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EXPANSÃO URBANA ESPAÇO INTRA-URBANO: VALORIZAÇÃO DO SOLO NA CIDADE DE ITABAIANA

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Por:   •  27/9/2013  •  5.397 Palavras (22 Páginas)  •  892 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

COORDENAÇÃO DE PESQUISA

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC

EXPANSÃO URBANA ESPAÇO INTRA-URBANO: VALORIZAÇÃO DO SOLO NA CIDADE DE ITABAIANA

Área de Concentração: (Geografia/Geografia Urbana)

Bolsista: Renata dos Santos Tavares

Orientador(a): Ana Rocha dos Santos

Departamento de Geografia

Relatório Final

Período

2011/2012

Este projeto é desenvolvido com bolsa de iniciação científica

PIBIC/CNPq

Resumo:

Este relatório consta os resultados finais da pesquisa que investiga a expansão urbana e o espaço intra-urbano da cidade de Itabaiana - SE, considerando a valorização do solo urbano que se dá a partir de empreendimentos imobiliários que se instalam nas áreas que anteriormente eram rurais e consequentemente provocam uma expansão da área urbana. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre a temática, buscando compreender a cidade enquanto materialização espacial da divisão da sociedade em classes sociais. A partir desse pressuposto discutiu-se o espaço urbano, as questões de uso e valorização do solo, a utilização dos espaços públicos dentro dos condomínios fechados e a urbanização das áreas rurais ao entorno da cidade de Itabaiana. Além da pesquisa bibliográfica foi realizado trabalho de campo para identificação dos empreendimentos imobiliários e loteamentos na área de expansão de Itabaiana. Os resultados materializam o objetivo dessa pesquisa, pois apontam um crescimento da cidade sobre áreas de antigos sítios, com construção de condomínios fechados de casas, destinados a população de classe média e alta, assim como para a construção de imóveis individuais tanto populares como de consumo de clientela com maior poder aquisitivo.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. REVISÃO DA LITERATURA

3. METODOLOGIA

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5. CONCLUSÕES

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 – INTRODUÇÃO

O surgimento da cidade se dá a partir de determinados momentos históricos para atender as necessidades humanas de cada época, onde a cidade é “o produto de uma organização das relações econômicas e sociais que não se limita a exercer sua influência sobre as únicas aglomerações urbanas” (CARLOS; 2001. p.68). As cidades representam um aglomerado de pessoas, bens e serviços e as formas de relações entre elas variam de acordo com as suas estruturas econômicas, políticas e sociais.

A cidade não pode ser vista como pronta e acabada, ela está em constante dinamismo ao longo de todo seu processo histórico. A cidade para Carlos (2001. p.57) “nasce da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim”.

A cidade é uma construção humana que na sociedade capitalista assume um papel fundamental na reprodução das relações de sociais e de produção. A (re)produção do espaço varia de acordo com as forças produtivas no capitalismo e a necessidade de suprir as condições materiais de existência do ser humano. Desse modo, para (CARLOS. 2001, p. 47) “ao produzirem os seus meios de existência, os homens produzem indiretamente a sua própria vida material”. Assim, a cidade expressa concentração, tanto populacional como dos meios de produção, e está intrínseca na vida cotidiana do cidadão. O modo de ocupação da cidade se concretiza conforme a posição de cada indivíduo em seu contexto social, político e econômico, seja para produzir, consumir, habitar ou viver.

A cidade materializa espacialmente a divisão da sociedade em classes sociais, o que introduz na discussão sobre o espaço urbano, a questão do uso e valorização do solo que traduz no seu preço a ideia de espaço-mercadoria.

A cidade não pode ser vista desvinculada do campo, mas é importante ressaltar que existem diferenças entre ambos. A divisão entre a cidade e o campo originou-se a partir da divisão do trabalho, onde a “separação entre o trabalho material e o trabalho intelectual, pois à cidade cabe funções de organização, direção, atividades políticas, militares e elaboração do conhecimento” (ENDLICH, 2006. p. 11). Assim, o rural se vinculava as atividades primárias, principalmente a agricultura, e o urbano que detinha a maior parcela da população estavam diretamente ligadas às atividades secundárias e terciárias.

Mas de acordo com a nova concepção de rural no Brasil, o campo não se limita apenas a agricultura, mas também o seu setor econômico está se modernizando e inserindo atividades do setor terciário. Assim, “os defensores do novo rural alertam para as múltiplas atividades que estão sendo desenvolvidas no campo, além das primárias” (ENDLICH, 2006. p. 17).

O uso do solo urbano se dá de maneira diferenciada por cada segmento da sociedade, sendo determinado segundo as atividades comerciais e industriais e residenciais, e está diretamente vinculado ao processo de produção e realização da mais-valia, e também para o uso da reprodução da sociedade.

A valorização do espaço urbano está diretamente ligada às localizações, ou seja, cada lugar poderá ser mais ou menos valorizado, dependendo da especificidade de cada área. Essa valorização se dá de acordo com os artifícios que o homem introduz no espaço urbano que consequentemente irá atribuir maior valor aquele lugar ou as peculiaridades naturais existentes. O valor de uso que se atribui ao espaço urbano se constitui a partir da utilidade que é atribuída a ele e seu uso é produto das formas de apropriação, sendo o preço

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