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Ciência Política: Retórica

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Por:   •  23/9/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.588 Palavras (7 Páginas)  •  148 Visualizações

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CIÊNCIA POLÍTICA

Caso Concreto 1

Tema: Retórica

Leia, atentamente, o texto “A retórica e o espetáculo na política contemporânea” de Verbena Córdula, e responda:

1) O que você entendeu por retórica?

RESPOSTA: Retórica é uma técnica utilizada para se falar bem, de elaborar um bom discurso adequado ao ouvinte.

2) Qual é a relação, que você entendeu, entre retórica e espetáculo na política? Justifique as suas respostas.

RESPOSTA: Os políticos se utilizam da retórica para conquistar seus eleitores com seus discursos bem elaborados, dessa forma transformam em grandes representações, espetáculos teatrais, uma ilusão ao povo, visto que eles representam muito bem para conquistar a confiança, através do seu discurso bonito e sua representação teatral, mas é apenas uma representação.

O campo da comunicação de massa é imprescindível ao processo de construção da cidadania política. Mas, temos que considerar que essa comunicação é constituída por discursos e, conforme adverte o linguista e doutor em Comunicação Milton José Pinto (2002), "os modos de dizer podem ser explicitados em modos de mostrar, de interagir e seduzir" (p. 27). Pois bem. Os horários reservados à propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio brasileiros podem ser ótimos objetos para esse exercício interpretativo sugerido por ele.

Ainda de acordo com Pinto, é preciso ter à disposição conhecimentos e técnicas de análise linguística e semiótica adequados a essa tarefa. O pesquisador da Comunicação e Cultura Jesús Martín-Barbero (1987) adverte que pensar a política a partir da comunicação significa colocar em primeiro plano os ingredientes simbólicos e imaginários presentes nos processos de formação do poder. Por essas e outras razões nunca foi tão pertinente a discussão acerca das novas configurações das eleições na sociedade midiatizada como agora, quando das campanhas veiculadas na televisão e no rádio (e principalmente na primeira). É inegável a estreita relação entre política e comunicação de massa, sobretudo se pensarmos em termos de visibilidade dos chamados atores ou agentes políticos.

Conforme Michel Foucault (1984) não podemos reconstruir um sistema de pensamento a partir de um conjunto definido de discursos, mas esse conjunto deve ser tratado de modo a nos permitir ir além dos enunciados, buscando a intencionalidade do sujeito falante, sua atividade consciente, o que quis dizer. Nessas palavras de Foucault está embutida a advertência de que não existe discurso livre de ideologia. É importante percebermos que a produção discursiva interfere nas relações sociais estabelecidas entre os sujeitos, pois quem constrói enunciados objetiva aceitação, credibilidade.

Comunicação ainda incipiente

Aristóteles, em sua Retórica, afirmou que mostrar-se a si mesmo sob determinado aspecto é fazer supor aos ouvintes que temos para com eles determinada disposição. Essas palavras de um filósofo da Antiguidade continuam tendo validade no mundo contemporâneo, posto que a retórica forma parte do jogo político. Na política contemporânea é condição sine qua non, entre outras questões, que os atores representantes da instância política joguem com as estratégias discursivas com a finalidade maior de construir o consenso. Para isso, em grande medida buscam parecer, conforme assinala o professor da Universidade de Paris-Nord Patrick Charaudeau (2005).

O professor da Universidade Federal da Bahia Wilson Gomes (2004) diz que o advento da televisão acarretou mudanças nas atividades política atual e demandou a formação de novas competências e habilidades no campo político, salientando que, em consequência disso, as estratégias eleitorais pressupõem uma cultura política baseada principalmente no consumo de imagens públicas. Gomes afirma ainda que o processo de produção e de veiculação de imagens e de disputa pela imposição das imagens predominantes assumem posição de destaque na atividade estratégica da política.

A despeito da importância e inegável potencial da comunicação de massa na sociedade contemporânea, sua utilização nos processos eleitorais pode ser considerada (com raras exceções) incipiente, pois a quase totalidade da ênfase é dada aos processos de fabricação de imagens e de discursos que, em última instância, são apresentados como produtos a serem consumidos pelo(a)s eleitore(a)s/consumidore(a)s.

A retórica e a poética

Esta constatação nos força a refletir, de modo pessimista, sobre a função que atualmente exercem os meios de comunicação de massa nesses processos eleitorais. Isto porque as discussões importantes em torno das propostas que deveriam ser estruturadas pelo (a)s candidato (a)s – tanto aos cargos legislativos como também aos executivos – perdem lugar para a exposição exacerbada de imagens/discursos pré-fabricados, pois, como bem afirma Charaudeau (2005), "é preciso que o político saiba inspirar confiança, admiração, isto é, que saiba aderir à imagem ideal do chefe que se encontra no imaginário coletivo dos sentimentos e das emoções" (p. 81).

Charaudeau nos adverte ainda que o discurso político não se pauta mais pelo conteúdo das ideias, mas pela simulação. O também teórico francês Gilles Lipovetsky (1990) complementa esse pensamento quando diz que o discurso político, ao ser construído de forma espetacular, torna-se menos enfadonho e, em consequência, aqueles que não se interessam por ele podem encontrar algum interesse – mesmo que seja no político, alimentado entre outras cosas pelo que ele denominou de o "show do homem na arena".

Considerando essas assertivas devemos atentar para o fato de que, na contemporaneidade, o espetáculo assumiu tal protagonismo que torna-se imprescindível analisar as questões referentes ao campo político levando em conta essa característica. E para dar conta do simulacro muitas vezes os discursos políticos são apresentados cheios de recursos espetaculares, colocando em evidência a lógica dos meios de comunicação de massa e também a lógica da publicidade.

Conforme o professor Wilson Gomes a retórica e a poética são imprescindíveis à política porque produzem representações, espetáculos teatrais. Ele diz ainda que enquanto a retórica produz um efeito persuasivo, a poética produz efeito emocional. Tomando como base

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