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CONDIÇÕES POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Por:   •  10/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.389 Palavras (14 Páginas)  •  163 Visualizações

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CONDIÇÕES POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O desenvolvimento econômico diz respeito as forma de repartição, acumulação e reprodução do capital, é óbvio que ele envolve direta e profundamente as relações politicas entre as pessoas, os grupos e as classes sociais.

A posse dos bens materiais é sempre função da forma pela qual se organizam as relações de dominação. Por isso o problema básico na interpretação do desenvolvimento diz respeito à forma pela qual se relacionam a estrutura econômica e a estrutura de poder.

Segundo o autor, a questão central, nas nações subdesenvolvidas é estabelecer as condições de ruptura entre as formas de apropriação e dominação. Os problemas mais importantes do desenvolvimento econômico-social estão referidos às condições e formas de ruptura entre as forças econômicas e as forças políticas.

Nas nações em luta pela industrialização, ou pelo desenvolvimento econômico global, são sempre politica as formas pela quais se configuram as soluções para o desenvolvimento. Em todos esses casos, esta em jogo a maneira pela qual se integram ou se rompem as esferas da vida econômica e vida politica: reforma ou golpe; revolução ou golpe; colonialismo ou independência nacional; estagnação ou progresso; capitalismo ou socialismo.

Ao debater sobre as rupturas estruturais, o autor diz que os desencontros das estruturas econômicas e politicas não se circunscrevem apenas e sempre ao âmbito nacional, mais geralmente tornam visíveis no plano da vida nacional, mas verificam-se também, e necessariamente, na esfera das relações externas. Os problemas do desenvolvimento econômico global, ou da industrialização nas nações da Ásia, África e América latina, somente se tornam dilemas e desafios na época das crises dos sistemas econômicos e políticos mundiais.

No século vinte, as crises do capitalismo mundial também abrem novas perspectivas às nações da Ásia, África e América latina. Fatos históricos revelam que as crises de cada um dos grandes sistemas coloniais deram origem a uma serie de manifestações politicas e econômicas importantes nas nações dependentes. No primeiro caso Quando ouve a crise no sistema colonial mercantilista, verificou se a independência politica dos estados unidos da América do Norte, da Venezuela, México, Argentina, Brasil etc. na transição do mercantilismo para o capitalismo adequados, as suas relações com as colônias norte-americanas. Em consequência, elas empreenderam a luta pela do s vínculos externos, baseado em padrões mercantilista.

Assim, a transição para uma estrutura econômica com base industrial, no Brasil, da mesma forma que a independência da Índia, são acontecimentos vinculados as rupturas havidas no âmbito do capitalismo mundial.

Para o autor é indispensável que essas rupturas estruturais verifiquem-se também internamente. Ou seja, é fundamental que a industrialização, ou o desenvolvimento econômico global, e a modernização ocorram em consonância com as rupturas mais ou menos drásticas com a sociedade tradicional. E a sociedade tradicional não depende apenas dos seus vínculos externos. Ela depende do sistema de instituições, dos mecanismos de poder e das formas de apropriação interna. Por isso, é necessário combater, dominar, e às vezes destruir as suas estruturas básicas.

Os problemas encontrados pelos povos em luta pelo desenvolvimento econômico, o progresso social e a democratização somente podem ser resolvidos a partir da capacidade que esses povos possuírem ou desenvolverem para romper com as estruturas tradicionais internas ou externas.

O desenvolvimento não é só função de rupturas político-econômicas internas e externas, mas também é função do caráter global ou parcial dessas mesmas rupturas. Ainda que dependa do jogo político com as classes média e proletária, o reformismo resulta em geral das contradições dos interesses de grupos singulares do seio da classe dominante. Essas soluções políticas são geradas pelas contradições entre as varias classes sociais. Por isso, implicam no rompimento drástico com a sociedade tradicional e com os sistemas internacionais. Como por exemplo, o que ocorreu na China, com a instalação de um governo socialista, em 1949. Em verdade, é o que está ocorrendo ainda nesse país, em consequência dos desdobramentos das rupturas estruturais geradas com as lutas de classes.

Para o autor a interpretação dos modelos políticos de desenvolvimento não reduz a problemática a uma analise de fatores. Ao contrario, eleva a discussão ao nível das estruturas históricas, tomadas em termos globais. Nem por isso, no entanto, menospreza a importância de fatores básicos.

As rupturas estruturais – parciais ou totais – que fundamental a entrada de uma sociedade na era da industrialização são sempre político-econômicas. Elas envolvem a transformação das ralações entre as pessoas, os grupos e as classes sociais. E essa relação não diz respeito somente às formas de apropriação, mas envolvem as formas de dominação. Os modelos políticos de desenvolvimento não se esgotam nas alternativas reforma ou revolução, planificação ou livre-iniciativa, autoritarismo ou democracia. As interpretações sobre o desenvolvimento econômico envolvem sempre a discussão de possibilidades abertas ás coletividades para construir o próprio futuro.

Ao abordar sobre as interpretações do desenvolvimento, o autor diz que o problema central das ciências sociais é o da dinâmica da história. Dependendo da perspectiva teórica em que se colocam os cientistas é a maneira pela qual se dão as transformações das sociedades que interessa e fascina. Por isso que a ciência social ou versa o mundo constituído ou versa o mundo em constituição, mesmo quando investiga o passado.

O próprio nascimento das ciências sociais se prende a este tema principal. Toda a obra de Adam Smith, Ricardo, Marx, Conte, Spencer, Durkeheim, Weber, Sombart, Keynes está impregnada dessa problemática. Ainda que o cientista se interesse apenas pelo presente estático, em seu funcionamento e em suas “disfunções”, o devir histórico se lhe impõe, como uma temática fundamental.

Costuma-se dizer que a história das ciências sociais é a história de um diálogo com Marx. A obra de Marx exprime, em sua forma mais acabada, a ciência da sociedade como uma ciência do devir, os cientistas sociais de todas as correntes e especialidades foram obrigados a dialogar com ele. É que o prognóstico do futuro é o tema fundamental da ciência do homem; e Marx lhe deus as repostas mais acabadas.

Conforme a perspectiva em que se colocam, os cientistas encaram a história como algo que cai no campo de

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