições, por que as instituições se mantêm?

Os adeptos da ''perspectiva calculadora'' dão ênfase aos aspectos do comportamento humano que são orientados num sentido estratégico (custo/benefício), eles analisam todas as escolhas possíveis para escolher aquelas que oferecem um benefício máximo. De acordo com a ''perspectiva calculadora'' em relação à segunda pergunta ''que fazem as instituições?'', elas afetam os comportamentos ao oferecer aos atores uma certeza relativamente grande quanto ao comportamento presente e ao comportamento futuro dos outros atores. A resposta da ''perspectiva calculadora'' sugere em relação a terceira questão que as instituições se sustentam porque elas realizam algo da ordem de um equilíbrio de Nash.

A ''perspectiva cultural'' trata as questões de modo diferente, primeiro ele enfatiza que o comportamento nem sempre é estratégico, mas limitado pelas idiossincrasias de cada indivíduo, ou seja, recorre aos protocolos antes estabelecidos ou a modelos de comportamentos já conhecidos para atingir seus objetivos. Em relação à segunda questão, de acordo com a ''perspectiva cultural'' as instituições fornecem modelos morais e cognitivos que permitem a intepretação e a ação. O indivíduo está envolvido num mundo de instituições composto de símbolos e de protocolos que fornecem filtros de intepretação, aplicáveis a determinadas situações e a si próprio. Além disso, as instituições fornecem informações úteis que afetam a identidade, a imagem de si e as preferências que guiam a ação. A terceira e última questão é respondida ao enfatizar que as instituições resistem a serem postas radicalmente em causa porque elas estruturam as próprias decisões relativas a uma eventual reforma que o indivíduo possa adotar.

De acordo os teóricos do institucionalismo histórico, as instituições conferem a determinados grupos um acesso desproporcional ao processo de decisão, resultando que determinados grupos ganham, enquanto outros perdem. Para eles não existe o cenário onde os indivíduos tem a liberdade de firmar contratos, e ainda assim as duas partes saírem ganhando. Embora chamem a atenção para o papel das instituições na vida política, os institucionalistas históricos não afirmam que as instituições são os únicos fatores de influência na vida política. Eles situam as instituições numa cadeia causal deixando assim espaço para outros fatores, em particular a fatores econômicos e a difusão de ideias.

O institucionalismo da escolha racional desenvolveu uma concepção precisa no que se refere às relações entre as instituições e comportamento, somando a conceitos generalizados, os teóricos formaram uma teoria sistemática. Há quatro propriedades ligadas na maioria das análises do institucionalismo da escolha racional: primeiro, os teóricos postulam que determinados atores partilham de um conjunto de preferências e se comporta de modo utilitário para aumentar a satisfação de suas preferências, isso num plano estratégico, pressupondo em um número significativo de cálculos; em segundo, consideram a vida política como uma sucessão de dilemas de ação coletiva, onde as situações fazem que os indivíduos ajam de modo a maximizar a satisfação de suas preferências, com risco de produzir um resultado sub-ótimo para coletividade; em terceiro lugar, os teóricos enfatizam o papel da interação na determinação de situações políticas. As instituições organizam essa interação ao oferecem informações de adoção que reduzem a incerteza no tocante ao comportamento dos outros, ao mesmo tempo em que propiciam aos indivíduos ''ganhos de troca'', o que estimulará a se dirigirem a certas ações precisas; por fim, desenvolveram um enfoque no que é relativo à explicação da origem das instituições. Eles acreditam que o processo de criação das instituições é centrado na noção de acordo voluntário entre os atores interessados. Se a instituição está sujeita a algum processo de seleção competitiva, ela, então, deve sua sobrevivência ao fato de oferecer mais benefícios aos atores interessados do que as outras instituições concorrentes. Assim, a forma de organização de determinada empresa se explica por referência ao modo como ela minimiza os custos de transação, de produção e de influência.

O terceiro e último método de análise é o institucionalismo sociológico. Os teóricos do institucionalismo sociológico propõe ao contrário do que muitos sociólogos desde Weber consideram, para esses sociólogos, com influências das teorias weberianas, as estruturas burocráticas que

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