TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  23/5/2017  •  Resenha  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  266 Visualizações

Página 1 de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CCSO

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

REBECCA MENDES CRUZ

  • ATIVIDADE AVALIATIVA DE FUNDAMENTOS II
  • “O que é a dialética?” KONDER, Leandro

  O SUJEITO E A HISTÓRIA

        Nas duas primeiras décadas do Século XX, difundiu-se entre os socialistas a ideia de que, segundo Marx, os "fatores econômicos" provocavam, de maneira mais ou menos automática, a evolução da sociedade. Essa concepção facilitava a infiltração de tendências políticas oportunistas no movimento socialista: quem não enxerga nada que dependa da sua ação tende facilmente a instalar-se na passividade (tende a contemplar a história, em vez de fazê-la). Alguns revolucionários agiram contra a deformação da concepção marxista, como Rosa Luxemburg, que sustentou que a história mundial se achava em face de um dilema: ou o socialismo vencia ou o imperialismo arrastaria a humanidade (corno na Roma antiga) à decadência. Lênin também defendia a revalorização da dialética, empenhando-se no plano da teoria política, em abrir espaços para a iniciativa do sujeito revolucionário (e especialmente para a iniciativa da vanguarda do proletariado). Outros revolucionário que defendiam e lutavam pela preservação da dialética foram Georg Lukacs, Antônio Gramsci e Walter Benjamin.

        Infelizmente, os esforços de Lukács, Gramsci, Walter Benjamin e vários outros intelectuais marxistas dos anos vinte e trinta foram contrariados por uma tendência antidialética que avançou muito no interior do movimento comunista tendo como principal representante dessa tendência antidialética Josef Stálin. Stalin era um político de grande talento mas não desprezava a teoria. Em Marx, Engels e Lênin, a prática exigia um reexame da teoria e a teoria servia para criticar a prática em profundidade, servia para questionar e corrigir. Em Stalin, a teoria perdeu sua capacidade de criticar a prática e o trabalho teórico ficou reduzido a uma justificação permanente de todas as medidas práticas decididas pela direção do partido comunista.

        Stálin retomou de Engels o esquema das "três leis" da dialética, mas "corrigiu-o", sustentou que o método dialético não possuía propriamente três leis gerais e sim "quatro traços fundamentais", que eram: 1) a conexão universal e interdependência dos fenômenos; 2) o movimento, a transformação e o desenvolvimento; 3) a passagem de um estado qualitativo a outro; e 4) a luta dos contrários como fonte interna do desenvolvimento.

        A deformação antidialética do marxismo, característica dos tempos de Stalin, influiu poderosamente na educação ideológica de pelo menos duas gerações de comunistas, no mundo inteiro.

O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE

        As deformações que se desenvolveram na época de Stalin não constituem a única fonte de modos de pensar antidialéticos que se difundem entre os marxistas. O mundo em que vivemos, por se tão dividido, precisa de mais do que a adesão de princípios teóricos do marxismo para funcionar como vacina e imunizar as pessoas contra os preconceitos e concepções estreitas. O gênero humano está excessivamente fragmentado, é muito difícil compreendê-lo como totalidade concreta.

        Muitas vezes há falta de coesão nas unidades em que vivem os indivíduos, fazendo com que diminua as possibilidades de se organizarem e de se reconhecer na ação da comunidade organizada a que se integram. O indivíduo isolado, normalmente, não pode fazer história: suas forças são muito limitadas. É preciso que a organização não se torne opaca para o indivíduo, que ele não se sinta perdido dentro dela (falta de coesão), para que não o reduza a situação de ativismo cego.

        Para um marxista contemporâneo é difícil enxergar uma “transparência racional” de sua própria ação no conflito. Qualquer que seja o seu ponto de vista pessoal, ele é levado a ter a impressão de que os acontecimentos estão se precipitando fora do alcance do seu poder de intervir neles como indivíduo. Daí, podemos perceber a necessidade de pensarmos dialeticamente nas coisas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.5 Kb)   pdf (68.5 Kb)   docx (13.8 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com