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Classe Operaria

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Por:   •  22/11/2013  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  286 Visualizações

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Sinopse

Lulu é um operário padrão que desperta a ira dos colegas devido a sua alta produtividade, servindo de exemplo pela direção da empresa. Depois de sofrer um acidente de trabalho, rebela-se contra a fábrica em que trabalha e se aproxima de líderes estudantil radicais. O processo de engajamento político do operário é acompanhado de conflitos familiares, questionamentos sobre a vida de operário e pelos constante presença de sindicalistas e estudantes na porta da fábrica discursando para os trabalhadores.

Premiações

Palma de Ouro no Festival de Cannes - melhor filme (1972)

Prêmio David di Donatello - melhor filme (1972)

Crítica

O filme “A classe operária vai ao paraíso” é um dos clássicos do cinema político italiano dos anos 60 e 70, juntamente com “Sacco e Vanzetti” (Giuliano Montaldo), “Os companheiros” (Mário Monicelli), “Os subversivos” e “Sob o signo de escorpião” (ambos dos irmãos Taviani), “Um cidadão acima de qualquer suspeita” do mesmo Elio Petri. Em um momento de grande vigor dos partidos comunistas e do movimento operário europeu, o cinema foi capaz de captar todo o debate em torno do engajamento dos operários na vida política européia e particularmente, italiana.

O processo de conscientização política do operário Lulú é o eixo do filme, que de forma dialética, consegue fazer aflorar as contradições da condição do trabalhador sem cair na armadilha do filme panfletário. Ao mesmo tempo que Lulú se politiza é influenciado pela sociedade de consumo . Suas referências no processo de politização são três: o discurso extremista dos estudantes, a postura moderada e pragmática dos sindicalistas e, sobretudo, seu velho companheiro de trabalho, Militina, que devido ao trabalho da fábrica acabou enlouquecendo, indo parar em um manicômio.

A alienação do trabalho no capitalismo é exposta de maneira brilhante na conversa de Lulú e Militina, onde este, em sua ‘loucura’, lembra-se do questionamento que fazia sobre a utilidade das peças que produziam. Ainda Militina é a principal referência na utopia que dá nome ao filme: o muro que precisa ser derrubado, dando acesso ao paraíso para todos os operários.

A discussão de Lulú com o líder estudantil após ter sido demitido expõe a dificuldade em aproximar o discurso de esquerda da vida cotidiana dos trabalhadores: o coletivo se sobrepõe ao individual em uma sociedade onde o individualismo está arraigado.

O filme só entrou em cartaz no Brasil no início dos anos 80, quando ocorria um afrouxamento da censura da ditadura militar, justamente no momento que renascia o movimento operário brasileiro com as greves do metalúrgicos do ABC.

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