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Atividade de Antropologia

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Por:   •  23/10/2014  •  Artigo  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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Atividade de Antropologia

O homem tem sido a peça chave, desde tempos consideráveis, da própria história, especialmente da história do pensamento. Seja pelo surgimento da filosofia como busca da apreensão do real e de sua interpretação da realidade versus o pensamento mitológico das sociedades mais primitivas, seja como um “buscador” de sua missão na realidade do Cosmos versus o inominável, o transcendente, assumindo assim sua eleição ou sua tragicidade frente a sua existência (CUNHA, J. A. Filosofia: Iniciação à Investigação Filosófica. São Paulo, Atual, 1992, p.23-75).

Max Sheler considera o homem tão complexo quanto essencialmente diverso, que seria realmente muito difícil estabelecer uma única característica para ele. Sendo assim, as concepções e formas de entender o ser humano se contradisseram ou se completaram, contudo, isso apenas viabilizou elementos para entendermos o processo do avanço social e tecnológico, gerando com isso, consequências morais e éticas, as quais são nossas principais preocupações no mundo pós-guerra: busca do sentido existencial perdido pelos efeitos colaterais dos avanços sociais e tecnológicos.

A descoberta do logos trouxe tão cedo à possibilidade de uma descoberta metafísica da própria capacidade do homem em relação aos objetos, que então passou a fazer filosofia. Contudo, nesta busca da apreensão do real o homem quis se entender nesse processo. Entretanto, como fazer filosofia para si mesmo? Aqui está a grande questão de uma antropologia! Estudar a si mesmo faria com que ele mesmo haveria de considerar-se como possibilidade essencial para que o estudo não se limitasse a uma antropologia somente, mas que fosse também filosófica/teológica: Universal.

Segundo o material disponibilizado para nosso estudo (1), percebemos que essa essencialidade do homem, essa universalidade, passou a ser vista no mundo grego como a busca da areté (2), como estudamos na matéria sobre a educação e formação do homem grego. O Conceito de alma e corpo, ou seja, a quebra o objetivo em busca da subjetividade foi uma compreensão divulgada pelo cristianismo, tendo como base a criação de um plano místico e divino para o entendimento do homem e sua universalidade, sua essência.

Ao longo da história medieval e com o surgimento do racionalismo e da ciência, o homem enquanto ser pensante e sua história lógica através da busca mitológica, filosófica e teológica, consecutivamente, foi posta em cheque. Três foram as maiores crises deste homem racional, que foi criado por Deus, e/ou que está no centro da sociedade universal: A descoberta do sistema Heliocêntrico, o Evolucionismo de Darwin e a descoberta do Insconsciente por Freud (3).

Então, como e onde recolocar o homem no universo? A religião, questionada pelo evolucionismo, já tinha dificuldades de sustentar o homem como centro da criação, a própria filosofia, enquanto acreditava ser a capacidade lógica e racional uma característica identificadora e essencial do homem, que o diferenciava dos animais e da realidade mítica, agora também era questionada com a psiquiatria e o mundo do inconsciente.

O homem, então, passou a ser um observador da natureza e de si mesmo! Talvez um angustiado de saber finito e ao mesmo tempo capaz de entender isso. Maravilhosamente um cientista que explica tudo em torno de si, um descobridor do funcionamento do universo, ainda que partícipe e parte deste, finito como este.

Nesse sentido, o homem científico, diferentemente do homem mitológico, filosófico, místico, abre mão de outras ciências e formas de compreensão de si e do universo, e opta por criar uma atividade metódica observadora empírica, desprovida do relacionamento metafísico com os objetos e com algo transcendente.

Aqui está a constituição do homem moderno, que passou a ser um homem desprovido de alma e corpo, fechado para o mistério de sua existência e passou a ser para si um investigador empírico, em constante tensão, hora tendo todo tipo de técnica a sua disposição, hora sendo vítima de seu próprio avanço. Então, passou a ser um ser caracterizado pelas tensões e fechado para o lado metafísico da existência (4).

De alguma forma isso é observado em nosso cotidiano, a partir das sociedades e seus avanços tecnológicos, seja pela história política e econômica, seja pela forma como homem e suas atividades passaram a ter uma conotação produtiva e tecnicista. O homem se limitou a desgastar sua interferência na natureza.

A idéia aqui não é combater o avanço tecnológico e globalizado, mas é se perguntar sobre o seu sentido para a busca humana. Talvez o ponto de partida tenha sido perdido. O homem se tornou, de alguma forma, um prisioneiro de sua prisão! A ciência não é inquestionável, nem muito menos tão exata como se pretendeu. De certa forma, as teorias econômicas também se pretenderam dogmáticas como algumas linhas filosóficas e teológicas, mas ao final de tudo apenas incentivaram um relacionamento utilitarista da própria sociedade e do ser humano. Um deus tão indesejável quantos

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