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Assessoria E Consultoria Em Serviço Social

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Por:   •  1/11/2014  •  2.025 Palavras (9 Páginas)  •  339 Visualizações

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ASSESSORIA COMO EXPERIÊNCIA PARA NOVOS ASSISTENTES SOCIAIS

A partir de uma reflexão sobre a dicotomia entre teoria e prática na profissão e preocupada com a viabilização de um projeto profissional competente, e que se posicione contra o avanço do projeto neoliberal, Vasconcelos(1998) propõe como caminho uma articulação concreta entre a Academia e o meio profissional. Para tanto, segundo a autora, se faz necessário romper com o raciocínio, na profissão, de que em um espaço se elabora teoricamente e, em outro, se aplica/intervém. É nessa perspectiva que a autora propõe como caminho a assessoria e/ou consultoria como uma estratégia possível.

Na perspectiva de Vasconcelos, a assessoria/consultoria seria um desdobramento de uma relação mais próxima entre a Academia e o meio profissional, por meio da disciplina “estágio supervisionado”. Pois é no trabalho de supervisão que os docentes envolvidos tomam contato com a realidade institucional e, a partir daí, podem pensá-la e problematizá-la. E também esse processo é possível ao assistente social tomar contato (e interagir) com o debate posto na Academia.

Almeida (2006) trata da experiência de assessoria aos profissionais de Serviço Social por meio da disciplina estágio supervisionado articulada ao projeto de extensão que coordena. Interessante, porque nessa sua proposta os alunos de Serviço Social integram junto com o autor a equipe de assessoria.

No campo das competências profissionais identificamos duas frentes de assessoria/consultoria. Uma que os profissionais de Serviço Social vêm desenvolvendo mais, que é a assessoria à gestão das políticas sociais. Atualmente, várias são as experiências de assessoria prestada por assistentes sociais aos diferentes sujeitos envolvidos nesta área, como por exemplo: aos gestores públicos, privados e filantrópicos; aos conselhos tutelares, conselhos de direitos e de políticas; aos profissionais que atuam nos setores públicos e privados; aos movimentos sociais; entre outros. Sobre essa frente é importante que os integrantes da categoria profissional tenham clareza dos objetivos e intenções dessa demanda. Importante reflexão, sobre os contraditórios interesses de assessoria, é desenvolvida por Freire (2006), por meio da sua experiência de assessoria a empresas, gestores e trabalhadores. Ainda no campo das competências profissionais existe uma outra frente, em potencial, de assessoria, mas pouco explorada pelos assistentes sociais, que é a assessoria a organização política dos usuários. Essa rica frente pode ser desenvolvida no bojo das atividades que os profissionais de Serviço Social desenvolvem nos seus locais de trabalho. Para tanto, faz-se necessário que as equipes de Serviço Social desenvolvam um profundo debate sobre o seu exercício trabalho profissional, na perspectiva do trabalho coletivo, para que a assessoria não vire um “sobre-trabalho” e nem consista em uma ação episódica. Essa frente de assessoria pode vir a possibilitar uma contribuição concreta da categoria, por meio do seu exercício profissional, para a rearticulação e/ou fortalecimento dos movimentos sociais.

Desconhecemos alguma produção sobre esse tipo de assessoria desenvolvida nas instituições pelas próprias equipes de Serviço Social. Contudo, a profissão possui maturidade profissional para deslanchá-lo desta frente. Mesmo que seja a partir de uma experiência universitária, Bravo e Matos (2006) trazem uma reflexão sobre a experiência junto a usuários e suas entidades, informando estratégias para o fortalecimento da participação política da sociedade civil.

ASSESSORIA NO SERVIÇO SOCIAL

Pode-se analisar a demanda de assessoria ao Serviço Social como sendo um processo de trabalho para a profissão. As assessorias são consideradas formas indiretas de prestações de serviços a órgãos governamentais, não governamentais e empresas privadas, citadas anteriormente, sendo que o profissional responsável pela execução desta atividade instrumental, normalmente, não tem vínculo empregatício e atua como prestador de serviço para a organização demandatária.

A assessoria pode ser vista como uma forma de acompanhamento e monitoramento de uma determinada demanda, junto a um grupo ou vários grupos que a executam, em que o assessor normalmente não tem vínculo permanente com o local da prestação e realização do serviço. Normalmente, são solicitadas pela equipe institucional, que atua diretamente na organização ou como em alguns casos pelos representantes da gestão.

As assessorias podem ser consideradas formas indiretas de prestações de serviços a órgãos governamentais, não governamentais e empresas privadas, em que o profissional responsável pela execução desta atividade instrumental, normalmente não tem vínculo empregatício atuando como prestador de serviço à organização demandatária.

Para a execução de uma assessoria, faz-se necessária clareza acerca de quais são os objetivos pretendidos pelos demandatários da organização que a solicita. Também é preciso conhecer a organização a fim de tornar possível um processo de trabalho investigativo e interventivo com retorno para a qualificação profissional de todos os envolvidos. Para a realização da assessoria, os profissionais devem ter como habilidades: negociação, atualização e aprimoramento teóricos constantes, habilidade com apropriação e manejo da informática, iniciativa, espírito de liderança, criatividade, bom relacionamento interpessoal da equipe e interdisciplinar em permanente desenvolvimento.

A assessoria no âmbito do Serviço Social pode ser considerada uma ferramenta de trabalho incipiente. Porém, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais do Serviço Social consideram-na como um instrumento de trabalho profissional, em que o Assistente Social irá “acompanhar processos de trabalho da organização e/ou de grupos, apontando possibilidades, limites, alternativas no projeto pretendido. Deve contribuir para a leitura da realidade, o que facilita traçar o planejamento” (CRESS 10ª Região, 1999, p. 68). Porém, a assessoria pode ser considerada, apesar da incipiência de sua utilização como instrumento ou atividade da categoria profissional, um novo espaço de intervenção do Serviço Social.

CARTA PROPOSTA

Brasília, Novembro de 2014

Às associações sem fins lucrativos Brasília e Regiões Administrativas.

Prezados Senhores,

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