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ECONOMIA SOLIDÁRIA, UM NOVO CAMPO DE TRABALHO AOS ASSISTENTES SOCIAIS

Por:   •  28/8/2017  •  Resenha  •  3.619 Palavras (15 Páginas)  •  331 Visualizações

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ECONOMIA SOLIDÁRIA, UM NOVO CAMPO DE TRABALHO AOS ASSISTENTES SOCIAIS

Anelita Alves Teotônio[1]

Ângela Maria Querubim Bezerra[2]

Ericka Bezerra do Nascimento[3]

Josué Nicácio da Silva[4]

Maria Caroliny Rodrigues de Paiva[5]

Orientador: Valdir Lopes Bezerra[6]∗∗

RESUMO: Este artigo apresenta as conturbadas relações sócio econômicas do sistema capitalista, dando ênfase ao acentuado processo de transformações, relacionadas ao mundo do trabalho e suas consequências para a classe proletária, e a importância da economia solidária, como alternativa de sustentabilidade para esta mesma categoria excluída por este sistema das atividades laborais. Apresenta-se também o assistente social como Mediador, que contribui ajudando a consolidar esta economia alternativa, contribuindo para que os usuários tenham uma leitura diferente a respeito do contexto em que estão inseridos e para que possam identificar-se como seres humanos livres e autônomos.

PALAVRAS-CHAVE: Capitalismo; exclusão social; economia solidária; assistente social. [7]*


ABSTRACT: This article presents the troubled socioeconomic relations of the capitalist system, emphasizing the accentuated process of transformations related to the world of work and its consequences for the proletarian class and the importance of solidarity economy as an alternative of sustainability for the same category excluded by this System of labor activities. The social worker is also presented as Mediator, who helps to consolidate this alternative economy, contributing to the users having a different reading regarding the context in which they are inserted and so that they can identify themselves as free and autonomous human beings.

INTRODUÇÃO: 

O presente trabalho tem por objetivo compreender a intervenção do Assistente Social em Iniciativas de Economia Solidária, mas para isso faz-se necessário a visualização da história que demarca o contexto social do Mundo do Trabalho.

Primeiramente vai-se discutir a organização capitalista da sociedade, o qual subentende-se como um sistema também conhecido como economia de livre mercado ou economia de livre empreendedorismo, onde os meios de produção, distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Apenas uma minoria detentora do poder usufrui das riquezas produzida por uma maioria que se submete a condição de submissão para garantir sua sobrevivência.

Dentro desse contexto social e histórico abordaremos como foi se inserindo a economia solidária que surge dentre outras formas de economia alternativa. Embasada em princípios cooperativistas e associativistas, brota a economia solidária, uma nova economia, sem empregados nem patrões, acreditando em princípios como: Cooperação, solidariedade e democracia, tendo como foco principal o bem-estar e não apenas o lucro.

E por fim a intervenção técnica do Assistente Social no processo de consolidação das iniciativas de economia solidária. A intervenção do assistente social frente a economia solidária não se dá através de uma “ajuda social”, mas sim numa relação que transcende a isto. O compromisso deste profissional é com a transformação social.

O SISTEMA CAPITALISTA E A REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS

Compreende-se que o sistema Capitalista, o qual vivenciamos é um sistema também conhecido como economia de livre mercado ou economia de livre empreendedorismo, onde os meios de produção, distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Apenas uma minoria detentora do poder usufrui das riquezas produzidas por uma maioria que se submete a condição de submissão para garantir sua sobrevivência.

O capitalismo consolidou-se com novas relações sociais, econômicas e políticas a partir da Segunda metade do século XIX, trazendo consequências profundas, resultando num desajuste social. No princípio da organização capitalista camponeses e artesões passaram a fazer parte da classe proletária, submetendo-se a um rebaixamento do seu nível e a degradação do seu modo de vida. O advento da revolução industrial trouxe consigo implicações drásticas impondo as regras da atual economia mundial. A ciência, a tecnologia, os meios de produção, o consumo de massa, a padronização dos produtos e das necessidades que estes devem satisfazer e distribuição de renda desigual, são algumas das características que formam o sistema capitalista e permitem, então, progresso para os proprietários dos meios de produção.

(Bauman,2009, p.08-09) entende que:

(...) O capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, as condições de prosperidade ou mesmo de sua sobrevivência.

        Sabe-se que o capitalismo se consolida e propaga aceleradamente, conquistando novos hospedeiros sempre que os explorados anteriormente se tornam escassos ou extintos.

Nestas condições de exploração forma-se o “mercado de trabalho”, o trabalho então, transformou-se em uma mercadoria como as outras, onde, o valor da força de trabalho é determinado como o de qualquer outra mercadoria, isto é, pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção, incluindo a sua reprodução. O lucro e a exploração são sinônimos numa sociedade capitalista. Marx apresenta o lucro como um “sobretrabalho” (mais valia), que os capitalistas se apoderam, o lucro nada mais é que a outra face da exploração operária.

A diminuição do capital variável é, assim, compensável por um aumento proporcional no grau de exploração da força de trabalho, ou, em outras palavras, a diminuição no número de trabalhadores empregados é compensável por um prolongamento proporcional da jornada de trabalho. Dentro de certos limites, a oferta de trabalho que o capital pode explorar se torna, pois, independente da oferta de trabalhadores. Por outro lado, uma queda na taxa de mais-valor deixa inalterada a massa do mais-valor produzido toda vez que a grandeza do capital variável ou o número dos trabalhadores empregados aumente na mesma proporção. No entanto, a compensação do número de trabalhadores empregados ou da grandeza do capital variável por meio de um aumento da taxa de mais-valor ou do prolongamento da jornada de trabalho tem limites insuperáveis. (1988,p.469-470)

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