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Centralidade Do Trabalho

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Por:   •  5/3/2015  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  176 Visualizações

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Centralidade do Trabalho e reestruturação produtiva:

1. Centralidade do Trabalho – centralidade ontológica

O trabalho segundo Marx trabalho implica no resultado consciente da ação do homem sobre a realidade, pois é pelo trabalho que há a diferenciação de outras formas pré-humanas. Há um pensar que antecede a ação.

É através do trabalho que o homem salta do ser natural para o ser social.

Há que se considerar que o trabalho apresenta uma dupla dimensão:

a) Construtora – emancipadora: trabalho concreto (Marx), dispêndio de força humana de trabalho, sob a forma especial para um determinado fim que, através do trabalho concreto, ou seja, do trabalho humano comum a todas as sociedades, cria valores socialmente úteis (valores-de-uso). Voltado para a satisfação das necessidades humanas, contribuindo para a realização plena do indivíduo enquanto criador e transformador do seu meio – humanização.

b) Alienante – opressora: trabalho abstrato (Marx), trabalho determinado historicamente pelas relações sociais capitalistas, que adquire a forma de trabalho alienado, fetichizado configurado historicamente pelo trabalho assalariado, voltado para a produção de mercadorias portadoras de valor de troca.

Na lógica das relações sociais capitalistas, trabalho concreto e trabalho abstrato se desenvolvem de forma indissociável. Ao mesmo tempo em que o trabalho é analisado na perspectiva positiva de objetivação do ser social, é visto também pela sua negação, a partir da alienação que o determina, num contexto marcado pelo modo de produção capitalista.

No atual contexto das transformações das forças produtivas, temos que o trabalho abstrato, tipicamente marcado pelo trabalho assalariado, modifica-se em sua forma original – não mais como trabalho assalariado regulamentado e protegido, mas passa a se constituir de forma mais precária, sem garantias de proteção social para a maioria dos trabalhadores.

2. Reestruturação produtiva:

A realidade social vem sendo marcada por profundas mudanças na estrutura econômica, social, política e cultural.

a) 1950 a 1970: estado do Bem Estar Social, modelo de gestão taylorismo/fordismo, modelo de trabalho marcado pela monopolização do capital.

Em meados da década de 1960, o fordismo/taylorismo já apresenta descompasso entre produção e consumo, queda na taxa de crescimento e desemprego.

Necessidade de correção no desequilíbrio da cadeia de produção impõe a tarefa de redefinir os eixos estruturantes de dominação.

Modelo de gestão toyotista

Trabalhador polivalente, atomizado, flexível e dessindicalizado.

Automação, adequação ao mercado, produção sem estoque, controle de qualidade e terceirização.

aumenta a produtividade sem aumentar o numero de postos de trabalho. Brasil – inicio nos anos 90.

O que se evidencia é que o fordismo e o taylorismo já não são únicos e passam a interagir com processos flexíveis de trabalho. No lugar da produção em massa, a produção passa a atender principalmente a demandas específicas.

b) Mundialização do capital, paradigma neoliberal, aumento sistemático de tecnologia na produção, determinam no mundo da produção novos processos de trabalho.

Resultado desta reestruturação produtiva:

- desemprego estrutural – desestabilização dos estáveis;

Os trabalhadores empregados hoje, são potenciais desempregados amanhã.

- fim dos aumentos de salário

- Nexos estruturantes:

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