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CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DA GESTÃO ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO BRASILEIRO

Relatório de pesquisa: CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DAS TECNOLOGIAS DA GESTÃO ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO BRASILEIRO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  313 Visualizações

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CONSIDERAÇÕES ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO BRASILEIRO

Resumo: Hoje é possível ter acesso a qualquer informação sobre tecnologias de gestão por meio de poucos cliques, na internet. Não obstante essa facilidade de acesso gera alguns problemas, principalmente no que tange à sua utilização em diferentes países, com diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. No presente ensaio buscaremos fazer uma reflexão sobre essas tecnologias de gestão, versando sobre suas dificuldades de implementação no Brasil. Inicialmente apresentaremos três tecnologias de gestão - gestão pela qualidade total, terceirização, reengenharia. Faremos uma breve introdução de como essas tecnologias foram criadas e utilizadas no Brasil, tendo sempre o escopo voltado para as anomalias decorrentes desse processo de implementação/utilização. Em seguida, acrescentaremos à análise mais três tecnologias - empowerment, coaching e mentoring - que possuem um perfil diferenciado, com um foco mais sobre indivíduo do que em regras e normas, as quais consideramos mais ajustáveis a contexto brasileiro.

A ampla disseminação das tecnologias, somada a uma postura muito passiva e pouco reflexiva dos empregadores brasileiros, traz à luz da discussão a preocupação em formar administradores que possuam capacidade crítica e analítica, além de boa dose de criatividade, para que possam conduzir de maneira consciente e adequada à gestão das organizações brasileiras atendendo primordialmente às nossas peculiaridades.

Palavras-chave: tecnologias de gestão, globalização, gestão brasileira.

No início deste Século XXI experimentamos um momento de turbulência em toda estrutura política-econômica-cultural, as organizações passam por modificações com uma “extensionalidade e intencionalidade”, parafraseando Giddens (1991), jamais presenciadas. Alguns autores defendem que estamos em momento de ruptura e o denominam como pós-modernidade, sociedade do conhecimento ou era da informação, outros preferem trabalhar com a idéia de continuidade. Entretanto é indiscutível, que vivemos um período marcado por grandes transformações derivadas, em grande parte, pelos avanços científico-tecnológicos. Essas transformações estão presentes nas organizações, que buscam uma crescente melhora em sua performance por meio da adoção de tecnologias de gestão. A velocidade com que essas tecnologias estão sendo difundidas é espantosa. Hoje é possível ter acesso a qualquer informação sobre o assunto por meio de poucos cliques, na internet. Porém essa facilidade de acesso gera alguns problemas, principalmente no que tange à sua utilização em diferentes países, com diferentes contextos. No Brasil, temos utilizado tecnologias de gestão organizacional desenvolvidas em países com uma realidade muito distante da nossa, o que gera disfunções quando implementadas aqui.

Buscaremos neste ensaio fazer uma reflexão sobre essas tecnologias de gestão, versando sobre suas dificuldades de implementação no Brasil. Como destacamos acima, partimos do pressuposto de que a utilização de tecnologias importadas de outros países mais desenvolvidos que o Brasil, principalmente dos Estados Unidos, faz com que essas tecnologias sofram distorções, as quais denominamos de “disfunções das tecnologias de gestão organizacional”.

Estas disfunções são resultado das diferenças estruturais da sociedade brasileira em relação à americana e que são refletidas nas organizações e nos indivíduos que as compõem. São diferenças que perpassam desde questões culturais, sociais e políticas até questões de cunho econômico.

Não pretendemos abordar quais desses fatores contribuem mais, ou menos, para criar barreiras/dificuldades quando se adotam tecnologias provindas de países centrais. Nosso escopo estará voltado para os problemas gerados por esse não ajustamento à realidade brasileira e como isso, em alguns casos, gera mais problemas do que melhorias tanto para gestão da organização, como para a sociedade.

Apresentaremos inicialmente três tecnologias de gestão - gestão pela qualidade total, terceirização, reengenharia. Faremos uma breve introdução de como essas tecnologias foram criadas, versando para sua utilização no Brasil. Nosso escopo estará voltado para as anomalias decorrentes do processo de implementação/utilização.

Em seguida, acrescentaremos à análise mais três tecnologias - empowerment, coaching e mentoring - que possuem um perfil diferenciado, mais focadas no indivíduo do que em regras e normas.

Vale lembrar que não são em todos os casos que ocorre a disfunção abordada, pois existem organizações que souberam adaptar a tecnologia de forma vantajosa à sua gestão.

O critério que adotamos para a escolha dessas tecnologias foi por seu alto grau de utilização, como o caso da gestão pela qualidade total e a terceirização, ou por sua singularidade de uso no Brasil, como reengenharia e coaching/mentoring.

Finalmente, concluiremos apresentando possíveis caminhos que levem, senão a uma resolução do problema, a uma maneira menos conflituosa de utilização dessas tecnologias pelas organizações brasileiras.

A maior parte das tecnologias de gestão organizacional surgem em países centrais, entre eles os Estados Unidos que apresenta-se como principal produtor. Essas tecnologias são criadas no meio acadêmico e difundidas por meio de journals, como a Harvard Business Review, ou dentro de grandes corporações (privadas ou públicas) que buscam alternativas para resolver problemas organizacionais. Dessa forma, várias técnicas de gestão organizacional surgiram e algumas tiveram grande impacto no Brasil, tais como:

Gestão pela qualidade total (GQT) – surgiu no Japão, no final da década de 80, como reflexo das mudanças ocorridas na relação consumidor x empresa (ARAUJO, 2004), onde aquele deixa de ser um agente passivo da relação comercial e assume postura mais crítica e volátil. Em face de esta nova conjuntura, surge a GQT que busca otimizar os processos para atender a uma demanda cada vez mais exigente.

Terceirização (Outsourcing) – consiste na delegação de atividades secundárias a terceiros, com o objetivo de concentrar os esforços da organização na sua atividade fim, buscando uma maior competitividade.

Reengenharia – “consiste no repensar fundamental e no redesenhar radical dos processos de trabalho com o objetivo de obter melhorias dramáticas nas medidas contemporâneas críticas da performance da empresa, seja nos custos, na qualidade, no serviço ou no tempo” (Michael Hammer e James Champy apud Antunes et al, s/d).

De

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