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DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DE SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  12/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: PENSAMENTO SOCIAL II

PROFESSORA: ANA GARCIA

DATA: OUTUBRO DE 2013

O MARXISMO E A DIALÉTICA

ARANHA, Maria Lucia de Arruda , MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 260-268.

  1. O CONTEXTO HISTÓRICO EM QUE SE DESENVOLVEU

Na França do séc. XVIII a grande massa do povo que assegurara o êxito da Revolução francesa se vê deixada de lado pela burguesia, que se afasta das palavras de ordem da Revolução: “Liberdade, igualdade e fraternidade”. Os trabalhadores constataram que não havia igualdade no sistema capitalista.  

No início do sécv.XIX, com a crise das forças conservadoras do feudalismo, representadas pela nobreza e pelo clero em confronto com a burguesia , expressa-se nos movimentos liberais e nacionais que se desenvolvem na França, na Bélgica, Polônia, Alemanha , Itália, Portugal e Espanha entre 1830 e 1848.

A Revolução Industrial, ao forjara a nova classe trabalhadora.

 As cidades incham com a massa de operários  sem condições de vida e com a  exploração dos trabalhadores que vivem em condições de miséria, jornada de trabalho extensas, exploração do trabalho feminino e infantil. Neste cenário  começam os protestos  e as críticas ao liberalismo, cuja livre concorrência não trouxera o equilíbrio prometido.

Contra a hierarquia das fábricas os operários criam organizações que negam o paternalismo e desenvolvem  a luta para a formação da consciência de classe e a emancipação do proletariado. Sindicatos, conselhos operários, comissões de fábrica, comitês de greve , jornais operários agitam o ambiente social e político, e desencadeiam movimentos de reivindicação.

  1. A DIALÉTICA MARXISTA

A Teoria marxista  compõe-se de uma filosofia- o materialismo dialético, e de uma teoria científica, o materialismo histórico.

O materialismo dialético considera os fenômenos materiais como processos.  Ao contrário de Hegel, que considerava a idéia não como uma realidade subjetiva do sujeito, mas a própria realidade objetiva, de onde tudo procede, para os materialistas  o conhecimento do determinismo liberta o ser humano , possibilitando sua ação sobre o mundo, inclusive a revolução.

A Dialética é a estrutura  contraditória do real, que no seu movimento  constitutivo passa por três fases: a TESE, a ANTíTESE e a SíNTESE. Ou  seja, o movimento da realidade se explica pelo antagonismo entre o momento de tese  e o da antítese, cuja contradição deve ser superada pela síntese. Segundo a concepção dialética, a passagem  do ser ao não ser não é aniquilamento, destruição ou morte pura e simples, mas movimento para outra realidade. A contradição faz com que o suprimido se transforme.

Além da contraditoriedade dinâmica do real, outra categoria fundamental é a totalidade, pela qual o todo predomina sobre as partes que o constituem. As coisas estão em constante relação recíproca, e nenhum fenômeno pode ser compreendido isoladamente, fora dos fenômenos que o rodeiam, pois fazem parte de uma estrutura.

Podemos encontrar três leis na dialética marxista:

  1. Lei da passagem da quantidade à qualidade: o processo de transformação se faz por “saltos”, alterações de quantidade que vão se acrescentando e provocam em  determinado  momento, uma mudança qualitativa: o ser passa  a ser outro. Na história da humanidade, as ações dos indivíduos vão se somando até o ponto de ruptura  em que a velha ordem é substituída  por uma nova ordem. Daí a diferença entre evolução e revolução: a primeira é quantitativa; a segunda é qualitativa.
  2. Lei da interpenetração dos contrários: a contradição é inerente à realidade das coisas, é a força motriz que provoca o movimento e a transformação. A contradição é o atrito, a luta surge entre contrários, de onde surge o novo. Os contrários são inseparáveis, estão em relação recíproca.
  3. Lei da negação da negação: da interação das forças contraditórias, em que uma nega a outra, deriva um terceiro momento: a negação da negação, ou seja, a síntese, que é o surgimento do novo.

Tese, antítese e síntese explicam o movimento do mundo e do pensamento.    

  1. MATERIALISMO HISTÓRICO

O materialismo histórico é a teoria que aplica os princípios do materialismo dialético ao campo da história. O materialismo histórico é a explicação da história por fatores materiais, econômicos e técnicos. Para Marx, o que explica a história é a base material, a forma pela qual o ser humano reproduz suas condições de existência.

Para Marx a sociedade se estrutura em níveis:

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