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Diferenças culturais e diferenças entre classes sociais entre pessoas de acordo com Bourdieu

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Por:   •  21/3/2014  •  Artigo  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  383 Visualizações

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De acordo com Bourdieu as diferenças culturais e as diferenças entre classes sociais entre as pessoas influenciam no sistema de ensino de cada uma delas, Segundo Bourdieu a escola privilegia os alunos que carregam consigo uma bagagem familiar, ou seja, já são privilegiados pela posição social que os pais ocupam na sociedade.

De acordo com o artigo apresentado, por exemplo, onde mostra a desigualdade do ensino entre duas escolas, uma de ensino particular, em um bairro de alto nível, e a escola estadual de um bairro de pessoas simples, menos favorecidas. Na escola particular, o desempenho dos alunos são mais elevados, dados que são, nesse caso, alcançados pelo fato de alunos serem filhos de executivos, empresários, por passarem período integral na escola, por poder se dedicar plenamente aos estudos.

Já na escola estadual, o desempenho dos alunos são bem mais baixos, onde a justificativa é de que os alunos precisam conciliar o trabalho com os estudos, que precisam estudar depois de um dia todo de trabalho.

Mesmo que queiram provar o contrário hoje a nossa realidade ainda se encaixa nesse perfil, os alunos de escolas particulares possuem mais privilégios nos estudos pelo fato de serem em menos alunos em sala de aula, muitas vezes são escolas de ensino integral, os materiais didáticos são mais elaborados, são os alunos de escola particular que conseguem melhor desempenho nos vestibulares. Mesmo sendo um fato lamentar é real.

Mas, não podemos generalizar, existem também ótimos alunos em escolas públicas e estaduais, o que falta é um pouco mais da parte do governo em favorecer esse ensino, em proporcionar um ensino tão bom quanto o particular, dividir as salas de aula em menos números de alunos por sala, dar mais valor ao povo menos favorecido.

Enfim, a obra de Pierre Bourdieu nos remete a novos desafios: torna-se necessário inventar não somente idéias, mas novas formas de intervenção e de ação. Não existem mais deuses, profetas nem mestres pensadores. É necessário inventar modos de organização nos quais se inventem idéias. É necessário servir-se do conhecimento do mundo social para inventar modos de organização, que permitam a invenção coletiva de uma visão nova e realista de economia e de sociedade: não existe democracia efetiva sem um verdadeiro poder contra-crítico.

Concluindo o sociólogo Bourdieu demonstra em seus estudos uma visão pessimista da ação da educação sobre indivíduos, por ele chamados de atores sociais, pois, considera que em um ambiente escolar há apenas uma reprodução do que ocorre em outros ambientes não-escolares. Neste sentido, analisando o professor “em” e “além” da sala de aula preferimos manter uma perspectiva otimista do processo pedagógico, pois, a escola deve ter uma função transformadora e democratizadora, como afirmam Saviani, Goergen e Cláudio Martins Nogueira, contrariando Bourdieu e seu pensamento de que a escola é um ambiente que legítima a desigualdade social. Acreditamos que os alunos possuem singularidades e especificidades e que sua origem social é importante, mas não determinante. Enxergamos a escola não como uma instituição onde há imposição cultural, mas onde se faz alunos e professores, juntos, sua própria cultura, que modifica e é modificada permanentemente.

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