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Resenha: A Classe Operária Vai Ao Paraíso

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Por:   •  31/10/2013  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  1.414 Visualizações

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Resenha: A classe operária vai ao paraíso

Acadêmica Jaqueline Pena

Um filme instigante de uma clareza a respeito da revolução industrial e a alienação dos operários ante o capitalismo, Lulu (Ludovico Massa) personagem principal, metalúrgico vítima de um acidente de trabalho, protagoniza um episódio de luta sindical, episódio esse que vem a ser de grande valor, fonte de ensinamentos sobre o papel da classe operária na história universal da luta de classes.

Em seu início o personagem Lulu é um operário padrão, extremamente produtivo e tido como exemplo pela direção da empresa, graças a esse perfil, desperta a ira dos colegas. Há uma busca desenfreada por produzir muito, pois essa dedicação tem um propósito, a tentativa de ganhar um valor extra no salário referente a uma premiação por peça. O movimento sindical entra em luta contra esse sistema de produção por peça, já que representa um retrocesso em relação à remuneração por tempo de trabalho, mas Lulu não só ignora a luta como também serve de padrão para os demais operários, para que os mesmos atingissem a mesma produção ou superior a dele.

Nota-se a partir daí a condição do operário sob o capitalismo, um operário sem consciência de classe, acreditando que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar de vida. Mas além do dinheiro não ser o bastante para satisfazer suas necessidades, junto vem o desgaste físico e mental que o impede até mesmo de usufruir dos objetos de consumo aos quais tem acesso. O trabalhador é um ser mutilado pela rotina massacrante.

A solução somente será descoberta ao custo de muita luta e sofrimento. Após o acidente que o faz perder o dedo e na condição de desempregado, o operário é obrigado a encarar sua posição de indivíduo deformado pelo capital, vendedor de força de trabalho, consumidor de mercadorias. Ele conscientiza-se da própria alienação, e paulatinamente se integra na atuação sindical, que culmina na sua readmissão ao emprego. Mas ele não é mais o mesmo operário modelo e não tem mais as mesmas ilusões de realização dentro do consumismo.

É possível perceber a questão da alienação do trabalho no capitalismo ao observar a conversa de Lulú e Militina (antigo operário da empresa que é internado no manicômio, mais uma vítima do capitalismo). Percebe-se também que o homem se aliena dos resultados do seu trabalho, dos objetos sob a forma de mercadoria, da materialidade circundante em geral; se auto-aliena no processo de trabalho, onde este não é a realização, mas a negação do homem, ou seja, o homem se sente objeto e não sujeito; ele se aliena em relação à finalidade do seu trabalho. O resultado do dia de trabalho de um operário é uma porção de objetos que lhe é estranha, objetos que não fazem diferença. O desfecho vai além da problemática de um único indivíduo, mas envolve a totalidade dos seres humanos submetidos ao capitalismo.

No estudo de Taylor unem-se muitas das condições do operário exposto no filme, mas de forma positiva, pois foi através do início de seu estudo que observa-se o trabalho dos operários dando ênfase na tarefa. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço do operariado da época, o qual era desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas. Taylor tinha o objetivo de acelerar o processo

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