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Casas Bahia

Artigo: Casas Bahia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2014  •  4.237 Palavras (17 Páginas)  •  245 Visualizações

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1. Planejamento do Evento

O objetivo do presente trabalho foi proporcionar aos alunos uma formação acadêmica mais abrangente . Para desenvolvermos essa atividade escolhemos a empresa Casas Bahia, por ser de fácil acesso para todos os alunos do grupo, além de ser reconhecida tanto nacional quanto internacionalmente.

Foi realizada uma entrevista com o gerente de uma das filiais, onde foi possível coletar todos os dados necessários para a realização da atividade. Durante a visita também foi possível verificar aspectos teóricos que direcionam as ações da empresa no cotidiano, conhecemos os processos diários, as organizações da empresa e os profissionais que nela trabalham.

2. Características do Mercado Local.

A Empresa Casas Bahia, que enquadra-se no setor varejista brasilero está presente em onze estados: SP, RJ, MG, GO, PR, SC, MS, MT, ES, BA, SE, além do Distrito Federal, e emprega mais de 56 mil colaboradores.

A história da Casas Bahia (cuja razão social é Via Varejo - resultado de uma fusão entre as empresas de rede de varejo, móveis, eletrodomésticos e rede de supermercados do Brasil, firmados entre o Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia em 2 de Julho de 2010) começou sem um endereço fixo, pois inicialmente o negócio era baseado nas vendas porta à porta. Samuel Klein, criador e gestor desta rede de varejo, que é considerada a maior do país, é protagonista de uma história cheia de luta pela sobrevivência que iniciou-se em uma aldeia da Polônia; sua infância foi humilde e marcada pelos horrores do nazismo. Aos 18 anos, a vida difícil mostrou que tudo só iria piorar: a Segunda Guerra Mundial arrasava a Europa e a Polônia foi ocupada pelos alemães. Dos 3,5 milhões de judeus que habitavam a Polônia, só 100 mil conseguiram escapar com vida da guerra. Após vivenciar humilhações em campos de concentração, extermínio, separação da família, lar destruído, assassinatos, mortes assistidas, fome e maus-tratos, Samuel, em 1951, resolveu aventurar-se pela América do Sul.

Quando Samuel Klein chegou ao Brasil Em 1952, Juscelino Kubitschek tinha autorizado as automobilísticas multinacionais a instalarem em São Paulo suas montadoras e, para isso, precisava de mão de obra. Como essa mão de obra vinha do Norte e Nordeste do país - caracterizadas pelo clima muito quente - teriam muitas dificuldades para enfrentar a terra da garoa e suas baixas temperaturas, Samuel enxergou justamente aí um grande negócio: vender cobertores a essa população de baixa renda.

Samuel foi se estabelecer com a família em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, iniciando sua carreira de comerciante. Comprou uma charrete e, com a ajuda de um conhecido, começou a formar sua primeira rede de clientes vendendo, de porta em porta, roupas de cama, mesa e banho. Sua esposa, Ana, cuidava da contabilidade do negócio. Quando alguém dizia que não tinha condições de pagar, Klein oferecia algumas facilidades: ficar com o produto e pagar em prestações, tudo no crediário. Já nesta época, comprava por 100 para vender por 200 e em seis ou oito prestações. Cada cliente tinha um cartão com o nome, endereço, o que comprou e em quantas vezes iria fazer o pagamento.

Os primeiros anos foram duros, mas pouco a pouco as coisas começaram a melhorar. Em 1957, Samuel comprou sua primeira loja, no centro de São Caetano, que chamou de "Casa Bahia" em homenagem aos imigrantes nordestinos que haviam se mudado pra a região em busca de trabalho;estes eram os principais clientes de Klein. Aumentou a variedade de produtos e começou a trabalhar com móveis, colchões, entre outros itens. A clientela não demorou a frequentar a loja para pagar suas prestações e adquirir novas mercadorias. Era o início de um império que foi conquistando cada vez mais clientes e mercados. As lojas seguintes foram abertas na região do ABC paulista, nas cidades de Santo André e Mauá.

Em 1970, Samuel adquiriu o controle acionário de uma financeira, a Intervest, com o objetivo de financiar os fregueses das lojas e dar impulso a abertura de novas filiais. Ainda neste ano, abriu a primeira loja em São Paulo, no bairro de Pinheiros. Os filhos Michael e Saul Klein começaram a trabalhar na sede da empresa na década de 80, período em que foi inaugurada a 100ª loja. Sempre à frente dos negócios, ele comandou a expansão em ritmo acelerado, com a abertura de novas filiais nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, todas na década de 90. Mais recentemente, no ano de 2000, a rede também chegou a Goiás e ao Distrito Federal. Em 2004 a Casas Bahia entrou no Rio Grande do Sul, chegando a 14 milhões de clientes e mais de 400 lojas.

A Casas Bahia não segue tendências e modismos. Pelo contrário, segue até hoje a cartilha de seu fundador. A maior sabedoria de Samuel foi, além de enxergar as necessidades do mercado, passar adiante seus ensinamentos para os membros da família Klein e todos os envolvidos na gestão da empresa. Na Casas Bahia, o slogan "Dedicação Total a Você" se aplica tanto aos clientes quanto aos colaboradores. Aliás, é considerado como um "pai" pelos seus colaboradores, a quem chama de "filhos", Samuel é tido como um exemplo a ser seguido. Outro lema da rede é dar oportunidades de crescimento para quem realmente tem vontade de crescer profissionalmente.

Um grande diferencial desta empresa foi sempre lidar com as classes C e D no Brasil, possuindo a habilidade para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda, o que acabou resultando em um modelo de negócios único no que diz respeito ao varejo. Enquanto os concorrentes perseguiam os clientes das classes A e B, Klein abria as portas para a periferia do mercado de consumo. O fracasso de seus antigos concorrentes explica, e muito, o sucesso de Klein. Eles investiam em lojas sofisticadas. Klein montava pontos de venda privados de luxo. Eles ofereciam larga variedade de produtos, com ênfase nos top de linha. Nas Casas Bahia, prevalecem as mercadorias simples, familiares a seu tipo de público. Pelos corredores das lojas caminham jovens recém-casados, trabalhadores sem carteira assinada e donas de casa sem renda própria.

O segredo de lidar com todas as camadas sociais, com foco principal nas classes populares, se traduz em números bastante significativos. Consegue seu lucro cobrando juros sobre as vendas em inúmeras parcelas,de maneira a tornar acessível à aquisição de produtos pelas classes mais humildes, que não têm como pagar à vista. Abrir um crediário nas Casas Bahia é simples. Basta apresentar um documento, comprovante de residência e, o mais importante, o nome limpo. Carteira de

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