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DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA:UM RETROCESSO NAS RELACÕES HUMANAS

Por:   •  7/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.734 Palavras (7 Páginas)  •  236 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA:UM RETROCESSO NAS RELACÕES HUMANAS

Juliana Oliveira Silva

Sociedade, economia, instituições, diálogos - João Assis Dulci

RESUMO

O presente artigo pretende desenvolver de forma crítica o ciclo econômico do capitalismo, que gera crises e que o obriga a se desenvolver para sobreviver e quais suas consequências, analisando a partir do Neoliberalismo que representa na atualidade o auge do capitalismo. Concluindo que se tem no final desse processo um contingente de pessoas vivendo na extrema pobreza e vendo a pior face do sistema capitalista enquanto uma minoria vive em condições muito mais elevadas privilegiadas por esse modo de produção. Uma população totalmente alienada, sendo usadas pelo próprio sistema que criaram que funciona como se tivesse vida própria ditando as regras para todos.

Palavras-chave: Desenvolvimento, capitalismo e Neoliberalismo.

ABSTRACT

This article intends to critically develop the economic cycle of capitalism that generates crises and that forces it to develop to survive and what its consequences, analyzing from the Neoliberalism that represents at present the rise of capitalism. Concluding that there is at the end of this process a contingent of people living in extreme poverty and seeing the worst face of the capitalist system while a minority lives in much higher conditions privileged by this mode of production. A totally alienated population being used by the very system they created that works as if it had life itself dictating the rules for all.

KEYWORDS: Development, capitalism and Neoliberalism.

INTRODUÇÃO

Este trabalho busca analisar sobre o desenvolvimento capitalista que se dá após as crises que o próprio sistema gera automaticamente no seu ciclo econômico e seu auge no Neoliberalismo, de forma crítica pretende mostrar os efeitos e consequências desse processo na vida das pessoas que são atingidas de maneira direta sendo divididas em camadas sociais e vivendo de forma desigual, onde pequenas minorias vivem como burgueses e a grande maioria enfrenta a exploração, a fome, o desemprego e a extrema pobreza. Baseando-se primeiramente na obra de L.A Costa Pinto sobre O Desenvolvimento: seus processos e seus obstáculos. Sendo visto que a vida social historicamente flui em torno de nós, com a necessidade de produzir e reproduzir constantemente as condições de existência e de sobrevivência, observando a partir da estrutura social entre a relação dos homens em si e dos homens com coisas materiais, o desenvolvimento se torna vital a sobrevivência do capitalismo que precisa se reinventar após suas crises para se manter, evidenciando suas contradições e suas marcas deixadas em todo mundo. Com isso tendo em vista os efeitos do Desenvolvimento econômico será analisado a obra de Perry Anderson O Balanço do Neoliberalismo, que representa atualmente um dos melhores instrumentos do capitalismo para se manter, sendo extremamente a favor das desigualdades ele exclui qualquer forma de relação humana tendo como único objetivo o lucro, deixando rastros desastrosos com civilizações destruídas pela miséria, sendo uma grande força ideológica faz com que as pessoas considerem todos seus efeitos "colaterais" como naturais e necessários, assim ele consegue silenciar o proletariado e consolidar a burguesia obtendo no fim uma hegemonia mundial. Com tudo isso é posto em questão se vale tudo pelo progresso, quais são suas consequências e quais vidas estão sendo colocadas em jogo.

CAPITALISMO: “TUDO VALE EM NOME DO PROGRESSO”

Não é segredo que somos meros peões no jogo capitalista. Analisando o percurso histórico é possível observar que esse sistema sobrevive através de um ciclo vicioso, onde só aqueles que possuem o meio de produção conseguem alcançar o principal objetivo a obtenção de lucro e o resto é obrigado a vender a sua única forma de produção a força de trabalho, nesse processo tem o estágio das crises que são inevitáveis, detonadas por incidentes econômicos ou políticos que tem como resultado diminuição das produções, preços e salários, à quebra de empresas, desemprego e pauperização absoluta. logo após tem se o estágio de depressão onde as poucas empresas que restaram investem em novas tecnologias para continuar a produção mesmo que em preços baixos se tem uma possibilidade de recuperação, criando se estímulos para fomentar a produção, retomada se tem uma reanimação do comercio com mais produção e com preços se elevando e por fim o auge onde se tem a volta da prosperidade, diminuição do desemprego, a volta da concorrência que leva a investimentos e maiores quantidades de mercadorias, até que aparece um novo detonador e uma nova crise recomeça.

Tudo isso mostra a necessidade que se tem do modelo de produção capitalista de todo o tempo precisar se desenvolver, ou seja, que se tenha uma crise para que haja um novo desenvolvimento, uma nova etapa do sistema. Assim segundo a obra O Desenvolvimento: Seus processos e seus obstáculos do autor L.A Costa Pinto, o processo de desenvolvimento econômico deve ser analisado a partir da estrutura social entre a relação dos homens em si e dos homens com coisas materiais, onde é importante observar a história da produção social, a estratificação social e o conjunto de instituições e de valores, que se transformam em diversos ritmos, que resultam nas contradições, os ciclos viciosos , tensões e crises. É através do homem do padrão tradicional, do seu cotidiano concreto, tradições, trabalho, instituições de valores que se pode compreender a transformação de uma economia e sociedade que se desenvolvem.

O autor deixa claro que o progresso material que significasse mais uma vez uma catástrofe no plano de relações humanas devem ser evitadas, dessa forma é encontrado obstáculos e resistências ao desenvolvimento dentro do próprio processo, para controlar a intensidade e os efeitos das mudanças sociais. Esses obstáculos segundo o autor são fatores que não conduzem ao desenvolvimento quer sejam de pura “estagnação” quer sejam fatores de deliberado “retrocesso”, sendo relatados alguns exemplos no livro como na estratificação social que é o sistema de classes, famílias que resistem pelos seus valores, empresas familiares pelas tecnologias, na educação e na ciência, esses últimos que representam uma solução ao subdesenvolvimento evidenciam as diferenças sociais,

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