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Diversidade

Por:   •  12/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  389 Palavras (2 Páginas)  •  114 Visualizações

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Flávia Piovesan, ao citar que a instituição de política de cotas raciais nas universidades públicas foi considerada constitucional por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal, demonstra a urgência de se dar condição especial para que parte marginalizada de nossa nação (população negra) possa adentrar nos meios acadêmicos, visando reparar mesmo que minimamente a intensa violação de direitos e o racismo sofrido pelos negros ao longo da história do Brasil, visto que é dever do Estado efetivar direitos, empregar medidas contra injustiças culturais, preconceitos, e discriminação.

Munanga em Rediscutindo a mestiçagem no Brasil, sustenta que a mestiçagem brasileira tem caráter ideológico, tendendo a esconder o racismo existente no país e a exclusão do negro ao longo de cinco séculos de formação do Brasil. Tal afirmativa é embasada no fato da população negra ter sua identidade racial e étnica destruída pela mestiçagem “forçada” pelo racismo universalista dos séculos XIX e XX. Onde os negros foram excluídos e tiveram sua vida e seu direito de “ser negro e ser tratado como um ser humano sujeito de direitos” apropriado pela população branca, que ameaçada pela pluralidade étnico-racial e na busca de construir uma unidade nacional via na mestiçagem a oportunidade de branqueamento do povo brasileiro. O objetivo não foi alcançado e como conseqüência gerou a negação da negritude por parte de muitos negros cujo futuro foi projetado no sonho do branqueamento, a elite dominante retirou do negro sua identidade, expropriou sua cultura e seu orgulho de ser negro ou mestiço. Após a abolição da escravatura o negro continuou a ser tratado de maneira pejorativa, inferior, obrigado a ocupar posições subalternas no convívio social, coagido a desempenhar funções insignificantes no trabalho, ter salários inferiores e por muitas vezes eram marginalizados,

Ao longo dos anos os movimentos negros buscam a reconstrução da identidade racial e cultural do negro, redefinindo-o e dando-lhe consciência política e identidade étnica, contestando a ideologia de democracia racial construída através do racismo universal, assimilacionista, integracionista. No Brasil o universalismo ainda continua forte na sua constituição e até na ideia da democracia racial fazendo-se necessário a intervenção do Estado através de políticas de ações afirmativas. As Políticas de Ações Afirmativas criadas em território nacional como o sistema de cotas é uma perspectiva de inclusão social do negro, esta perspectiva se fez necessária devido o racismo esta presente nas relações sociais da história do Brasil.

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