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CAOS E JUSTIÇA - Preâmbulo- Amon-Rá Bandeira

Por:   •  10/5/2018  •  Ensaio  •  394 Palavras (2 Páginas)  •  214 Visualizações

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É certo que a geração do devir está fadada a constante destruição e reconstrução de sua materialidade, esta transformação está presente em todas as formas sensíveis possível de conhecer através da percepção sensorial. É a verdadeira realidade apreendida neste mundo? Como vemos a instabilidade não configura conhecimento para Platão que tem exigência a imutabilidade. Para Platão a realidade estão nas idéias construídas através da dialética e nestas idéias estão a verdadeira realidade. Sendo assim no mundo do devir não existem objetos a serem determinados. Por isso neste mundo se configura o caos. Esta constante transformação está presente tanto no âmbito físico como no social e histórico. Por isso o posicionamento de Platão será de desprezo pela problemática levantada por Anaximandro já que o não-ser já não é a partir da resolução estabelecida por Parmênides. O desprezo pela mutabilidade quanto pela incompreensão paradoxalmente fará Platão reinventar a dialética enquanto método para encontro da Sabedoria. Platão prevê um conhecimento fixo e eterno. Despreza a dinâmica na esfera do conhecimento, fundamento de sua própria filosofia como vimos neste levantamento histórico.

Se a busca pela sabedoria não está no caos e não é nele que devemos mirar. Qual solução? Melhor dizendo, qual a salvação? Da mesma maneira que Pitágoras reinventou a redenção Órfica atribuindo aos números um valor místico, Platão constrói as formas inteligíveis encerradas em si mesmas que determinarão a realidade mundana encerrando sua compreensão em um sistema teórico da verdadeira Sabedoria. É a partir deste fazer filosófico quase teológico que a sabedoria destes homens intelectivos irão hierarquizar os tipos de compreensão do mundo, assim falarão de: crença, opinião, entendimento e sabedoria. Dando somente àqueles que atingiram o estágio superior a capacidade de governar a Polis. Desprezando o trabalhador braçal como inferiorizado, argumentando que não exercitam a inteligibilidade e são governados pelas paixões, também rejeitam a a experiência própria de cada indivíduo ou grupo social. Contrariando os fundamentos democráticos na política que é o reconhecimento do outro e a responsabilização pelo que é dito. Limitando a participação dos “prisioneiros incapacitados” e legitimando uma possível dominação sobre eles. Sendo assim, paradoxalmente seu pensamento renegará o principio de indeterminação e cria um saber que acredita determinar o todo e inferioriza os demais. Por outro lado lança base para compreensão da realidade de maneira metódica prezando a exatidão dos conceitos, ajudando no esclarecimento naquilo que pensamos.

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