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Espaço Intra Urbano no Brasil

Por:   •  11/6/2017  •  Seminário  •  2.711 Palavras (11 Páginas)  •  402 Visualizações

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ESPAÇO INTRA-URBANO NO BRASIL

FLÁVIO VILLAÇA

capítulos 1, 2 e 3

Introdução

  • Percebe-se uma mínima dedicação nos estudos já realizados.
  • Metrópoles: área central concentra equipamentos, investimentos, habitada pela elite e, paralelamente, periferia mais carente de investimentos onde habita a maior parte da população.
  • Objetivo: entender as localizações intra-urbanas bem como os movimentos e

constituição desse espaço nas metrópoles brasileiras.

  • Dupla abordagem por meio de uma análise comparativa ao longo da história.


  • Conceito de estrutura: somatório de elementos que estabelecem relações entre si de modo que a alteração de uma delas, ou do próprio elemento, afeta essa rede como um todo.
  • Essas        estruturas        podem        ser        territoriais        ou        não        territoriais,        mas        sempre

articulados entre si.

  • "A        estrutura        territorial        é        socialmente        produzida        e        ao        mesmo        tempo        reage

sobre o social." (VILLAÇA, 1998)

  • É necessário evidenciar como ocorre esse efeito em cadeia para entender os processos de estruturação e reestruturação das metrópoles, ou seja, a pura análise de transformações espaciais é insuficiente.

  • Portanto, o que se busca é entender e relacionar os movimentos dessas estruturas e as relações que eles estabelecem internamente e entre si, identificando suas semelhanças.

  • Análises        dos        capítulos        seguintes:        processos        históricos        de        constituição        das

estruturas territoriais.

  • Condições de transporte        fator decisivo na estruturação do espaço[pic 2]

urbano.

  • Segregação espacial das camadas de alta renda                     elemento interno mais poderoso no jogo de forças que determina a estruturação do espaço intra- urbano.[pic 3]

  • Tratando-se        de        quantificar        e        medir        classes,        são        utilizadas:        faixas        de        renda        e

aparência dos bairros ou das habitações.


Cap. 2 - Espaço intra-urbano: esse desconhecido

  • Investiga-se cada vez mais o território regional e cada vez menos o intra-urbano.
  • As análises regionais não seguem a mesma lógica e não pode ser abordadas pelos mesmos paradigmas teóricos que o estudo do espaço intra-urbano.

A questão semântica

Se “espaço urbano” é uma expressão satisfatória, por que utilizar “intra-urbano”?

Espaços regional e intra-urbano

  • A distinção mais importante destes dois espaços deriva dos transportes e das comunicações.
  • O espaço regional é dominado pelo deslocamento das informações, da energia, do capital e das mercadorias.
  • O espaço intra-urbano, ao contrário, é estruturado pelo deslocamento do ser humano.

Especificidades do espaço intra-urbano

O espaço para Harvey:

  • É consequência de todos os valores de uso

  • Cada bem ocupa um lugar mas também ocupou um espaço ao ser produzido ou ocupa um outro espaço para ser consumido

A questão da localização: há dois espaços: os que envolvem deslocamento e os que não envolvem deslocamento;

  • Rede de infra estruturas

  • Possiblidade de transporte
  • Território urbano: possibilidade/acessibilidade de deslocamento

  • Atenção: os objetos urbanos (edifícios, pontes, ruas, praças) só podem ser considerados espaços urbanos depois de sua localização, ou seja, da capacidade dos indivíduos se transportarem até estes pontos, assim como os bens e valores de consumo.
  • O estudo da forma urbana é estudo do espaço urbano.
  • Certas explicações elucidam a questão da urbanização: por que camadas mais altas, quando vão para o subúrbio, vão para determinadas localizações e não outras?
  • Série de possibilidades para responder às novas questões do espaço urbano e

das localizações


  1. crescimento seria desigal? Centro x perfiferia
  1. desconcentração e formação de nuvens urbanas?
  1. decadência dos centros principais?
  1. surgimento de novos centros alternativos aos centros principais?
  1. deslocamento dos centros antigos para centros expandidos?
  1. Segregação urbana?
  1. Deslocamento espacial de classes sociais?
  1. A verticalização?

  1. crescimento seria desigal? Centro x perfiferia
  1. desconcentração e formação de nuvens urbanas?
  1. decadência dos centros principais?
  1. surgimento de novos centros alternativos aos centros principais?
  1. deslocamento dos centros antigos para centros expandidos?
  1. Segregação urbana?
  1. Deslocamento espacial de classes sociais?
  1. A verticalização?

  • Não        haveria        material        empírico        e        sistematização        para        responder        às        estas

questões.

  • O estudo do espaço urbano ainda carece de investigação ao mesmo nível que a Geografia e a Economia fornecem

  • O        estudo        do        espaço        urbano        deveria        começar        pelo        estudo        do        deslocamento espacial do ser humano como eixo.

Abordagens dos espaços intra-urbano e

regional

  • Análise da estrutura intra-urbana não é satisfatória se não considerar as localizações dos elementos da estrutura e da correlação entre eles e as outras partes da metrópole (se não houver uma análise do todo)
  • Gottdiener constata que: As transformações no padrão espacial e na reestruturação urbana, advém de transformações no padrão social amplo, e não por serem produtos de processos internos às próprias localidades
  • Robert Park: “A cidade é uma unidade externamente organizada num espaço produzido por suas próprias leis”
  • É necessário analisar não só partindo do social para explicar o espaço, mas também, partir do espaço para explicar o social.

  • Castells: segregação espacial baseada na incorporação imobiliária, cujos investimentos principalmente nas áreas centrais das cidades os elitizaram e causaram a expulsão das camadas de classe baixa para as periferias.
  • Martha Schteigart e Horacio Torres- decadência dos centros urbanos ligada ao processo de saída das elites para as áreas afastadas, proporcionada pela mobilidade que a hegemonia dos automóveis promoveu.
  • Edward Soja, faz uma relação entre as cidades industriais e sua correlação entre o modo de produção capitalista: " Cidade industrial capitalista foi fundamentalmente uma máquina de produção e assumiu uma estrutura espacial notavelmente uniforme"
  • Lipietz e Laborgne definem como resultado das estruturação das cidades industriais, a concentração das empresas de alto padrão no centro das grandes cidades.
  • Para Gottdiener, as regiões metropolitanas norte-americanas contemporâneas são hoje polinucleadas

  • EUA- Mudanças geradas pela crise tiveram papel importante na produção do espaço urbano; a desconcentração espacial é consequência da articulação de seis fatores:
  1. Racismo
  1. Os gastos militares e a permanente economia de guerra
  1. O setor imobiliário como circuito secundário do capital
  1. A intervenção ativa do Estado na transferência global do valor
  1. O papel da tecnologia e do conhecimento na transformação das forças de

produção

  1. A prática de fazer das fontes de mão-de-obra critério para as decisões sobre localização


  • EUA nos anos 50 e 60: influxo de negros e hispânicos ocupando as áreas mais centrais

da metrópole e a fuga da classe média branca com filhos, para os subúrbios

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