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Capital Cultural, Classe E Gênero Em Bourdieu

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Por:   •  19/1/2014  •  505 Palavras (3 Páginas)  •  1.188 Visualizações

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Capital Cultural, Classe e Gênero em Bourdieu

1. Conceito de capital cultural

Bourdieu utiliza a expressão capital cultural para caracterizar subculturas dos setores de classes; um recurso de poder que analisa os recursos econômicos da sociedade. Mostra o papel da cultura na formação e na luta de classe, indicando as maneiras em que a cultura reflete ou atua sobre as condições de vida dos indivíduos. Já outros autores destacam os aspectos “incorporado” e “institucionalizado” como conceito de capital cultural.

Outra expressão muito utilizada por Bourdieu é habitus que ele define como: “sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, apreciações e ações.” Esta expressão explica o conformismo e a submissão das classes subalternas à autoridade e autonomia das classes dominantes.

A cultura pode contribuir para determinar a posição social de indivíduos ou grupos. Mas é aqui onde está o maior paradoxo da teoria de Bourdieu, por um lado a grande inércia social, constatada no conceito de habitus e por outro lado descreve o uso estratégico do capital cultural. Sugere então a situação de luta entre grupos e de equilíbrio de poder instável.

2. Capital cultural e escola

Segundo Bourdieu, a escola é a melhor instituição para a reprodução dos privilégios de classes, pois aparentemente é neutra. Tende a dar valor a todas as características da cultura legítima, ou seja, a escola serve entre outras coisas distinguir e legitimar a cultura que o aluno traz do ambiente familiar, lugar este onde adquirem o capital cultural.

O capital cultural que atua na escola muitas vezes está ligado aos efeitos das condições de classe, mas também favorece a mobilidade social através da cultura. A escola è considerada como um campo social que possui uma lógica interna e certa autonomia, e lugar onde o habitus de classe é adquirido.

3. Capital cultural e teoria de classe

Para Bourdieu classe está dividida em classes teóricas, avaliação das disponibilidades que indivíduos ou grupos têm das formas básicas de poder, e classes reais, têm propriedades comuns que são visíveis.

Assim com Marx, Bourdieu aborda o capital como princípio constitutivo das classes, porém para Marx tudo se resume ao nível econômico, as dimensões sociais e culturais decorrem somente das relações econômicas básicas, não sendo fontes independentes de poder. Já Weber não enfatiza a esfera de produção, mas a esfera de mercado onde os indivíduos têm as mesmas chances, os mesmos recursos que não são exclusivamente capital e trabalho.

4. A questão do gênero

Existem diversos princípios de desigualdades, etnias, raças, gêneros e esses princípios também geram classes com seus capitais culturais específicos. “Uma classe se define por aqui que tem de mais essencial, pelo lugar e valor que atribui aos dois sexos e por suas disposições socialmente construídas.”.

O gênero é um fator determinante das desigualdades sociais e atua junto com o fator classe social, devido às colocações teóricas e evidencias empíricas sobre a situação ocupacional

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