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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO: BREVE RETROSPECTO

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Por:   •  7/10/2013  •  1.597 Palavras (7 Páginas)  •  2.500 Visualizações

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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO: BREVE RETROSPECTO

INTRODUÇÃO

Existe consenso de que a teoria econômica, de forma sistematizada, iniciou-se quando foi publicada a obra de Adam Smith, A riqueza das nações, em 1776.

Em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética. Nesse sentido, a atividade econômica deveria orientar-se de acordo com alguns princípios gerais de ética, justiça e igualdade. Os conceitos de troca, em Aristóteles, e preço justo, em Santo Tomás de Aquino, a condenação dos juros ou da usura, encontravam sua justificativa em termos morais, não existindo um estudo sistemático das relações econômicas.

3.1 PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA

3.1.1 Antiguidade

Na Grécia Antiga, as primeiras referências conhecidas à Economia aparecem no trabalho de Aristóteles (384-322 a.C.), que aparentemente foi quem cunhou o termo economia (oikonomía) em seus estudos sobre aspectos de administração privada e sobre finanças públicas. Também encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.)

Roma não deixou nenhum escrito notável na área de Economia. Nos séculos seguintes, até a época dos descobrimentos, encontramos poucos trabalhos de destaque, mas que não apresentam um padrão homogêneo e estão permeados de questões referentes a justiça e moral. A já citada lei da usura, a moralidade em relação a juros altos e o que deveria ser um lucro justo são os exemplos mais conhecidos.

3.1.2 Mercantilismo

A partir do século XVI observa-se o nascimento da primeira escola econômica: o mercantilismo. Apesar de não representar um conjunto técnico homogêneo, o mercantilismo tinha algumas preocupações explícitas sobre a acumulação de riquezas de uma nação. Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas. O acúmulo de metais adquire grande importância, e aparecem relatos mais elaborados sobre a moeda. Considerava-se que o governo de um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos. Com isso, a política mercantilista acabou estimulando guerras, exacerbou o nacionalismo e manteve a poderosa e constante presença do Estado em assuntos econômicos.

3.1.3 Fisiocracia

No século XVIII, uma escola de pensamento francesa, a fisiocracia, elaborou alguns trabalhos importantes. Os fisiocratas sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. O trabalho de maior destaque foi o do dr. François Quesnay, autor da obra Tableau Économique, o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre eles. Apesar

de os trabalhos dos fisiocratas estarem permeados de considerações éticas, foi grande sua contribuição à análise econômica. O Tableau Économique do dr. Quesnay foi aperfeiçoado e transformou-se no sistema de circulação monetária input-output criado no século XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Leontief, da Universidade de Harvard.

Na verdade, a fisiocracia surgiu como reação ao mercantilismo. A fisiocracia sugeria que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. A função do soberano era servir de intermediário para que as leis da natureza fossem cumpridas.

Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza (fisiocracia significa “regras da natureza”) em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. Portanto, encorajava-se a agricultura e exigia-se que as pessoas empenhadas no comercio e nas finanças fossem reduzidas ao menor número possível. Em um mundo constantemente ameaçado pela falta de alimentos, com excesso de regulamentação e intervenção governamental, a situação não se ajustava às necessidades da expansão econômica. Só a terra tinha capacidade de multiplicar a riqueza.

3.1.4 Os clássicos

Adam Smith (1723-1790)

Considerando o precursor da moderna teoria econômica, colocada como um conjunto científico sistematizado, com um corpo teórico próprio, Smith já era um renomado professor quando publicou sua obra “A riqueza das nações, em 1776”. O livro é um tratado muito abrangente sobre questões econômicas que vão desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendações políticas.

Em sua visão harmônica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrência, uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição. Adam Smith advogava a idéia de que todos os agentes em sua busca de lucrar o máximo acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade. É como se uma mão invisível orientasse todas as decisões da economia, sem necessidade de atuação do Estado. A defesa do mercado como regulador das decisões econômicas de uma nação traria muitos benefícios para a coletividade, independentemente da ação do Estado. É o princípio do liberalismo.

Seus argumentos baseavam-se na livre iniciativa, no laissez-faire. Considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano ( a chamada teoria do valor-trabalho ) e que um dos fatores decisivos para aumentar a produção é a divisão de trabalho, isto é, os trabalhadores deveriam especializar-se em algumas tarefas. A explicação desse princípio promoveu um aumento da destreza pessoal, economia de tempo e condições favoráveis para o aperfeiçoamento e invento de novas máquinas e técnicas.

A idéia de Smith era clara. A produtividade decorre da divisão de trabalho, e essa, pro sua vez, decorre da tendência inata da troca, que, finalmente, é estimulada pela ampliação dos mercados. Assim, é necessário ampliar os mercados e as iniciativas privadas para que a produtividade e a riqueza sejam incrementadas.

Para Adam Smith, o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições necessárias,

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