DIVERSIDADE CULTURAL: UM DESAFIO NA ESCOLA

1. INTRODUÇÃO

A diversidade cultural é um tema amplamente debatido na atualidade, tanto na sociedade quanto nas instituições educacionais. A escola recebe uma gama de distintos grupos étnicos, uma diversidade de culturas e deve adotar a perspectiva inclusiva, procurar desenvolver competências e indicar conteúdos a partir das experiências vivenciadas pelos alunos.

Assim, a escola deve proporcionar aos seus alunos um ambiente favorável a troca de experiências, respeito às diferenças, a realidade de cada um e a diversidade cultural o que tem se tornado um dos grandes desafios da sociedade atual. O docente possui um papel imprescindível a realizar neste contexto intercultural, pois as suas ações, atitudes, métodos e formação profissional tem grande influência no processo educativo, podendo propiciar ou mesmo criar limitações ao processo de aprendizagem, e aquisição do conhecimento, e ao desenvolvimento social e emocional dos alunos como também na ampliação de competências e capacidades de cada um.

Com o presente estudo almeja-se provocar maior reflexão sobre o tema diversidade cultural colocando em evidência os desafios confrontados pela escola quando o assunto é a melhor forma de compreender a problemática e buscar meios que promovam a oferta de uma educação inclusiva, sem discriminação que respeite, de fato, a diversidade cultural na medida em que se reconhece e se aprende a conviver com as diferenças.

2. DIVERSIDADE CULTURAL: UM DESAFIO NA ESCOLA

De acordo com o dicionário Houaiss, diversidade significa qualidade do que é diferente; o que distingue uma coisa de outra. Assim, a ideia de diversidade está vinculada aos conceitos de pluralidade, heterogeneidade e variedade. Assim, quando se fala em diversidade deve-se pensar a relação entre o eu e o outro e respeitar as diferenças existentes. Para tanto, deve se reconhecer o diferente e, sendo assim, que também eu sou “o diferente” para o próximo. Admitir a diversidade étnica, estética, sexual, religiosa, política etc. é o que vai permitir se intuir que não existe “normais”, nem “anormais”, mas mais sim pessoas diferentes.

A diversidade se apresenta sobre diversos aspectos, entre eles está o multiculturalismo. Nosso país, por apresentar grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural, nela trazemos uma mistura de cores, linguagem, danças, vestuário, religião, manifestações folclóricas e artísticas, costumes e tradições. Cada região, estado e cidades são compostas de particularidades e singularidades que as marcam como diferentes das demais.

A Escola é uma instituição que lida no seu cotidiano com essas distintas culturas. Ela deve assegurar aos seus alunos, sem nenhum preconceito ou discriminação, um espaço educacional suscetível à troca de experiências. A escola deve se traduzir como um ambiente de socialização, mantendo-se de braços abertos a todos, independentemente das diversas origens, nacionalidades, religiões, etnias, etc. Desta forma, a presença de alunos de diferentes origens culturais nas salas de aula contribui não apenas para diversificá-las, mas também para enriquecê-las.

Contudo, trabalhar de forma igual essas diferenças não é uma tarefa simples ou fácil para a escola muito menos para o professor. Para romper esse desafio, é imprescindível que a escola se reorganize, reavalie sua práxis pedagógica, ofereça aos seus profissionais de educação formação inicial e continuada preparando-os para enfrentar tal demanda, fazer parcerias com pais e comunidade induzindo-os a participarem mais ativamente do cotidiano escolar.

Sinalizar um PPP - Projeto Político Pedagógico - que indique uma situação real da práxis pedagógica relacionada à diversidade cultural é, também, um dos grandes desafios a ser superado pela escola atualmente. Esse PPP deve abarcar uma proposta curricular flexível em consonância à diversidade cultural do grupo a que se destinam, envolvendo saberes, atitudes, experiências, habilidades e competências relevantes as distintas culturas aí representadas.

Elaborar projetos interdisciplinares e participativos que atendam à questão da diversidade cultural e traduzam os anseios, necessidades e experiências reais dos alunos, de forma a granjear o respeito e reconhecimento das diferenças é de suma importância quando se fala em multiculturalismo. Trabalhar com projetos permite que a escola seja vista como uma instituição aberta, acolhedora, democrática, comprometida com as questões familiares e comunitárias.

Cabe ao professor propor atividades que instigue o reconhecimento e a valorização das diferenças, estimulando a troca de saberes e experiências entre os educandos, incitando o respeito mútuo. Propiciar momentos de discussão, de debates, espaço para ouvir os alunos, em grupo e individualmente, incitando a participação ativa nas atividades propostas para que ninguém seja “invisível”, mas que saiba tanto falar como ouvir, são ações que devem se fazer presente no ambiente escolar, pois despertam a consciência de si, dos outros, do meio onde está inserido e do seu papel na sociedade e no mundo. Atividades extraclasses como oficinas de música, teatro, dança, esportes, como futebol, ginástica, capoeira, natação, basquete, palestras, feiras culturais, recitais, projetos interdisciplinares, também, são importante quando o tema é trabalhar a diversidade.

Assim, o professor deve valorizar a formação pessoal, permitindo que o aluno construa seu próprio conhecimento e aprenda

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